Alguém poderia imaginar que a chuva fosse algo mau para o ser humano? É verdade, a chuva está contaminada com “químicos eternos” em todo o planeta e isto significa que não estamos seguros, em termos de ambiente, em lado nenhum.
Mas afinal o que se passa com a chuva? Já ouviu falar em substâncias perfluoroalquiladas (PFAS)?
A Chuva tem substâncias perfluoroalquiladas (PFAS)
A chuva que cai no planeta Terra está contaminada, pois tem substâncias químicas. Essas substâncias estão presentes, por exemplo, na espuma de combate aos incêndios, roupas impermeáveis, embalagens para comida e o impacto na saúde pode levar ao desenvolvimento de doenças como cancro, infertilidade e atrasos no desenvolvimento pediátrico. Mas, ainda são necessários mais investigações e estudos para se ter total certeza. Estas substâncias são também designadas de “químicos eternos” (por serem dificeis de destruir) e o fenómeno está já documentado por investigadores da Universidade de Estocolmo.
De acordo com Ian Cousins, autor principal do estudo…
Não estou a dizer que todos vamos morrer destes efeitos. Já não estamos neste espaço de operações seguro, agora temos estes químicos todos. Estes conselhos de segurança, já não os conseguimos alcançar…
As substâncias perfluoroalquiladas (PFAS), os tais “químicos eternos”, são uma grande família de milhares de substâncias químicas sintéticas amplamente utilizadas em toda a sociedade e encontradas no ambiente.
Todas contêm ligações de carbono-flúor, que são uma das ligações químicas mais fortes na química orgânica. Isto significa que resistem à degradação quando utilizadas e também no ambiente. A maior parte das PFAS são também facilmente transportadas no ambiente, percorrendo longas distâncias desde a fonte da sua libertação.
Ian Cousins considera que as PFAS existem para conservar melhor os alimentos: “Não é porque há algo errado com a avaliação de risco. É apenas porque não se pode aplicar essas coisas. É simplesmente impossível, do ponto de vista económico, aplicar qualquer uma das diretrizes”. A solução passa por produzir menos destes químicos.
O problema das PFAS não é tanto o seu nível de toxicidade, mas sim as quantidades em que surgem nas águas.