Nos últimos dez anos, o desempenho dos processadores da Nvidia multiplicou-se por mil, quebrando as expectativas da clássica previsão tecnológica formulada em 1965, a Lei de Moore.
A Lei de Moore previa que o poder computacional duplicaria a cada dois anos, mas o avanço da inteligência artificial (IA) liderado por empresas como a NVIDIA – está a ultrapassar este ritmo de forma significativa.
No CES 2025, Jensen Huang, CEO da NVIDIA, destacou que os seus novos chips apresentam desempenhos até quarenta vezes superiores em tarefas de IA em comparação com a geração anterior.
Os nossos sistemas evoluem muito mais rápido do que as expectativas tradicionais.
Afirmou numa entrevista ao TechCrunch.
Dados que impressionam:
- O superchip GB200 NVL72 é até 40 vezes mais rápido do que o seu antecessor, o H100.
- Nos últimos 20 anos, a NVIDIA conseguiu reduzir os custos de computação num fator de um milhão.
- Atualmente, uma placa gráfica básica é 2359 vezes mais potente do que uma equivalente em 2005.
- Modelos avançados, como o o3 da OpenAI, custam cerca de 20 dólares por tarefa (preço interno para a OpenAI), e o plano de subscrição ChatGPT Plus custa o mesmo por mês.
O domínio da NVIDIA
A liderança inquestionável da NVIDIA no mercado de chips de IA transformou-a na empresa mais valiosa do mundo, alternando este título com a Apple. Este domínio justifica o otimismo de Jensen Huang, mas também levanta uma questão importante: conseguirá a empresa manter este ritmo de inovação e, ao mesmo tempo, tornar a IA mais acessível a todos?
Huang apresentou três novas “leis de escalamento” que descrevem o processo de evolução dos sistemas de IA:
- Pré-treino: A fase inicial em que os modelos identificam padrões nos dados.
- Ajuste pós-treino: Uma etapa de afinação que envolve feedback humano para melhorar o desempenho.
- Computação em tempo real: Crucial para o raciocínio dos modelos, mas com custos elevados.
O próximo grande desafio da NVIDIA será democratizar o acesso à computação em tempo real, essencial para modelos avançados como o o3 da OpenAI. Atualmente, uma única tarefa executada por este modelo custa o mesmo que um mês de subscrição do ChatGPT Plus, evidenciando a necessidade de tornar estas tecnologias mais económicas.
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