Actualmente os portáteis têm ganho muito terreno ao PC tradicional e com lógica, pois como sempre digo estamos a caminhar para a era da mobilidade e temos uma necessidade constante de estarmos permanentemente ligados ao mundo.
Um outro factor é o tamanho, os portáteis são mais práticos de arrumar e não ocupam muito espaço, basicamente é o nosso “companheiro”. Claro que como tudo na vida os portáteis precisam da nossa atenção e cuidados, em especial cuidados no que toca ao aquecimento, pois há tendências de aquecerem, o que pode a curto prazo gerar problemas graves no seu funcionamento.
Uma das soluções que normalmente indico a quem me pergunta, é comprar uma lata de ar comprimido e “soprar” para a saída de extracção de ar do portátil, e verificar se sai uma “simpática quantidade” de pó.
No entanto, existem outras soluções para manter o portátil minimamente fresco. Para tal, pedi ajuda aos meus amigos do fórum pccool onde, por exemplo, constatei da importância de uma boa pasta térmica e das vantagens que podemos vir a ter.
Também em caso mais extremos podemos sempre acrescentar as tão conhecidas bases de portátil, que já vem com ventoinhas incluídas e que nos podem ajudar a manter o nosso “companheiro” bem fresco.
Para provar a importância da pasta térmica ,usei como cobaia nesta experiencia um Toshiba A200 (Intel Core 2 Duo T5550, ATI HD2400, 4GB DDR2).
Foi utilizada massa térmica, mais concretamente as já conhecidas Prolimatech PK-1 Thermal Compound (CPU e Chipset) e a Artic Silver 5 (Gráfica). Para os testes em Full Load foram usadas duas consolas de Folding@Home (uma na gráfica e outra no CPU), estando o portátil sempre em modo de alto desempenho.
No gráfico a seguir é apresentado o resultado antes e depois da limpeza e colocação da massa térmica, considerando que Full Load é o estado mais e elevado a nível de processamento do PC, e idle é o estado mínimo.
Como podemos verificar, apenas com a simples limpeza e utilização de uma massa térmica mais eficaz, consegue-se reduções de temperaturas na ordem dos 10ºC no que toca ao CPU. Em Idle, só a gráfica é que se nota uma redução significativa na temperatura.
Uma curiosidade que sempre tive, era em saber se as bases para portáteis cumprem mesmo o que prometem ou se são mais umas meras peças decorativas e para isso foram utilizados as seguintes bases (todas elas com ventoinhas incluídas):
Tacens Trio
Cooler com desenho diferente do habitual, tem a particularidade de ser desdobrável o que torna fácil o seu transporte. No entanto é limitado a nível de performances como se pode observar no gráfico comparativo.
Considero uma base muito acessível (em termos de preço) no entanto vem sem regulador de velocidade das ventoinhas e não trás HUB USB, o que nos irá ocupar uma porta USB da máquina.
Coolermaster Notepal X1
Uma base com uma performance parecida ao Tacens Trio, no entanto bem melhor equipada. Vem com duas portas USB, regulador de velocidade e botão para ligar/desligar.
Tacens Fero
Nos testes, a base Tacens Fero foi a base que mais se evidenciou, no entanto peca um pouco pelo seu preço.
Mas, como um grande amigo meu me disse, a qualidade pagasse e se o leitor for o dono de um portátil para jogos (coisa estranha que ainda não percebi como um portátil pode ser bom para jogos se precisa de estar ligado à tomada), esta base poderá ser indicada.
Possui capacidade de arrumação dos cabos e 4 ventoinhas com diferentes tipos de regulação.
Agora passemos aos factos, será que estas bases refrigeradoras fazem muita diferença nas temperaturas? Ou será um mito urbano?
Considerações finais
Como podem ver a diferença de temperatura não é muito significativa. O máximo que se conseguiu, foi reduzir a temperatura em 3ºC em full.
Isto leva-me a questionar, se realmente vale mesmo a pena a aquisição de uma base.
Por outro lado, como vimos inicialmente, só o facto de limpar e recolocar massa térmica, é suficiente para manter o portátil fresco, não sendo assim necessário recorrer a uma base de refrigeração.
Para finalizar, apenas agradecer à malta da PCCool, por me ter disponibilizado o material necessário para elaborar este pequeno artigo (Obrigado).
Em nome do pplware, o nosso obrigado ao Mokoto por mais um excelente artigo. Quanto às torradas, fica para uma próxima 🙂