A tecnologia não para de surpreender e quase diariamente são reveladas novas ideias e soluções admiráveis. A que trazemos hoje é um bom exemplo disso mesmo.
Os investigadores norte-americanos criaram agora um chip voador que é menor do que um grão de areia. Esta tecnologia tem como objetivo conseguir monitorizar a poluição e algumas doenças.
Mini chip voador para monitorizar a poluição e doenças
Uma equipa de investigadores norte-americanos da Universidade de Northwest, em Washington, criaram uma tecnologia que parece ter saído de um filme de ficção científica. Trata-se de um pequeníssimo chip voador menor do que um grão de areia e é provavelmente o menor dispositivo aéreo já criado.
O aparelho está projetado para ser levado pelo vento e tem como principal objetivo monitorizar a poluição existente no ar, algumas doenças, e muito mais finalidades.
A invenção é explicada ao pormenor através de um artigo publicado originalmente na revista científica Nature e intitulado “Three-dimensional electronic microfliers inspired by wind-dispersed seeds“.
Os investigadores afirmam que o design deste chip voador teve como inspiração as sementes de algodão e de outras plantas. Isto porque este género de sementes caem lentamente no chão e giram como uma hélice, sendo transportadas pelo vento para longe do l0cal onde inicialmente caíram.
Dessa forma, tal como referiu o professor John A. Rogers à Vice, os investigadores inspiraram-se nesse mecanismo biológico e assim criaram “estruturas que caem numa trajetória mais estável e em velocidades terminais mais lentas do que as sementes equivalentes. Assim, adianta que a equipa “venceu a biologia” ao conseguir replicar o mecanismo natural num microchip de menores dimensões, mas mais eficiente em termos de aerodinâmica.
Veja este microchip voador em vídeo:
Chip construído com materiais biodegradáveis
Ao serem levados pelo vento, estes dispositivos podem monitorizar doenças transmitidas pelo ar e também monitorizar a poluição. Outra boa notícia é que podem ser construídos através de materiais biodegradáveis de forma a evitar o impacto ambiental.
E apesar de serem bastante pequenos, estes chips conseguem conter componentes como sensores e fontes de energia. Além disso, pode contar com outros sensores para monitorizar a acidez do ar, a qualidade da água, a radiação solar, etc.
Para já este projeto ainda está numa fase inicial e, como tal, é apenas um conceito. Mas a equipa está a trabalhar de forma a torná-lo numa realidade e ainda equipá-lo com outras funcionalidades úteis.