Apesar do estado de pandemia que o mundo vive, há muitos outros problemas a afetar o nosso planeta. Um deles, bem conhecido, é o aquecimento global que tem efeitos muito negativos para o ser humano.
Um estudo da Universidade de Aveiro (UA) prevê que o aumento da temperatura na Península Ibérica poderá chegar aos 5 graus.
A temperatura está a aumentar na Península Ibérica
As temperaturas da península ibérica vão aumentar de forma muito preocupante durante este século, alerta um estudo da UA, citado pelo JN. De acordo com o estudo, estão previstas subidas da temperatura média de dois a três graus até ao ano de 2100. Em algumas zonas as subidas podem chegar aos cinco ou seis graus centígrados.
O estudo analisou as temperaturas de superfície na península ibérica para dois períodos futuros, o primeiro de 2046 a 2065 e o outro de 2081 a 2100 tendo o projeto recorrido a dados de modelos físicos climáticos do projeto Euro-Cordex. O estudo foi publicado na revista Climate Dynamics.
De acordo com David Carvalho, um dos investigadores
na península ibérica existem zonas onde os aumentos serão maiores e poderão atingir cinco graus centígrados, mas essas zonas são mais concentradas no sul de Espanha. Em Portugal, o aquecimento será mitigado pela proximidade do oceano Atlântico
As regiões mais quentes serão o Alentejo e Algarve, na proximidade com a fronteira espanhola, com aumentos na ordem dos 2 ou 3 graus.
David Carvalho, outro dos investigadores, alerta que…
Aumentos de cerca de dois a três graus centígrados em termos de temperaturas médias, máximas e mínimas são suficientes para causar impactos em áreas vitais como agricultura, fogos florestais, seca, desertificação e respetivos impactos na saúde e bem-estar das pessoas
As soluções para contrariar as subidas do termómetro passam por “apostar fortemente numa descarbonização do modelo socioeconómico em que vivemos, ou seja, usar meios de produção de energia que não impliquem a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera, apostar também num uso mais eficiente dos nossos recursos energéticos e evitar a necessidade de produção de tantos bens de consumo