Investigadores japoneses descobrem polímero que concede características regenerativas ao vidro. Já imaginou se partisse o vidro do seu smartphone e ele regenerasse o dano de forma totalmente autónoma?
Pois bem, venha conhecer o vidro que “se cura” a ele próprio.
No nosso quotidiano usamos vários tipos de objetos constituídos por diversos materiais, muitos deles contêm vidro.
Como é do senso comum, o vidro é um material com propriedades muito pouco elásticas e também relativamente fácil de quebrar. De modo a combater esta imposição natural, uma equipa de investigadores japoneses descobriram um polímero que permite regenerar e unir fragmentos de vidro, sem ter de recorrer a colas e derivados.
Todos já vivenciámos episódios que envolveram quebras de vidros, sendo sempre um transtorno enorme e algo muito difícil de recuperar ou remediar.
Contudo, a ciência e a tecnologia estão constantemente a fazer novas descobertas e, muito recentemente, foi descoberta uma macromolécula que, associada e acoplada a vidros, atribui características regenerativas a estes.
Yu Yanagisawa é um estudante de pós-graduação na Universidade de Tóquio que está a fazer investigação na área da Química, mais especificamente em adesivos. Por mero acaso, no decorrer dessas investigações, Yu Yanagisawa apercebeu-se que um polímero que tinha acabado de testar, polyether thioureas, através das suas ligações de hidrogénio, conseguia conferir propriedades de colagem e coesão entre duas placas vítreas, possibilitando assim a regeneração de fragmentos de vidros quebrados ou separados.
O efeito não é imediato, sendo necessário ter as placas juntas durante uma a seis horas, à temperatura ambiente.
Posteriormente, teremos como resultado as duas placas fundidas e com a sua resistência restabelecida, sendo esta uma inovação ao nível como este adesivo atua no próprio vidro e lhe oferece resistência e coesão estrutural.
Esta descoberta traz várias inovações ao nível da recuperação da integridade de vidros aquando de algum incidente. O facto de ter o polímero inserido no próprio vidro faz com que este esteja sempre disponível para repor a integridade de algum painel, dispensando assim ter de recorrer a colas e outros derivados externos.
Os resultados e investigação completa foram publicados muito recentemente na revista científica American Journal of Science.