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Análise Macbook Air – O menino prodígio da Apple

O ano 2010 ficou marcado pelo apogeu da Apple. Foi sem dúvida o ano em que foram lançados os mais acutilantes equipamentos para um mercado amorfo e ávido de novas tecnologias. A Apple fez-lhe a vontade e colocou desde Janeiro até aos dias de hoje alguns produtos inovadores e que deram origem a novos segmentos. Por outro lado, foi um ano de renovação, o caso do iPhone 4 trouxe à Apple enormes dividendos. Na senda de dar novo fôlego aos seus produtos já com alguns anos, como era o caso do Macbook Air, a Apple quis colocar no mercado um equipamento conceptual e equipado com tecnologia de ponta.

Assim, era anunciado no último evento da Apple, uma nova roupagem para o Macbook Air. O conceito mantém-se, a linha Air continua a ser super fina, super leve e potente. Há no entanto uma questão desde logo levantada: estará o mercado preparado para aceitar positivamente um produto que, embora futurista, tem preços proibitivos? Vamos ver os argumentos da marca de Cupertino.


Metemos as mãos ao trabalho e decidimos fazer uma análise ao produto na óptica do “utilizador comum”. Não o abrimos para vasculhar o seu interior, nem o vamos comparar com o incomparável. Vamos apresentar um produto para que os possíveis interessados, possam ter ideia do que vão encontrar.


Em abono da verdade, esta máquina não é para qualquer bolso e mesmo para os que a podem comprar, é necessário reunirem um determinado número de requisitos sob pena de estarem a comprar um objecto de luxo em vez de um equipamento produtivo.


Conteúdo da caixa que experimentamos

Design

O design é o seu ponto de destaque. Foi desde o seu aparecimento um ponto de referência e a bandeira de marketing da Apple. Não foi desenhado para ser super potente, para isso existe a linha Macbook Pro e também não foi desenhado para ser comum, para isso existe a linha Macbook. Mas então qual é o seu target?

Através de um olhar rápido percebe-se que o design conquista os amantes da simplicidade, objectividade, elegância e bom gosto. Aliado a estes factores está o leve peso que ostenta, um ecrã de altissima definição e uma “transportabilidade” fora do comum, para uma máquina deste gabarito.


A Apple orgulha-se do seu status e confere às suas peças, etiquetas de arte, neste caso esculpidas no aluminio e no vidro. Um corpo único, uma tez suave sem arestas vivas e um toque macio, é assim que se interpreta o primeiro toque nesta peça.

Obviamente que não estamos a falar numa máquina capaz de manter o aspecto perfeito quando colocada em trabalhos diários, com riscos e arranhões. O belo torna-se desprezível e o aluminio deixa de conferir um aspecto sóbrio e elegante. Mas certamente que o seu proprietário terá isso em conta quando comprar este equipamento.


Utilização

A utilização deste equipamento é simples, pois o centro das atenções está no aspecto e no poder de resposta que a Apple transferiu para esta máquina. É um computador que, se tivesse um preço diferente, iria competir no mercado dos netbooks e com certeza faria carreira. Mas não, este será um segmento à parte dos netbooks e nem deve ser conotado como tal.

O utilizador pode transportar com todo o conforto esta máquina e em qualquer lugar poderá usar sem que isso represente um problemas desagradável de falta de espaço.


Temperatura: Um dos “problemas” ou mito que perseguem a marca americana, é que os Macs aquecem demasiado. Na verdade existe um local onde eles aquecem muito, que é junto à fonte de alimentação e principalmente quando estão ligados à corrente eléctrica. Mas não é nada de exagerado e nos picos de calor, o sistema de refrigeração toma conta do aquecimento em excesso e faz baixar a temperatura. Este é o comportamento no meu MacBook Pro, já no MacBook Air notei que ao fim de um bom pedaço de tempo a produzir um pequeno filme no iMovie 11 e depois a  reproduzir o mesmo, ele ficou “morno”, mas não entrava em temperaturas insuportáveis para o retirar de cima das pernas, não aquece, portanto, ao ponto de dizermos que fica febril.

Nível de ruído: Embora exista uma ventoinha dentro do MacBook Air, não consegui em qualquer altura aperceber-me da sua existência, nem mesmo quando este passou uma hora a produzir um filme. Provavelmente não consegui puxar pela máquina o suficiente para que esta aquecesse ao ponto de ligar a refrigeração, na verdade notei que aqueceu um pouco mas que não passou de uma temperatura “normal” tendo em conta o material de que o Mac é revestido. É muito silencioso.

Índice:

Vídeo de demonstração do arranque da máquina e aspecto geral

Características técnicas

Macbook Air 11″

Processador e memória

O processador é um Intel Core 2 Duo a 1,4 GHz com 3 MB de cache L2 partilhada e integrada; ou processador Intel Core 2 Duo opcional a 1,6 GHz com 3 MB de cache L2 partilhada. São duas possibilidades que a Apple oferece para equipar o Air. O que testámos foi o Intel Core 2 Duo a 1,4 GHz com 3 MB de cache L2.

Ecrã

11,6 polegadas (diagonal) – Ecrã panorâmico brilhante de 11,6 polegadas (diagonal) com retroiluminação LED de alta resolução de 1366 por 768 pixels.

Resoluções suportadas:

Capacidade de gráficos e vídeo

Áudio

Teclado e trackpad

Comunicações

Armazenamento

Armazenamento 100% flash, isto permite-lhe usufruir de tudo o que o armazenamento flash tem para oferecer: fiabilidade, velocidade e eficiência. Por isso, a decisão de utilizar armazenamento flash num computador portátil ultra compacto como o MacBook Air faz todo o sentido.

Obviamente que esta qualidade paga-se, mas é antever o que o futuro trará para todas as gamas de portáteis.

Esta tecnologia permite aceder a dados rapidamente, e possibilita uma fantástica funcionalidade: o MacBook Air permanece no modo de espera durante até 30 dias. Isso significa que o MacBook Air tem um arranque de 20 segundos e quando o desliga apenas necessita de num instante, quer o abra amanhã, na próxima semana ou no próximo mês.


Tamanho e peso


Bateria e Autonomia

Performance


Primeiro de tudo, pergunto: onde se encaixa, nos segmentos existentes, esta máquina?

Esta máquina é a melhor dentro de um “possível” comparativo, se fosse feito pelo tamanho da mesma. Não há comparação por o embate seria desigual, quando falamos em máquinas deste porte.

O seu desempenho optimizado, confere um poder absoluto. O Processor (CPU): O MacBook Air 11″ vem equipado com um processador Intel Core Duo a 1.4GHz, optimizado para baixos consumos e baixas dissipação térmica.

Obviamente poderão dizer que até nem é grande processador, que há melhores no mercado em máquinas do mesmo porte. Sim é verdade, mas o processador só por si não conta a história toda. Uma máquina avalia-se pelo conjunto e é precisamente no conjunto que esta máquina atinge o topo em termos de performance.

Podemos ver nalguns benckmarks que esta máquina bate-se de igual (ficando ligeiramente atrás mas nada de fracturante) com outros modelos (irmãos mais velhos) dentro da gama MackBook Pro.

[Fonte: Macworld]


Depois, a nova estrutura veio de facto trazer mais vitalidade e poder ao modelo Air. Quando foi apresentado, este modelo foi comparado ao anterior e questionava-se se seria um incremento que justificasse o aumento do preço. Pois socorrendo-nos de novo dos benchmarks, é possível ver que o facto de este Mac traz tecnologia de ponta, faz um conjunto que é imbatível, para um segmento paralelo.


Nota-se claramente que o conjunto foi afinado para um desempenho equilibrado. Provavelmente esta seria uma máquina que poderia obter mais desempenho, mas nesse caso haveriam outros problemas que são inerentes ao desempenho, como o calor e o ruído.

Nota: Para saber mais sobre o modelo de 13″ consulte a o seguinte link: MacBook Air 13″ – Características

Índice:

Público Alvo

Nitidamente este será um terceiro computador para quem o adquirir. Isto porque o seu preço é exagerado no mercado e na conjuntura económica actual, claro que se olharmos para o que traz no seu interior… até está muito em conta! Existe um segmento que poderá optar por esta máquina, um docente, um médico, um utilizador classe média-alta, que possa fazer desta máquina a sua terceira máquina, uma pessoa que procure um computador que se destaque e que seja um utilizador moderado… provavelmente serão estes os futuros clientes para esta máquina.

Será alguém que quererá não andar carregado e estará disposto a ter uma máquina inovadora em termos tecnológicos e em termos estruturais para seu gáudio.

Mas porquê ser uma terceira opção?

É simples. Pelo preço proposto existem dentro da gama de produtos Macbook outras ofertas. São máquina pouco mais pesadas, um pouco maiores e sobretudo são máquinas mais potentes e com mais funcionalidades. Esta máquina é “poupada” em muitos aspectos e principalmente é poupada em opções e funções. Isso pode não ser compensador para um utilizador multifacetado e integrado numa rede de trabalho.


Preço vs Utilidade

Neste ponto a Apple sempre fez questão de destacar o seu leque de clientes. As máquinas reflectem o valor que têm não só ao nível do produtos em si, mas de toda a estrutura que a envolve. Tudo se paga bem pago mas é também em prol do utilizador que os serviços aparecem para complementar a máquina e assim tentar justificar o seu preço.

Conclusão

Começo por deixar uma interrogação e respectiva resposta, tudo do meu ponto de vista como utilizador das novas tecnologias… quando estas ainda eram um sonho e utilizador de vários produtos Apple.

O que falta nesta máquina ou o que poderia ser melhor?

Destaco logo o preço. É uma máquina que não se enquadra no mercado actual. A ideia de que um cruzamento entre o MacBook e o iPad teria resultado neste novo Air, mas traz algumas questões relacionadas com o espaço estreito entre segmentos… não sei se cabe este Air de forma confortável.

Outro pormenor muito importante, porque descobri aqui um possível nicho de utilizadores, os profissionais de foto-jornalismo… então numa máquina com tamanho interessante, como é esta de 11 polegadas… falta a ranhura para cartões SD!

O teclado não é iluminado. É outra das funções que não faz sentido, uma máquina deste preço não pode ter esta falha para com o seu proprietário. Passar de um teclado retro-iluminado para um totalmente opaco… não ajuda em termos de produtividade, principalmente em locais com pouca luz ambiente.

Há um outro ponto que já não entendo como negativo. Muitas análises que vi por esse Internet fora, apontam como negativo é a ausência de drive óptica. No meu ponto de vista, esta máquina, assim como outros segmentos já rotinados na massa produtiva, dispensam a drive óptica. Mas e como instalamos o sistema operativo e todo o software nativo do MacBook Air?

A Apple facilita essa instalação e oferece um “inovador” sistema de reinstalação do software.


USB Flash Drive com o software de instalação do MacBook Air

São estes alguns dos mais relevantes pontos que poderiam estar melhor tratados no novo Air, mas certamente que quem pensou o novo Air, achou que os pontos em questão faziam sentido… pelo menos para os engenheiros a Apple.

Assim, temos uma máquina que não será um prodigio de vendas (digo eu), mas será uma máquina com utilizadores bem distintos e muito certos daquilo que pretendem num computador desta natureza.

É muito ténue a linha que separa uma utilização que requer um MacBook Pro de 13″ de uma utilização que requer um MacBook Air de 11″ e o preço pende para o lado do MacBook Pro.

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