Todos nós sabemos que a nossa informação digital, mantida nos nossos sistema, é demasiado importante e por isso devemos ter os melhores recursos para salvaguardar a mesma. Os serviços de armazenamento na cloud vieram ajudar neste processo de salvaguarda de informação mas, em DataCenters e até para o próprio utilizador doméstico, é igualmente importante que se adoptem sistemas de discos tolerantes a falhas.
Hoje vamos falar do sistema RAID (Redundant Array of Independent Disks).
Os discos são hoje em dia um dos principais dispositivos de armazenamento de informação. No entanto, todos nós sabemos que a vida de um disco rígido não é eterna e nesse sentido é importante que exista backup da informação mas também que se usem sistemas tolerantes a falhas, para salvaguardar falhas totais de um disco.
Uma das principais tecnologia de gestão de discos é o RAID.
O que é o RAID?
O RAID (Redundant Array of Independent Disks/Conjunto Redundante de Discos Independentes), tal como o nome sugere é uma tecnologia que tem a capacidade de combinar vários discos, com o objectivo de garantir performance e essencialmente segurança contra falhas em um ou vários discos. Esta
Existem vários níveis de RAID, que definem como é que vários discos podem ser utilizados em conjunto. Assim, o nível de redundância depende essencialmente da configuração RAID que foi definida.
RAID 0 – Data Striping
No caso de configurarmos RAID 0, a informação é segmentada e distribuída por vários discos. Neste tipo de configuração não existe qualquer tipo de redundância (se um disco falhar, os dados são perdidos) mas, como vantagem, ganhamos este nível de raid garante alta performance tanto na leitura como escrita em disco.
RAID 1 – Data Mirroring
O RAID 1 é um método de armazenamento que funciona estilo um “espelho”.Considerando, por exemplo, que temos dois discos, toda a informação guardada no primeiro disco é igualmente guardada (espelhada) no segundo. Na prática é como se o sistema apenas tivesse apenas um disco, sendo que o segundo é uma cópia exacta do primeiro (ou seja, quando a informação é guardada no primeiro disco é simultaneamente guardada no segundo disco), podendo este ser usado quando o primeiro falhe (ex: por exemplo, quando o primeiro disco avaria). De referir que para criar volumes espelhados é necessário ter no mínimo 2 discos.
Ao contrário do RAID 0, o RAID 1 garante a redundância da informação. Como pouco fraco há a destacar a performance de escrita, uma vez que é necessário escrever a mesma informação em ambos os discos. De referir que o RAID 1 é provavelmente um dos modelos de RAID mais usados.
RAID 2 – Data Striping com detecção de erros
O RAID 2 é em parte semelhante ao RAID 0, só que distribui a informação por vários discos, sendo essa distribuição feita ao nível do bit e recorrendo a um processo de detecção e correcção de erros do tipo ECC (Error Correcting Code). Este nível oferece um baixo desempenho mas um elevado nível de segurança da informação. Actualmente este modelo quase já não é usado, uma vez que os discos já vêm com o sistema de detecção e correcção de erros.
Esperamos que tenham gostado do tema deste artigo. Num próximo iremos abordar os restantes níveis RAID. Estejam atentos e alguma duvida ou questão deixem nos comentários.