Foi no passado mês de setembro, com o iPhone X, que a Apple lançou o seu primeiro smartphone com ecrã OLED. No entanto, a tecnologia não pára de evoluir e, aparentemente, a gigante de Cupertino já se encontra a trabalhar num novo tipo de ecrã, que poderá vir a substituir a tecnologia OLED num futuro relativamente próximo.
Tal como tem feito com outros componentes, parece que a Apple quer no ecrã ser também “menos dependente” de empresas proprietárias de certas tecnologias.
Ecrãs MicroLED em fase de teste?
De acordo com os rumores que têm vindo a circular nos últimos dias, a Apple encontra-se a colaborar com a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company) para desenvolver estruturas em silício de modo a melhorar o desempenho dos chips LED.
Esta relação com a TSMC tem sido fortalecida com a Apple a apostar na empresa para a tornar exclusiva no fabrico de alguns componentes dos dispositivos Apple.
Foi também veiculado recentemente que a Apple reduziu o número de engenheiros a trabalhar nos laboratórios da empresa na Tailândia, onde estão a ser desenvolvidos os ecrã que utilizam tecnologia MicroLED. Este pode ser um sinal de que a fase de investigação já terminou e que a marca da maçã pode estar pronta para começar a fase de testes, que podem ser conduzidos nos Estados Unidos.
Maturação das tecnologias
A empresa, tal como referiu John Ive, tem investido, há alguns anos, na criação e amadurecimento de tecnologias que depois coloca nos seus dispositivos, o caso do Face ID foi disso exemplo, pois esteve dois anos em criação e testes antes de chegar ao iPhone X.
Agora, pensa-se que a Apple tem a tecnologia MicroLED debaixo de olho, pelo menos desde 2014, ano em que supostamente terá adquirido a LuxVue, uma empresa especializada nesta tecnologia. No entanto, a compra da empresa nunca foi confirmada.
Mas há vantagens do MicroLED em relação ao OLED?
Efectivamente há vantagens da tecnologia MicroLED. Esta tecnologia poderá estar presente em grande parte dos dispositivos da Apple assim que se consiga produzir os ecrãs MicroLED de forma segura, consistente e a um preço relativamente baixo.
A aposta da Apple nesta tecnologia poderá ir ao encontro de uma melhor precisão das cores e do contraste, o melhor tempo de resposta e um aumento no brilho, apesar do tamanho reduzido dos píxeis.
Para além disso, os ecrãs MicroLED possuem Nitrato de Gálio, um composto inorgânico que promete maior tempo de vida quando comparado com o composto orgânico utilizado nos ecrãs OLED.
Assim, se tudo correr como previsto e a fase de testes for um sucesso, muito em breve podemos começar a ver dispositivos Apple com ecrãs MicroLED no mercado. Várias fontes apontam para que, em 2019, o Apple Watch seja o primeiro equipamento a usar esta nova tecnologia.