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Barcelona – Mobile World Congress 2010

Este artigo foi escrito para o pplware.com por Lourenço Medeiros, editor de novas tecnologias e apresentador do programa Futuro Hoje.

É impossível ver tudo o que há no Mobile World Congress. Na Feria de Barcelona converge praticamente toda a indústria das comunicações móveis. Desde fabricantes de antenas a pequenos aparelhos que pouco mais são do que brinquedos mas esperam fazer dinheiro. Este ano como sempre tentei apanhar o tom do que aí vem, as tendências em termos de telemóveis. Depois da peça da SIC (ver aqui) ficam aqui algumas constatações mais pessoais. O que mais me marcou. Não pretendo de todo ser exaustivo, nem vi tudo, nem escrevo tudo o que vi.

Impressionante o novo sistema Microsoft. Depois dos atrasos Steve Balmer tinha realmente uma razão de peso para dar a cara, e deu. Uma forma de mostrar que não desistiu do mobile e tem as armas para ir à luta. O nome é lamentável Windows Phone 7 Series, isto tudo. É , ou parece ser, a ruptura de que a empresa precisa no mobile. Incompatível com o 6. A Microsoft diz que os dois sistemas vão conviver, para consumidores diferentes. O 6 para os smartphones mais baratos que surgiram nos últimos tempos. O 7 como sistema Premium para consumidores exigentes e com dinheiro para gastar. Surpreendentemente intuitivo e mais dos que actual em termos de redes sociais. 4 pontos multitouch mas não experimentei a navegação web. Não corre Flash mas Balmer anunciou bem alto que não se opõe a que isso aconteça, sem mais explicações. Para o Natal. Poderá ser demasiado tarde?


Não há grande marca que não apresente o “seu” Android. Uns melhores outros piores, é grátis para os fabricantes, permite “branding”, corre em processadores baratos.

Surpreendente o Samsung Bada (SO) que vai sair no telemóvel Wave. Vem com um ecrã espectacular, corpo bem desenhado em alumínio. Todo um “ecossistema” que inclui uma loja de aplicações (demasiado parecida com a da Apple). É mais um sistema fechado, mas a loja promete aplicações para outros aparelhos, leitores, máquinas fotos, TV´s. Ainda não percebi todo o alcance desta loja.

O Xperia 10 (mini e mini pro) segue a tendência Android e recusa a tendência grande ecrã. Pequeno mas com as funções dos grandes. Impressionante como cabe tanto num espaço daqueles. Sobretudo na versão sem teclado físico.

Barcelona está a tornar-se insuportavelmente cara, durante a feira, mesmo para o fabricantes. Continuam os rumores de que pode mudar de cidade.

Ausência notada da LG.  Ainda por cima patrocinador Platinium e com um evento de promoção à porta, mas sem stand.

Ausência ainda mais notada da Nokia. Habitualmente com um stand gigante. O espaço habitual da marca foi ocupado, e ultrapassado pela Samsung. Por curiosidade, o stand Samsung não deve ter sido barato, mas estavam a gastar tanto em iluminação que se tornava insuportável a presença prolongada lá dentro, demasiado calor.

Já quase não se fala de velocidades dos processadores, de capacidades de memória e dos ecrãs. Hoje o que importa é o software de cada telemóvel e as aplicações, sobretudo as aplicações.

A tendência para surgirem cada vez mais mapas grátis com navegação preocupa empresas que vendem o mesmo. Os utilizadores sabem que pode sair caro o streaming dos mapas, mas se só usarem de vez em quando….

Em nome do pplware, mais uma vez um agradecimento especial ao Lourenço Medeiros pela disponibilidade e pelos  bullet points sobre Barcelona Mobile World Congress.

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