Pouco depois de a guerra na Ucrânia ter iniciado, a 24 de fevereiro deste ano, vários países e marcas viraram as costas à Rússia e implementaram várias sanções e restrições contra o país de Putin.
Mas, recentemente, a comunicação social sueca havia dito que a Ericsson continuava a exportar os seus produtos para o país invasor. No entanto, a própria Ericsson garante agora que nenhum hardware seu foi enviado para a Rússia, acrescentando que apenas foi fornecido suporte de hardware.
Segundo as informações recentes, adiantadas pela Reuters, a marca sueca Ericsson referiu nesta sexta-feira (23) que apenas está a fornecer software e suporte técnico para os seus clientes russos e garante que não vendeu nenhum equipamento seu de telecomunicações para as operadoras de comunicação móvel da Rússia, desde o início da guerra na Ucrânia.
A necessidade da marca esclarecer esta situação acontece depois que a comunicação sueca informou que a Ericsson continuou a realizar as suas exportações para o país liderado por Vladimir Putin. Por exemplo, o canal sueco Sveriges Radio diz que a marca exporta produtos para a Rússia que podem ser usados para fins militares. O canal acrescenta que a empresa teria requerido 12 permissões de insenção das sanções na Inspetoria de Produtos Estratégicos da Suécia, tendo recebido 7.
Foi no mês de abril que a Ericsson suspendeu os seus negócios na Rússia e avançou em agosto que iria deixar o país nos meses seguintes. E entre as várias consequências desta decisão estão o facto de a empresa ter despedido 400 funcionários a operar em território russo.
Mas a marca vem então por em pratos limpos esta situação e adianta que apenas está a ser fornecido suporte ao software. Segundo um porta-voz da marca:
Em conformidade com as sanções, fornecemos software e assistência técnica para os nossos produtos que foram enviados antes da invasão, possibilitando a retirada enquanto cumprimos com as nossas obrigações contratuais.
Quando as sanções foram anunciadas, suspendemos os envios para os clientes na Rússia.
O canal de comunicação sueco havia adiantado que a Ericsson tinha obtido permissão para exportar alguns produtos para a Rússia, os quais podiam ser usados por militares, mas a marca esclarece que os seus produtos são desenhados para uso civil, e não militar.
Esta é uma situação que está a trazer alguns dissabores para a marca sueca, sendo que na manhã de sexta-feira as ações da empresa haviam caído 4%.