Pplware

Foram enviadas menos 18,2% de placas gráficas para o mercado no terceiro trimestre

O impacto da pandemia da COVID-19 pode também ver-se no setor da indústria, nomeadamente no segmento das placas gráficas, com a ainda acentuada escassez de componentes. E a melhor maneira de termos uma perceção desse impacto é através de uma análise quantitativa do ‘estado da arte’ deste mercado.

De acordo com dados revelados recentemente, no terceiro trimestre deste ano, a AMD vendeu menos 11,4% de placas gráficas. No entanto a rival Nvidia conseguiu vender mais 8% no mesmo período. Ao todo foram enviadas menos 18,2 GPUs para o mercado de julho a setembro, comparativamente ao trimestre anterior.


Segundo os dados recentes divulgados pelo analista Jon Peddie Research, durante o terceiro trimestre deste ano de 2021 foram enviadas menos 18,2% de placas gráficas para o mercado do que no trimestre anterior, um valor abaixo da média de 10 anos que é de -5,2%. No entanto, numa comparação ano a ano, esse valor aumentou 12%.

AMD com quebra nas vendas de GPUs, mas a Nvidia equilibrou

A diminuição trimestre a trimestre foi impulsionada sobretudo pela Intel que inclui gráficos integrados nas grande parte dos seus processadores e diminuiu a entrega de placas gráficas em 25,6%. A segunda da tabela a contribuir para esta tendência foi a AMD que vendeu menos 11,4% de GPUs no terceiro trimestre. Apenas a Nvidia apresentou um balanço positivo com um aumento de vendas na ordem dos 8% comparativamente ao segundo trimestre.

Jon Peddie indica que o crescimento do mercado global de GPUs para PC atingiu 101 milhões de unidades no terceiro trimestre de 2021, enquanto que o envio de CPUs para PC aumentou 9% ano a ano.

via: Jon Peddie Research

O analista destaca ainda que a participação de mercado da AMD aumentou 1,4% no último trimestre, enquanto que a da Intel diminuiu 6,2%. Já a participação da Nvidia aumentou 4,86%, tal como se vê pelos valores arredondados que constam no gráfico acima.

A pandemia da COVID-19 tem uma culpa significativa nestes resultados. De acordo com Jon Peddie:

A COVID continua a desequilibrar a frágil rede de fornecimento que dependia demais de uma estratégia just-in-time. Não esperamos ver uma rede de abastecimento estabilizada até ao final de 2022. Nesse entretanto haverá algumas surpresas.

Por fim, a maioria dos fornecedores de semicondutores tem como meta um aumento médio de 3% no próximo trimestre.

Exit mobile version