Os cartões com que pagamos as nossas despesas têm normalmente um aspeto comum. São retangulares, têm inscrito os dados dos titular e da sua conta, um chip, bem como uma banda magnética que onde são armazenados os dados digitais do utilizador e da conta.
No entanto a Mastercard anunciou agora que vai eliminar as bandas magnéticas dos seus cartões de débito e de crédito. A alteração vai começar a ser implementada já a partir do ano de 2024.
Mastercard: Bandas magnéticas eliminadas a partir de 2024
A empresa norte-americana Mastercard anunciou este mês que vai acabar com as bandas magnéticas dos seus cartões de crédito e de débito já a partir de 2024. Esta decisão acontece numa altura em que a indústria está empenhada em encontrar alternativas que sejam mais seguras, como os chips e pagamentos sem contacto (contacless).
Segundo o que foi referido, a empresa é a primeira rede de pagamentos a eliminar esta tecnologia que foi criada em 1960, ou seja, há mais de 60 anos.
A Mastercard refere ainda que esta mudança vai iniciar-se em 2024, daqui a menos de três anos, altura em que a banda magnética deixará de ser tão necessária nos novos cartões utilizados em regiões como a Europa onde os chips já são amplamente usados. No entanto, nos EUA, a adoção desta tecnologia tem sido mais lenta e, aí, esta transição vai acontecer apenas em 2027.
A empresa estima que já em 2029 nenhum cartão de débito e de crédito da Mastercard traga banda magnética. E aponta 2033 como sendo o ano para a eliminação total desta tecnologia em todos os cartões.
86% das transações usam chip EMV
As bandas magnéticas surgiram em 1960, mas em 1990 surgiu o padrão global de chip EMV (Europay, Mastercard e Visa) que ofereceu mais segurança à proteção dos dados do titular de conta. De acordo com as informações, atualmente 86% das transações com cartões usam chips EMV. Mas os EUA ainda não adotaram esta tecnologia com tanta rapidez como o resto do mundo. Para já, o país de Joe Biden contou com ‘apenas’ 73% de transações no ano passado.
A Mastercard destaca ainda que os pagamentos contactless foram massivamente usados durante a pandemia. E as razões são conhecidas de todos nós. Os dados indicam que as transações sem contacto aumentaram para a quantidade de mil milhões no primeiro trimestre de 2021, comparativamente ao ano anterior. Já ao nível global, 45% das transações presenciais feitas no segundo trimestre foram através desta modalidade.