A indústria tecnológica tem passado por vários altos e baixos ao longo dos anos, mas algumas crises deixam sequelas mais profundas no setor. Atualmente a inflação acaba por ser um dos problemas mais pertinentes e as empresas têm que tentar encontrar alternativas. Nesse sentido, a Samsung está a cortar em quase metade a produção dos seus chips de memória com o intuito de forçar o aumento dos preços.
Samsung: corte para quase metade na produção de chips
Se alguns analistas acreditavam que o mercado tecnológico iria recuperar a sua força em 2024, o panorama atual parece não estar muito virado para essas previsões. Dados recentes indicam que 2023 está a ser um ano bastante complicado para o setor dos semicondutores e não se esperam grandes melhorias no próximo ano.
Através dos relatórios da TrendForce e de outros analistas, consegue-se perceber aquilo pelo que vai passar o segmento das memórias até ao final deste ano e início do próximo. E conclui-se que a Samsung tem cortado para quase metade a sua produção de chips de memória, uma ação que estará ligada à intenção de forçar o aumento dos preços destes componentes ou, pelo menos, impedir a queda dos mesmos.
Os dados mostram que esta paralização já está a acontecer há algum tempo, sendo que no primeiro trimestre deste ano a produção de chips DRAM da Samsung teve uma quebra de 20%, enquanto que a produção dos seus NAND Flash caiu 30%.
Portanto, as informações indicam que a procura por estes chips está cada vez mais fraca, então não adianta entupir o mercado com algo que não está a vender, o que, consequentemente, traz consequências nas contas da empresa sul-coreana. Como tal, as previsões para estes cortes são:
- Redução de 30% nos chips de memória DRAM (RAM para PCs, servidores e portáteis)
- Redução de 40% na produção de chips NAND Flash (SSDs, HDDs híbridos, smartphones, cartões de memória, etc.)
Assim, os outros nomes do setor, Micron e SK Hynix, vão seguir as mesmas pisadas. E já se sabe o rumo que estas medidas irão tomar… menos oferta e mais procura resulta no aumento de preços devido à escassez de equipamentos. Claro que o impacto maior será então na carteira do consumidor.