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Análise: iPhone 3GS – Sinta o poder da maçã!

Será que o Pplware poderia deixar passar ao lado a análise de um dos smartphones mais badalados do mercado? É claro que não. Foi com muito prazer que aceitei a proposta de análise do modelo mais recente da família iPhone, generosamente cedido pela Vodafone.

Não pretendo que esta seja mais uma análise no meio de tantas outras e por isso passei 2 semanas, 24h por dia a utilizar o iPhone e todas as suas potencialidades, admirando as suas grandes qualidades, mas também dissecando os seus defeitos. Quero acima de tudo desmistificar todo o hype à volta deste gadget e mostrar porque é que o devem comprar, ou porque é que o devem evitar.

Na vida tudo é um compromisso e por isso leia a minha análise pessoal e tire as suas próprias conclusões.

Começo desde já por “avisar” os nossos caros leitores acerca do que podem esperar desta análise. Esta é uma análise extensiva e pormenorizada de um equipamento móvel bastante dispendioso (ver planos) e que se posiciona no mercado de alta gama. Como tal, considero que um potencial comprador pretenderá saber o máximo acerca de uma máquina como esta, antes de partir para a compra.

Quero ainda clarificar que apenas analisarei o iPhone em si e todas as aplicações que este traz de origem. Aplicações úteis e que aumentam largamente as possibilidades desta máquina serão analisadas noutra altura, por uma questão de organização.

Vamos então começar, olhando primeiramente para as especificações técnicas do iPhone 3GS.

Especificações técnicas

Ver aqui as especificações técnicas completas.

Abertura da embalagem

Depois de conhecidas as especificações técnicas, chega a hora de abrir a embalagem pela primeira vez. Não é segredo nenhum o facto da Apple se distinguir sistematicamente pelas suas embalagens tão simples, pequenas e elegantes, aquando a compra dos seus produtos. Estas características acabam por contribuir não só para a expectativa do comprador mas também para a ideia de simplicidade transmitida pelo seu interior.

Ao abrir a embalagem deparar-se-á com o iPhone comodamente acondicionado no topo da mesma e por baixo deste encontram-se os acessórios. Pode contar com o conjunto constituído por:

Antes de iniciar a viagem pelo software do iPhone, acho importante analisar e realçar alguns aspectos físicos desta máquina da Apple.

Qualidade de fabrico

O iPhone é um smartphone robusto, contribuindo para isso a sua qualidade e especificidade de construção. A Apple parece não valorizar as baterias removíveis, tanto nos seus MacBooks mais recentes como em iPods e mais recentemente, no iPhone.

Esta é uma clara desvantagem face à concorrência, dado que se torna necessário devolver o aparelho à Apple sempre que se pretende substituir a bateria. Por outro lado, este facto também poderá ser uma mais valia, se observarmos a solidez do dispositivo que se apresenta como uma peça única, sem qualquer tipo de encaixe ou tampa, propícia a acidentes menos agradáveis decorrentes de quedas.

Resistência a adversidades físicas

Durante 2 semanas, posso dizer que o iPhone andou “despido” à mercê das adversidades físicas do dia a dia, seja dentro da minha mala em contacto com outros objectos, dentro do meu bolso das calças ou simplesmente sobre alguma superfície. Por estas razões, creio estar em condições de o esclarecer quanto à resistência física desta máquina.

Relativamente a riscos no ecrã: invisíveis, eu diria mesmo inexistentes. É impressionante a resistência a riscos tanto do ecrã como da parte traseira (negra) do iPhone. Notam-se realmente arranhadelas apenas nos cromados, o que é compreensível. À vista desarmada, são indetectáveis, mas como pode observar na fotografia seguinte, com uma boa focagem, é possível detectá-las.

Relativamente às tão malfadadas dedadas, posso dizer que fiquei agradavelmente surpreendida por um lado e desiludida por outro. Passo a explicar. Imagine-se com as mãos minimamente limpas, apenas com a gordura natural da pele. Não vai causar nem uma dedada no ecrã do iPhone. Completamente invisíveis.

Por outro lado, imagine que tem agora a mão ligeiramente suada. A gordura dos dedos nesta altura torna-se incomodativa no ecrã, tornando-se ainda mais flagrante sob a luz directa do sol. E não há limpadela na ganga das calças que o salve! Terá de pegar num pano levemente humedecido e limpar com cuidado o ecrã.

A parte de trás do iPhone, essa sim, é extremamente sensível a dedadas, seja qual for o grau de gordura dos dedos, como pode observar na seguinte fotografia.

Não existe ainda qualquer tipo de protecção para a câmara, o que pode representar um problema para os mais descuidados. No entanto, a lente da mesma pareceu-me bastante resistente a arranhadelas, à semelhança do ecrã do smartphone. A posição demasiado extrema da câmara, muito perto dos limites da máquina, poderá vir a ser um problema, como poderão comprovar quando testarem a câmara, já utilizando o software do iPhone.

Entradas e saídas

Neste campo a Apple continua a não perder: simplicidade. Mas claro, sem nunca colocar em causa a funcionalidade. Poderia ter juntado ambas numa única ficha de entrada/saída, mas preferiu, e muito bem, apresentar uma ficha 3.5mm para ligar os auriculares com microfone e controlo multimédia. Escusado será de dizer que esta entrada é compatível com quaisquer headphones disponíveis no mercado.

A outra ficha destina-se tanto à ligação do iPhone ao computador, como à ficha eléctrica. E como conseguem isto? O cabo que liga ao iPhone tem uma ficha específica, mas a outra extremidade é uma ficha USB normalíssima que encaixa perfeitamente numa porta USB do seu computador. Este cabo serve essencialmente para sincronizar e organizar os seus ficheiros multimédia através do iTunes. E não só. Pode ainda, enquanto sincroniza, carregar a bateria do seu iPhone.

Mas não pense que apenas poderá carregá-lo ligando-o ao computador, embora não exista um cabo de alimentação específico, a Apple fornece um adaptador que recebe a ficha USB e liga-a directamente à ficha eléctrica. Poupam-se tanto cabos como espaço.

É importante ainda referir a qualidade das colunas de som embutidas: satisfatória. Para os sons normais do iPhone é mais que suficiente. Para altifalante externo quando se reproduz música no modo iPod, é notória a distorção dos agudos, mesmo comparando com telemóveis de gama bem mais baixa.

Botões físicos

O iPhone possui 4 botões principais, para ligar/desligar o telemóvel/ecrã, botão de volume e botão Início.

Índice:

A primeira configuração

Retire o cabo e o iPhone da embalagem. Certifique-se que possui o iTunes instalado no seu PC/Mac e daremos início à sua primeira configuração.

Ligue o iPhone ao PC/Mac utilizando o cabo USB fornecido e este é de imediato reconhecido, procedendo à instalação automática de controladores. Aceite o contracto de licença e o iTunes é iniciado, iniciando a configuração do iPhone no seu computador. Siga todas as instruções do ecrã.

É possível sincronizar automaticamente desde contactos a calendários, favoritos, notas e contas de email.

No Windows, o programa-rei é sem dúvida o Outlook, que permite sincronizar tudo e mais alguma coisa. Para ser sincera, Outlook e pouco mais… Seria agradável permitir a sincronização com outros programas tais como o Thunderbird. Ponto a favor da sincronização com os contactos do Google. No entanto a sincronização de favoritos apenas é possível com o Safari ou Internet Explorer, continuando a sentir falta do Firefox e Opera.

Como escolhi a sincronização com os meus contactos do Gmail, foram-me pedidos os dados de acesso ao serviço.

Depressa verifiquei que a versão do software do iPhone se encontrava ligeiramente desactualizada. Para a actualizar, bastou clicar no botão correspondente “Actualizar”, sugerido pela interface do iTunes. Nada mais fácil. A actualização demorou cerca de 27 minutos. Isto significa iPhone pronto a ser inundado de aplicações e a ser analisado exaustivamente, como poderão verificar nos (muitos!) parágrafos seguintes.

Interacção com o iTunes

O iTunes é concebido pela Apple, como todos sabem, logo é totalmente feito e adaptado tanto a iPhones como iPods. Tudo funciona às mil maravilhas, exceptuando um pequenino (grande) problema. Desafio-o a copiar para o seu iPhone os seguintes itens:

Uma imagem desta pasta, outra daquela, agora aquele vídeo naquela pasta e por fim uma música daquela pasta cheia de músicas.

Ficou confuso? Talvez. Abriu todas as pastas em questão e tentou copiar os ficheiros em causa para o interior do iPhone? Como? Arrastou os ficheiros para o ícone do iPhone? Não dá… Tentou abrir o iPhone como se de um disco USB se tratasse? Não dá…

Pergunta: Então afinal como é que se copiam ficheiros multimédia para o interior do iPhone?

Resposta: Tem de sincronizar pastas.

Pois é… o iTunes/iPhone obriga-o a marcar determinadas pastas do seu computador para sincronização com o iPhone e, consoante tenha escolhido sincronização manual ou automática, a sincronização dar-se-á automaticamente ou por sua ordem.

Então e se eu quiser apenas uma fotografia daquela pasta? Não dá… ou sincroniza todos os ficheiros de uma pasta ou então nada feito. Para mim isto é um defeito incrivelmente grave para o iPhone e que desmorona toda a extrema simplicidade emanada pela sua interface minimalista.

É claro que se tiver as suas músicas e vídeos na biblioteca do iTunes, é muito fácil incluir esses ficheiros no iPhone, mas mesmo assim porque razão não posso arrastar qualquer ficheiro para o seu interior? Mas pronto, as músicas e vídeos ainda se conseguem colocar no iPhone, agora as imagens… tenho de fazer uma pasta de propósito para sincronizar todas as imagens no seu interior, duplicadas claro está.

O ecrã de espera

Enquanto o iPhone está inactivo é apresentado um ecrã que lhe mostra apenas a data e hora correntes, assim como alguma notificação pendente, no meu caso recebi uma SMS de “Ana Narciso” com o conteúdo “1 2 3″, um teste como é óbvio.

Para desbloquear o iPhone terá de deslizar o dedo sobre o slider em baixo, tal como se de uma fechadura trancada se tratasse.

O menu principal

O menu principal do iPhone é mais que familiar para a maior parte de vós. Seja pelos seus “ícones da moda”, o seu aspecto redondo e sobressaído que contribui para um certo instinto para o toque, nada é pensado ao acaso.

Outras vistas: [01][02][03]

Tudo gira à volta deste menu e dos seus ícones. Cada ícone é uma aplicação que assenta sobre o iPhone OS. Existem as aplicações base incluídas no sistema operativo e podem ser descarregadas dezenas de milhar de aplicações disponíveis na App Store, a loja online de aplicações para o iPhone.

O menu inicial é constituído por 3 áreas principais:

Área de ícones

Esta área alberga um máximo de 4 x 4 ícones, ou seja, 16 ícones. É natural que venha a possuir muito mais que 16 aplicações no iPhone e por isso o iPhone permite deslizar horizontalmente entre áreas de ícones diferentes, utilizando o deslizar do dedo na horizontal.

Área de acesso rápido

Na parte inferior do ecrã existe uma pequena “bandeja” que suporta até um máximo de 4 ícones de acesso rápido, sempre presentes em qualquer modo do ecrã principal. É claro que é possível definir quais os ícones que figuram nesta área.

Pesquisa Spotlight

Se deslizar o ecrã principal na horizontal para o lado esquerdo, chegará naturalmente ao ecrã de pesquisa que utiliza o equivalente iPhone ao motor de pesquisa presente no Mac OS X, o Spotlight. O Spotlight indexa todo o tipo de informação pesquisável, desde contactos telefónicos a e-mails, aplicações, músicas, vídeos e muito mais. Uma ferramenta sem dúvida bastante útil e eficaz.

Não pense que o menu principal do iPhone é estático. Se colocar o dedo sobre algum dos ícones durante algum tempo, o menu principal torna-se numa espécie de gelatina personalizável, em que poderá arrastar os seus ícones para qualquer posição à sua escolha, incluindo a tal “bandeja” de acesso rápido. Para confirmar as suas alterações, basta um toque na tecla Início. Esta última tecla, além de ser um atalho directo para o menu principal, permite alternar entre a área de ícones e a pesquisa no Spotlight.

Sistema de notificação

O sistema de notificação do iPhone mostra-lhe utilizando um pequeno número por cima de cada ícone das aplicações do menu principal, o número de novas notificações relativa à aplicação correspondente, além de um pequeno som que o alerta para a existência de alterações no estado das suas aplicações. Exemplos desta interacção são por exemplo o Mail (novos e-mail), a App Store (novas actualizações), Echofon (novos tweets) e muitas outras situações possíveis.

Controlo por voz

Controle as funcionalidades básicas do iPhone usando a sua própria voz na sua língua materna. Para entrar no modo Controlo por voz terá de premir prolongadamente ou o botão central dos auriculares ou o botão Início no iPhone. Este ficará de imediato pronto a receber ordens vocais.

O reconhecimento vocal é satisfatório, mas não há dúvida que existem muitas falhas a limar. Ordens vocais como “ligar a [nome]“, “reproduzir música”, “próxima música”, são mais ou menos assimiladas, o pior é quando tentamos dizer nomes que não existem no léxico de expressões chave do iPhone. Este processa o nosso sinal de voz e estabelece uma comparação com todas as ocorrências, imaginemos todos os contactos da minha lista telefónica. O que obtiver uma maior parecença, sendo ela razoável, é o escolhido.

Por vezes isto dá aso a situações engraçadas, por exemplo para dizer “ligar Steve Jobs”, eu tenho de dizer “ligar Stéve Jóbes”. Mas também chegou a reconhecer a expressão “reproduzir músicas de Pain Of Saltation”, de modo que a senhora que repete os nossos comandos diz “reproduzindo músicas de Páin ofe Sálvátión” com o ‘t’ de “tapete”.

Copiar, cortar, colar e posicionar

Aqui está a funcionalidade que tanta gente revoltou pela sua ausência nas primeiras versões do sistema operativo do iPhone. Uma coisa que os Nokia já fazem há anos e anos, não é verdade? Ora pois bem, para os mais cépticos digo-vos o seguinte: o copiar, cortar e colar do iPhone é muito superior a qualquer equivalente de outro fabricante. Porquê?

É possível copiar qualquer coisa, desde texto, vídeo ou imagens a partir do browser e armazenar essas cópias temporárias para uma área de transferência comum a todas as aplicações. Quero com isto dizer que pode copiar, cortar e colar qualquer coisa entre qualquer aplicação do iPhone.

A Apple decidiu reformular a forma como posicionamos o cursor do texto na posição certa. Quando nos enganamos numa determinada letra de uma palavra, é normal mover o cursor gradualmente até lá de forma a corrigi-la, certo?

No iPhone não tem nada disso, basta tocar no sítio que pretende corrigir. Mas os nossos dedos são tão grandes e a palavra é tão pequena! Aqui é que está a ideia fantástica: quando carregamos prolongadamente num qualquer ponto de uma palavra, aparece uma espécie de lente tipo lupa que nos permite posicionar o cursor arrastando o dedo sobre o ecrã com a máxima precisão!

Desta forma é possível ainda definir exactamente uma área de selecção de texto e copiar, cortar ou colar essa mesma área de onde quiser para onde quiser.

Índice:

Aplicações base do iPhone

Telefone

Neste modo pode esperar encontrar tudo o que um vulgar telefone possui: botões e capacidade de fazer e receber chamadas. E muito mais. O modo Telefone está dividido em 5 áreas, correspondentes aos botões na parte inferior do ecrã:

Mail

O Mail é o cliente de correio electrónico por excelência, desde o sistema operativo Mac OS X até ao iPhone. A sua primeira configuração é muito simples e directa, permitindo receber e enviar e-mail através de serviços como o Gmail, Yahoo!, AOL, MobileMe (da Apple), além de qualquer conta comum POP3, IMAP e Microsoft Exchange. O Mail está preparado para enviar e receber imagens (vendo-as ao longo do texto do e-mail), ver PDF, documentos do Microsoft Word, Excel e outros tipos de anexos que acompanham o seu correio.

De interface extremamente simplificada, possibilita todas as tarefas que poderia esperar num vulgar cliente de e-mail para o computador. Configurar a minha conta de Gmail não poderia ter sido mais fácil: seleccionar “Gmail”, introduzir o nome de utilizador e a password. Apenas isto. Gostei do facto do Mail ter mantido a estrutura base do Gmail, ou seja, a disposição dos meus marcadores e da caixa de entrada, lixo, spam, etc., tudo pela ordem a que estou habituada a ver no site do Gmail. O Mail integra-se ainda facilmente com o sistema de arquivamento e de marcadores do Gmail, gostei bastante.

Ao clicar no ícone do Mail a partir do menu principal, este abre-se e procura imediatamente novos e-mails, emitindo um som de notificação caso tenha recebido novas mensagens. Se voltar ao menu principal, ainda com mensagens de correio por ler, é mantida uma pequena notificação numérica no ícone do Mail que lhe diz quantos e-mails tem por ler.

Safari

Tal como o Mail, o Safari é o browser por excelência do Mac OS X e por isso não poderia faltar no iPhone. Apresenta-se como uma opção leve e robusta, dotado de uma interface simplista, mas muito poderosa. Esta é sem dúvida a sua janela para a web e para o mundo. Destaco as seguintes funcionalidades:

Vou ser muito sincera: nunca obtive uma experiência web tão agradável num smartphone como a que obtive no iPhone. A reacção ao toque é perfeita; a velocidade de deslocação das páginas corresponde exactamente à velocidade de passagem dos dedos; a técnica de zoom com os dedos por multi-toque (afastar dos dedos sobre o ecrã) é perfeita; não é detectado qualquer tipo de atraso na reacção ao toque. Por muitos defeitos que o iPhone tenha, ainda estou à espera de um smartphone que bata esta capacidade de interacção com o utilizador.

iPod

O iPhone inclui iPod que traz consigo todas as funcionalidades presentes num iPod:

O controlo por voz do iPhone no modo iPod não deixa de ser útil, já que os headphones apenas possuem um controlo físico do volume, ficando acções como parar, reproduzir, avançar, etc. delegadas para o controlo por voz. O reconhecimento de voz é relativamente satisfatório, no entanto, o utilizador não tem grande noção do léxico de expressões passíveis de reconhecimento. Para contornar este facto, o iPhone, quando espera pela ordem vocal do utilizador, mostra no seu ecrã algumas expressões que poderão ser reconhecidas.

Acções como “próxima faixa”, “reproduzir similares”, “reproduzir [nome do artista]”, e muitas mais, fazem parte do enorme leque de expressões reconhecidas pelo controlo por voz presente no modo iPod do iPhone.

Mensagens

O modo Mensagens foi concebido de uma forma muito, muito simples, sem múltiplos menus para a caixa de entrada, saída, relatórios, enviadas, etc.

Em vez disso, são listadas todas as mensagens recebidas/enviadas em conjunto e, ao clicar em qualquer uma, além de a poder lê-la em detalhe, consegue visualizar uma espécie de timeline conversacional em que são dispostas todas as mensagens trocadas com um determinado contacto em estilo pergunta-resposta, à semelhança daquilo que acontece no mensageiro instantâneo “Adium”, o equivalente Mac para o Windows Live Messenger para o Windows.

O sistema de resposta a uma mensagem requer muito poucos toques, e por isso, esta acção é rapidíssima. Tendo em conta a vulgarização das SMS grátis entre uma mesma operadora, o modo Mensagens do iPhone simula perfeitamente uma conversa num IM num computador.

Vou agora falar-vos do modo de escrita nas Mensagens, dado que este é o mesmíssimo em todas as aplicações iPhone. Ao contrário do que os mais cépticos possam afirmar, o método de inserção de caracteres no iPhone é bastante user-friendly, contribuindo para esse facto alguns pontos que considero de maior importância:

Tamanho aceitável das teclas dos caracteres, graças ao generoso ecrã do iPhone.

Ao tocar numa tecla, esta emite um pequeno click sonoro e é apresentada uma espécie de versão aumentada da mesma. Estas duas pequenas acções dão uma sensação de segurança ao utilizador, como se de um teclado físico se tratasse. Como se trata de um teclado touchscreen, o iPhone vem dotado de uma boa correcção automática que prevê pequenos erros de toque e que vai aprendendo à medida que o utilizamos mais. Aprende e desaprende: ao verificar a escrita muito frequente de determinadas palavras, quando a tentamos escrever, com algum erro ou ainda a meio, o iPhone sugere-nos essa mesma palavra. Caso a sugestão esteja errada, podemos sempre assinalar que aquela palavra não foi bem sugerida e no futuro o iPhone não a sugerirá.

Contactos

Já lhe falei acerca da aplicação dos contactos, aquando a descrição dos vários atalhos do modo Telefone, no entanto não tive oportunidade de especificar devidamente as funcionalidades da mesma.

Os Contactos não são nada mais nada menos do que uma listagem de todos os contactos e-mail/telefónicos presentes no iPhone. Deslizar entre esta lista está à distância de um dedo, com mais ou menos velocidade, consoante a energia imprimida no gesto. Do lado direito do ecrã existe uma espécie de alfabeto que pode ter tocado de forma a serem rapidamente mostrados os contactos começados por essa mesma letra.

A criação de um novo contacto é fácil, mas mesmo assim, bastante completa. É possível adicionar uma fotografia ao contacto, vários contactos telefónicos e de e-mail, vários sites e ainda informações básicas como a empresa, morada e muito mais. Como na minha primeira configuração do iPhone usando o iTunes decidi sincronizar o iPhone com os meus contactos Gmail, estes contactos passaram a figurar também nesta área.

Índice:

Calendário

Uma adaptação do iCal do Mac OS X para o iPhone, trata-se um calendário que se assume como um organizer para que não perca nenhum compromisso ou se esqueça daquele aniversário.

Entre as suas funcionalidades mais importantes encontram-se a possibilidade de:

Fotografias e Câmara

A aplicação Fotografias trata-se de uma simples galeria que agrupa as fotografias e vídeos do iPhone sob a a forma de álbuns. Ao seleccionar um determinado álbum, é apresentada uma vista de miniaturas de cada item desse álbum.

Ao seleccionar, mais uma vez, uma determinada fotografia, entra-se numa espécie de modo de slideshow em ecrã inteiro, onde é possível deslizar com o dedo entre as várias fotografias/vídeos e ainda fazer-lhes zoom, no caso das fotografias.

Posso dizer mais uma vez que a experiência toque no iPhone é simplesmente excelente, dando uma sensação de controlo total por parte do utilizador, flagrante por exemplo quando se afastam os dedos no ecrã para fazer zoom in a uma fotografia.

Importante é também o botão de acesso directo ao menu de envio que lhe permite enviar a foto/vídeo como anexo num e-mail, numa MMS, e no caso específico das fotos, utilizar como foto de um contacto ou como wallpaper para o modo de espera.

Quanto à Câmara, tem um desempenho satisfatório. Boa qualidade no vídeo, qualidade suficiente nas fotos, como descreverei a seguir, mas peca pela falta de 2 funções a meu ver flagrantes:

Mas boas notícias para quem quer mesmo um iPhone com estas características: como não poderia deixar de ser existem aplicações para o iPhone que fazem aquilo que o iPhone não faz! Por um lado, acho esta situação completamente ridícula, por outros, admiro a versatilidade que uma simples aplicação proporciona a esta pequena máquina, colmatando as suas falhas.

Qualidade de imagem

É claro que tenho consciência que qualquer telemóvel está a anos-luz de uma máquina fotográfica mas, mesmo assim, esperava mais e melhor de um gadget como o iPhone. A sua resolução não deixa de ser o mais flagrante, pois 3.2MP chegam e sobram hoje em dia, para uma fotografia casual quando nos esquecemos da máquina fotográfica.

Mas sinceramente, a câmara do meu Nokia N73 (com a mesma resolução) é francamente superior. Sente-se a falta de flash, toda a gente sabe como é o flash dos telemóveis, mas muitas das vezes de facto, é mais que suficiente. Depois comparando a definição de ambos os telemóveis, é notória a imagem granulada do iPhone, mesmo em ambientes com bastante luminosidade. Para não falar de ambientes mais escuros.

O auto-focus do iPhone, embora muito anunciado pela Apple, é pobre em funcionalidade. Este permite que o utilizador toque no ecrã em qualquer área da fotografia prestes a tirar e, deste modo, tenta focar especificamente aquela zona, à semelhança do modo Macro das máquinas fotográficas. Esta pequena particularidade teria tudo para vencer, não fosse o facto do iPhone desfocar constantemente a imagem enquanto se move a câmara pela paisagem. Se quiser uma fotografia minimamente nítida terá de manter o smartphone o mais estático possível, caso contrário é inevitável o desfocamento. A câmara do iPhone também não se adequa a fotografias com algum movimento, um simples movimento brusco de uma mão, por exemplo, é sinónimo de um desfoque completo nessa zona da fotografia.

Qualidade de vídeo

Neste campo o iPhone vence sem margem para dúvidas. A qualidade de vídeo capturado pelo iPhone é soberba, com resolução a atingir os 640×480 a 30fps, cheios de definição e um som repleto de fidelidade e muito pouca distorção.

A reprodução de vídeo é igualmente excelente, contribuindo para isso o seu generoso ecrã de 3,5’’ a 480×320 píxeis de cores vibrantes e elevado contraste. É um verdadeiro prazer ver um filme, série, vídeo caseiro, enfim, são tantas as possibilidades, em qualquer altura, em qualquer lugar.

Admito que, depois de conviver durante 2 semanas com o iPhone, ao voltar para o ecrã do meu Creative Zen de 320×240 píxeis, senti uma certa aversão a um ecrã tão inferior, tanto em termos de tamanho, como de qualidade. Quando é assim, mais vale mantermo-nos na ignorância, não é?

Edição de vídeo

A edição de vídeo não é nada de especial, digamos que permite ao utilizador cortar os seus vídeos, definindo um ponto de começo e um ponto de fim. Tão simples quanto isto. Claro que é útil, mas também não vejo o porquê de não permitirem que o utilizador corte as suas fotografias, seguindo a mesma lógica.

Youtube

Como eu adorei esta aplicação tão simples, mas tão completa. Trata-se de uma aplicação que interage directamente com o site Youtube e lhe permite visualizar directamente no iPhone qualquer vídeo catalogado no mesmo. O que realmente distingue esta aplicação da interacção através do browser é o facto de ter sido desenhada a pensar naquilo que um utilizador comum procura no seu dia a dia.

Permite a pesquisa de vídeos, visualização dos vídeos do dia, visualização de perfis de utilizadores, acesso aos comentários de um vídeo, enfim, tudo aquilo a que está habituado no site original. É claro que o mais importante são mesmo os vídeos, nomeadamente a sua visualização, cheia de qualidade (aconselha-se uma ligação wireless para uma melhor experiência) e que dá controlo ao utilizador, fornecendo os controlos básico de reprodução na interface, assim como uma barra de progresso, onde é possível saltar para qualquer parte do vídeo, tal e qual como faria no site através do browser no computador.

Outra funcionalidade que achei engraçada no Youtube foi a possibilidade de ajustar qualquer vídeo ao ecrã do iPhone, bastando para isso tocar 2 vezes no ecrã. Não acontece qualquer deformação na proporção do vídeo, acontece sim, uma optimização agradável e que minimiza as barras pretas aquando a sua visualização.

Mapas

O Mapas do iPhone trata-se nada mais nada menos do Google Maps versão iPhone. Aqui pode fazer tudo o que faz no site Google Maps. Desde a simples navegação por mapas, em modo Mapa, Satélite ou Híbrido, apontar ou marcar como favorito qualquer localização, pesquisar localizações e ainda obter direcções para uma determinada localização, tal como um GPS.

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Por falar em GPS, é aqui que o iPhone 3GS vinga com a inclusão de GPS e Bússola. Utilizando o Google Maps e estas duas funcionalidades, é possível utilizá-lo como se de um GPS de bolso se tratasse. Graças à Bússola, além da localização, o iPhone consegue saber a nossa direcção. Clique no ícone da “mira” e será imediatamente localizado no mapa. É claro que a tecnologia GPS apresenta ainda erros de precisão consideráveis, mas trata-se de uma funcionalidade perfeitamente utilizável.

Meteorologia

Ora aqui está uma aplicação que eu considero essencial para qualquer smartphone ligado à Internet. Se pensa constantemente no que vestir amanhã, tal como eu, ou simplesmente gosta de planear alguma saída que dependa do tempo, esta é a aplicação certa.

Com previsões até 6 dias, permite-lhe prever tanto a temperatura como o estado do tempo, em diferentes localizações em simultâneo, bastando para isso deslizar horizontalmente o dedo no ecrã para mudar de localização. É importante ainda referir que quando inicia esta aplicação, o estado do tempo é automaticamente actualizado, requerendo por isso, uma ligação à Internet (por 3G ou WiFi).

Índice:

Dictafone

Ou “Ditafone”, que é como se deveria chamar para ser genuinamente portuguesa (de ditar), esta aplicação trata-se de um simples gravador de voz, mas que se assume como uma espécie de gravador de notas áudio, pois permite-lhe organizar as suas notas por categoria tais como Entrevista, Memo, Reunião, Ideia, e muitas outras.

A qualidade de gravação de áudio é só por si, excelente, das melhores que eu já (ou)vi. Pode contar com uma reprodução fiel da sua voz, sem qualquer distorção ou ruído. É de louvar também a inclusão de um pequeno editor de áudio que permite mais uma vez que corte o ficheiro áudio resultante, definindo um novo ponto de começo e de fim, à semelhança daquilo que acontece no editor de vídeo.

Notas

A aplicação Notas, faz exactamente aquilo que sugere: tira notas. A sua interface assemelha-se a um simples bloco de notas onde, utilizando o método de escrita nativo do iPhone, lhe permite escrever tanto texto quanto queira e guardar esse mesmo texto sob a forma de notas individuais.

Se mais uma vez, sente necessidade tomar nota de tudo o que já sabe que se esquece, tal como eu, então esta aplicação, mais uma vez, é para si. Ideal para a lista de compras, pelo menos, foi o uso que eu lhe dei!

Calculadora

Até que enfim que eu encontro uma calculadora que se assume verdadeiramente como uma, ora pois, calculadora! Com uma interface em tudo semelhante a uma calculadora física.

A funcionalidade que achei mais interessante, e que só descobri muitos dias depois de ter experimentado pela primeira vez o iPhone, foi a possibilidade de colocá-lo na horizontal e a calculadora transforma-se de imediato numa calculadora científica.

E melhor, uma boa calculadora científica, mais que suficiente para aquelas operações diárias, para as quais precisava de uma calculadora científica dedicada.

Relógio

Além de ver que horas são, em tantos fusos horários quanto queira, à semelhança da aplicação Meteorologia, o Relógio permite-lhe definir alarmes e usar tanto o temporizador como o cronómetro.

Bolsa

Para os mais interessados no mercado financeiro, ou mesmo para um público mais empresarial, a aplicação Bolsa mostra-lhe a oscilações da bolsa, sob a forma de gráficos permanentemente actualizados e valores precisos quanto ao valor das acções de cada empresas cotada na bolsa.

Bússola

A Bússola, só por si, analisada como uma ferramenta isolada, não suscita uma curiosidade em especial. Esta aplicação, depois de devidamente calibrada, permite-lhe saber com precisão os graus e pontos cardeais da sua direcção. Torna-se sim, bastante interessante, quando conjugada com o sistema de localização posicional, o vulgar GPS, tornando o iPhone num pequeno GPS de bolso (ou de estrada, caso possua o software necessário).

iTunes

Não, não é o iTunes presente no Mac ou PC, mas sim a loja iTunes. Aceda a esta aplicação para navegar livremente pela colecção infindável de músicas disponíveis para download, toques para o iPhone, podcasts e muito mais. Tudo o que poderia fazer na loja iTunes num computador.

App Store

A loja de aplicações para o iPhone é uma porta aberta para o mundo da expansibilidade desta máquina, sem qualquer sombra para dúvidas! Esta reúne dezenas de milhares de aplicações concebidas por terceiros, ou seja, por qualquer um que pegue no kit de desenvolvimento, conceba uma aplicação e a distribua na App Store, com um determinado preço ou mesmo grátis.

Tudo o que conseguir imaginar pode-se encontrar na App Store, existindo 99% de probabilidade em como existe uma aplicação que faça o que acabou de imaginar. Não, não estou a brincar. Eu própria fiquei surpresa por variadíssimas vezes, quando encontrei aplicações com o nome de iFart (flatulência) ou iBurp (arroto), mas não só em termos cómicos, também encontrei aplicações úteis como uma que permite visualizar todos os músculos do corpo humano, uma que permite identificar o título de uma música pela nossa voz ou até uma que emite sons relaxantes ao fim de um dia de trabalho e que supostamente nos posiciona num verdadeiro estado Zen.

A organização da App Store permite-lhe visualizar aplicações por categoria, por popularidade e ainda por preço. Existem de facto imensas aplicações grátis bastante úteis e outras muitas vezes melhores e que não chegam a 1€ de custo.

Realmente existe tanta aplicação desde as verdadeiramente úteis, as engraçadas, as de entretenimento, as de estudo, as de redes sociais, enfim, é impossível discriminar todas elas, razão pela qual voz prometo um artigo dedicado às aplicações grátis que eu considero essenciais no iPhone.

Definições

As Definições são, como tudo no iPhone, uma aplicação. No entanto são uma aplicação especial, como deve calcular. Trata-se do centro de controlo do iPhone. Imagina um imenso painel cheio de definições e super-personalizável à lá Nokia? Esqueça!

As Definições do iPhone balançam equilibradamente entre o limitado e o funcional. Conhece a expressão “less is more”? Pois bem, os designers da interface do iPhone seguiram os princípios de design que sempre caracterizaram a filosofia da Apple.

Uma coisa que achei curiosa, no bom sentido, foi o facto de não existir qualquer tipo de definição de perfil de utilizador, tal como nos Nokia ou em qualquer outra marca de telemóveis. Esqueça o modo Silencioso, Geral, Pager, etc., etc. Pergunto-lhe: costuma utilizar outro modo que não o Geral ou Silencioso? Pois, deve ter sido isto mesmo que a Apple verificou aquando a sua “análise de tarefas” devidamente realizada antes da concepção da interface. Por esta razão, apenas é possível ligar ou desligar o som do iPhone, utilizando para isso o botão físico na parte lateral do iPhone. Tão simples quanto isto.

As restantes entradas no menu permitem-lhe configurar facilmente cada uma das aplicações do iPhone: primeiro as que vêm com o mesmo e depois as aplicações que instalou posteriormente através da App Store. Em vez de se incluir as definições de cada aplicação na própria interface da aplicação, são concentradas todas as definições neste menu. A meu ver, algo que tem muito mais lógica que o inverso.

Índice:

Prós & Contras

Prós:
Contras:
Veredicto final

E é desta forma que chego ao fim de uma análise que já andava a ser cozinhada há bastante tempo mas que, por motivos de rigor e tempo, é publicada não como uma simples análise a um smartphone, mas sim como uma análise o mais sincera e fiável possível. Tencionei ainda focar não só as excelentes qualidade deste smartphone, mas também os seus defeitos, alguns deles bem graves, despindo-o da sua capa de beleza e mostrando a sua verdadeira essência.

Sempre fui uma utilizadora tradicional de Nokia, desde os seus primórdios até ao Symbian e sempre achei a sua interface super bastante intuitiva. Estava redondamente errada. A interface do iPhone bate, na minha sincera opinião, qualquer interface disponível no mercado. Não se trata apenas de uma interface que realmente funciona e produz actos instintivos no utilizador, mas as próprias animações de deslocamento e zoom contribuem para um sentimento de extrema segurança por parte do utilizador.

E tudo isto vende. E não é nada pouco.

Gostaria ainda de enviar um agradecimento especial à Vodafone por me ter confiado a análise de uma máquina tão badalada como o iPhone e proporcionado a oportunidade de interagir com esta peça de tecnologia até então desconhecida para mim. Quero por fim agradecer a toda a equipa do Pplware pelo apoio e confiança no rigor que tento sempre imprimir no meu trabalho.

Obrigada e até uma próxima!

Análise em vídeo:
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