Se o termo zaragatoa era desconhecido por muitos, com a pandemia por COVID-19 passou a ser uma palavra empregada com muita frequência. Na prática, uma zaragatoa permite a colheita de amostras para posteriormente analisar se a pessoa está infetado.
Em Portugal uma zaragatoa descartável foi retirada do mercado por ostentar indevidamente marca CE.
O Infarmed mandou suspender hoje a comercialização e retirar do mercado uma zaragatoa descartável para colheita de amostras, da marca Iclean, por ostentar indevidamente a marca CE, pois não há evidência de cumprimento dos requisitos legais europeus.
De acordo com a autoridade de saúde, em causa está o facto de o produto estar indevidamente qualificado pelo fabricante como “dispositivo médico para diagnóstico in vitro”, quando a qualificação adequada é a de dispositivo médico.
Consequentemente, não existe evidência do dispositivo ter sido sujeito à respetiva avaliação de conformidade por um Organismo Notificado avaliador, designadamente dos aspetos relativos à obtenção, garantia e manutenção das condições da esterilidade
Trata-se do modelo “Zaragatoa Nasofaringea \Flocked\” da marca “iclean”, do fabricante Shenzhen Cleanmo Technology.
De acordo com a Autoridade Nacional de Medicamentos e Produtos de Saúde, o distribuidor – Vacuette Portugal S.A. – está a “desenvolver as ações necessárias para a recolha do referido dispositivo médico”.
O Infarmed diz ainda que as entidades que disponham de unidades deste dispositivo médico não o devem disponibilizar/utilizar.
Infarmet: foi também proibido um Teste Rápido Monkeypox
Foi também proibida a colocação no mercado do “Teste Rápido Monkeypox”, do fabricante Pantest, por incumprimento das condições requeridas para a sua disponibilização. Numa circular informativa publicada no ‘site’, o Infarmed refere que, por deliberação datada de 11 de agosto, proibiu a colocação no mercado do dispositivo médico para diagnóstico ‘in vitro’ “Teste rápido Monkeypox Ag Pantest (Referência MKP(AG))”, ao abrigo da Diretiva 98/79/CE.
Portugal regista 810 casos confirmados de Monkeypox, segundo dados da Direção-Geral da Saúde divulgados na quinta-feira.
A 16 de julho foi iniciada a vacinação dos primeiros contactos próximos de infetados, sendo que até 13 de agosto foram vacinados 215 contactos.
A DGS refere que continuam a ser identificados e orientados para vacinação os contactos elegíveis nas diferentes regiões.
De acordo com a DGS, Portugal continua na lista dos 10 países com mais infeções, sendo o sexto país europeu com maior incidência.