A Universidade de Aveiro (UA) é bastante reconhecida a nível nacional e internacional pelo conhecimento na área das telecomunicações. Da UA saíram já muitos projetos que hoje são usados amplamente no mundo. E o micro-ondas? Que associação terá com a UA?
Um dos primeiros projetos de investigação e transferência de conhecimento do então designado Departamento de Eletrónica e Telecomunicações (DET) da Universidade de Aveiro (UA) com a indústria tomou a forma de um forno doméstico micro-ondas.
Tornou-se o primeiro micro-ondas produzido pelo grupo alemão TEKA. O micro-ondas da TEKA é um dos objetos que fazem a história da UA recordados no âmbito dos 50 anos da instituição.
Contributo para a soberania nacional
De acordo com José Carlos Neves, professor catedrático da UA, atualmente, jubilado, referiu que…
Enquanto as micro-ondas utilizadas em aplicações industriais para aquecimento e secagem rondam os 2,5 GHz, as micro-ondas utilizadas em comunicações podem rondar os 40 GHz
O primeiro forno micro-ondas da TEKA – ainda sem prato rotativo – funcionou como “motor económico promotor da soberania nacional, pelo elevado impacto produzido quer na modernização da sociedade portuguesa, quer no volume de exportações nacionais”, considerou a TEKA portuguesa. A Toshiba forneceu a válvula magnetrão, componente central nestes dispositivos.
Na unidade industrial de Ílhavo produziram-se 1000 aparelhos por dia, sendo o único fabricante de micro-ondas para todo o grupo TEKA.
O forno micro-ondas é um dos objetos incluídos na exposição “50 objetos do conhecimento” que está patente na praça central do campus de Santiago.