Chegou finalmente a análise do tablet que os nossos leitores mais procuravam.
O Samsung Galaxy Note 10.1 é o mais recente tablet da gigante Sul-Coreana e vem adaptado para o ambiente empresarial com bastantes funcionalidades para a produtividade. Não foi feito unboxing, o que será feita uma breve apresentação do que vem dentro da caixa e primeiras impressões.
1 – Geral
Primeiras impressões
Especificações gerais
Caixa
2 – Hardware e design
Ecrã
SoC (CPU e GPU)
Câmaras
Interfaces e S Pen
3 – Software
TouchWiz e funcionalidades
Aplicações exclusivas
4 – Benchmarks e autonomia
Benchmarks gerais
Bateria
1 – Geral
Primeiras impressões
Na aparência, o Note 10.1 é praticamente igual à linha Galaxy Tab 2 com a diferença de ter as laterais rectangulares, o que melhora bastante a ergonomia.
Ao pegar nele pensei logo, isto é outro nível, apesar das aparências, sente-se uma enorme diferença de robustez em comparação com a linha Galaxy Tag 2, incluindo os próprios botões e as tampas dos slots que parecem ser de melhor qualidade.
As pontas da S Pen deixam imensas marcas de uso no ecrã do mesmo género das marcas de impressões digitais, à primeira vista, parece que risca mesmo o ecrã, mas é só superficial, um simples pano seco ou daqueles humedecidos limpam facilmente as marcas.
Uma das coisas que me chamou logo à atenção foi a porta de infravermelhos, é muito raro nos dias de hoje haver equipamentos móveis com esta tecnologia. É de referir que esta porta serve para controlar as Smart TV da marca.
Vejam aqui a magia do Samsung Galaxy Note 10.1.
Especificações gerais
Sistema: Android 4.1.1 com TouchWiz UX UI
CPU: Exynos 4412 – Quad-Core 1.4 GHz Cortex-A9
GPU: Mali-400MP RAM: 2GB
Ecrã: PLS TFT 10.1″ 1280 x 800 pixeis
Câmaras: Traseira – 5 Mpx, Frontal – 1.9Mpx
Vídeo: 720p@30fps
Especificações Completas
Dimensões: 262 x 180x 8,9 mmPeso: 600g
Protecção: Corning Gorilla Glass
Sensores: Accelerometer, Giroscópio e Compasso
Armazenamento: 16 / 32GB
Conectividade: Bluetooth 4.0 com A2DP – USB 2.0 com conector de 30 pinos – Wi-Fi 802.11 a/b/g/n, Wi-Fi Direct, dual-band, Wi-Fi hotspot
Rede: 2G – GSM 850 / 900 / 1800 / 1900, 3G – HSDPA 850 / 900 / 1900 / 2100
GPS: Com A-GPS e GLONASS
Interfaces: Conector de 30 pinos, slot para cartão MicroSD, slot para cartão SIM e porta Infravermelhos.
Extras: SMS, MMS, Email, Push Email, IM, HTML e Adobe Flash
– Reprodução de vídeos: MP4/DivX/Xvid/FLV/MKV (sem DTS)/H.264/H.263 – TV-Out
– Audio Player: MP3/WAV/eAAC+/Flac
Bateria: Li-Ion de 7000 mAh
Caixa
O design da caixa não difere da mesma usada no Samsung Galaxy Tab2 10.1 e vem acompanhado com um cabo USB com conector de 30 pinos, adaptador para a ficha eléctrica e manuais.
É praticamente os mesmos acessórios da linha anterior, com os extras da S Pen e pontas extras.
2 – Hardware e design
Ecrã
Este tablet vem acompanhado por um ecrã PLS TFT de 10.1 polegadas com uma resolução de 1280×800 pixeis, apesar de ser a mesma tecnologia da linha anterior, a qualidade é muito superior.
Apesar da melhoria da qualidade do ecrã, continua a ter baixos ppp continuando a permitir a visualização de pixeis a olho nu.
Por outro lado, a luminosidade e clareza é suficiente para uma excelente visualização em qualquer ambiente, é de referir também que o sensor de luminosidade vem descalibrado, havendo um desequilíbrio da luz entre ambientes claros e escuros.
Vem também revestido com Corning Gorilla Glass, toda a linha Galaxy vem com esta tecnologia, mas, ao contrário do Tab 2, este é mais resistente a impressões digitais, o que com uma boa película protectora poderá resolver. Igualmente como as marcas deixadas pela S Pen se sobre uma película protectora, as marcas não são visíveis.
SoC (CPU e GPU)
Aqui é que está o maior poder deste tablet. O SoC, Exynos 4412, tem um CPU Quad-Core Cortex-A9 de 1.4GHz, mais do que suficiente para qualquer necessidade e um GPU igualmente Quad-Core, Mali-400MP.
Fiz alguns testes à capacidade do CPU, recorri ao GLBenchmark modo Egypt HD para mostrar valores, e, em comparação com outros tablets Android da mesma gama, mostra resultados bastantes bons.
A experiência varia conforme o uso que dermos ao tablet e das exigências de cada consumidor, no entanto, superou, com distinção, todos os testes que realizei e as minhas expectativas.
O GPU Mali-400MP, bastante conhecido pelo seu uso na linha Galaxy, é um GPU Quad-Core, tem uma excepcional capacidade de processamento gráfico, sendo superior aos conhecidos PowerVR SGX540, ULP GeForce do Tegra 2 e Adreno 205.
Testei vários jogos que mais uso, N.O.V.A 3, Need for Speed Most Wanted, Asphalt 7 Heat, Modern Combat 4 e Grand Theft Auto III, e igualmente passou, como seria de esperar.
Câmaras
A câmara principal do Note 10.1 é de 5 Megapixeis, tem uma excelente qualidade em comparação com outros tablets.
Ao contrário da linha Galaxy Tab 2, este tem autofocus e flash LED, permitindo tirar fotografias nítidas em ambientes escuros.
A gravação de vídeo é feita a 720p a 30 fps.
A secundária é 1.9Mpx, o que proporciona uma excelente qualidade para chamadas de video, reconhecimento facial ou mesmo para fotografias faciais.
Interfaces e S Pen
Os botões existentes neste tablet são exactamente os mesmos que no Galaxy Tab 2, situados igualmente em cima, botão power e controlo de volume, slot para Micro SD, porta Infravermelhos e slot para SIM (Micro-SIM).
Ainda na parte de cima, está o conector 3.5mm para os auriculares.
A versão testada é a N8000 (versão com 3G), a versão N8010 é a versão só Wi-Fi.
O que é realmente novo e já não é visto há bastante tempo em equipamentos móveis, é a porta de infravermelhos, no entanto não serve para transferência de dados mas para controlo remoto das Smart TV ligadas à mesma rede do tablet, pode ser bastante útil para quem for portador de uma.
Na parte da frente temos as colunas, a câmara fontal e os sensores. Na parte de baixo continua a estar localizado o conector de 30 pinos.
Assim que removemos a S Pen, é accionado um menu com algumas ferramentas onde podemos dar uso à caneta.
As colunas reproduzem uma excelente qualidade de som, são superiores a muitas colunas que vêm portáteis, mesmo em musicas com graves pesados não se ouve qualquer distorção.
Na parte de trás temos a câmara de 5Mpx o Flash LED e a S Pen.
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4 – Software
TouchWiz e funcionalidades
A versão do Android deste tablet é a 4.1.1 (Está disponível uma actualização para a versão 4.1.2 Jelly Bean), mas bem que a Samsung poderia lançar um actualização para Android 4.2.1 ou 4.2.2.
A interface é a TouchWiz UI Nature a mesma do Samsung Galaxy S III e do Galaxy Note II, quem já conhece esta interface, não tem nada de novo. O que mais me cativa nesta interface são as funcionalidades que ela oferece.
A mais interessante é o modo de multiscreen, tal como o nome indica, permite dividir o ecrã de forma a que consigamos ter várias aplicações abertas lado a lado no mesmo ecrã, por exemplo ter a aplicação office e o browser abertos.
Mas para que o multiscreen funcione tem que se ter em atenção que só funciona em modo Vista Dupla e só com aplicações nativas do sistema.
É uma funcionalidade bastante interessante para quando queremos só mostrar uma imagem de uma parte especifica ou então para usar em documentos.
Aplicações exclusivas
Tal como em qualquer outro equipamento, incluem várias aplicações, podendo ou não ser da marca.
No caso do Galaxy Note 10.1, temos uma vasta lista de aplicações Out-Of-Box do Android tanto da própria Samsung como de outros programadores.
Aplicações nativas
AllShare Play
ChatOn
Crayon Physics – É um jogo bastante interessante para testar a S Pen, mas também se pode usar o dedo
Dropbox (com oferta de 50GB por dois anos)
Game Hub
Music Hub
Paper Artist
Polaris Office
Photoshop Touch
S Note
S Planner
S Suggest
S Voice
Samsung Apps
Smart Remote – Uma aplicação para ver a programação televisiva
Swipe-It – Serve para transferir, sobre Wi-Fi, imagens e videos para uma Samsung Smart TV
Samsung Remote – É uma aplicação para tornar o tablet num comando remoto
4 – Benchmarks e autonomia
Browser
Benchmarks
Autonomia
A bateria é de 7000 mAh e para um uso normal, consegue proporcionar uma duração de cerca 2 dias.
Durante todo o tempo que tive o equipamento para teste, esteve com Wi-Fi ligado e várias aplicações a correr em background (+/- 70 a 75% da RAM disponível para o utilizador ocupada)
Há jogos e aplicações que consomem mais bateria que outros, dependendo também do nível de detalhes e da percentagem de uso do GPU e / ou CPU. As aplicações gratuitas tendem em gastar mais bateria devido ao uso de publicidade, mesmo que a aplicação não necessite de internet, se a tiverem liga, será usada também para alimentar a publicidade, igualmente se tiverem a localização ligada.
Resumo
Prós
- CPU e GPU de alta performance (Quad-Core)
- Fluidez do sistema
- Design
- Autonomia muito boa
- Simplicidade no uso e na ergonomia
- S Pen
- Ecrã
- Qualidade da câmara tanto em ambientes claros com em escuros
- Flash e auto-focus
- Recepção de Wi-Fi
- Captação de sinal GPS
- Slot para cartão MicroSD e SIM (apesar do modelo mais preferido ser o que tem só Wi-Fi)
- Som stereo (uma coluna em cada lado do ecrã) com excelente qualidade e volume
Contras
- Lag na detecção do toque e movimento da S Pen
- Excessivas marcas do uso da caneta (apesar de saírem facilmente com um pano)
- Não ter actualização para Android 4.2
- Preço, neste momento já poderia ser mais baixo, ainda anda perto dos 500€.
Conclusão
O Samsung Galaxy Note 10.1 é um excelente equipamento, quem procura um bom tablet Android este é, sem dúvida, um dos a equacionar. No entanto, com a aproximação dos novos tablets da marca, este poderia baixar um pouco de preço para se tornar mais competitivo.
Apesar das algumas lags da S Pen, é decididamente uma mais valia para quem não gosta de escrever textos em teclados touch.
A interface TouchWiz é conhecida por ser funcional e produtiva, eu pessoalmente gosto desta interface.
no entanto, perante a concorrência, como os tablets da BQ, o preço poderia ser mais baixo. A Samsung tem apresentado excelentes equipamentos e este é certamente um deles.
Gostei imenso de testar este tablet.
O Pplware agradece à Samsung pela cedência do equipamento para esta análise.
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