Os investigadores não param de procurar formas de entender, detetar e prevenir a doença de Alzheimer, pelo que as novidades surgem com certa regularidade. Desta vez, um novo teste sanguíneo detetou a Alzheimer com 93% de exatidão.
Esta percentagem permanece alta, independentemente do laboratório em que o teste é realizado e dos protocolos que são seguidos.
A Alzheimer é uma condição debilitante que causa estragos a vários níveis, aquando da fase da demência. Por isso, os investigadores não desistem de estudar a doença e procuram incessantemente formas de a resolver.
De acordo com um comunicado de imprensa emitido pela Washington University School of Medicine, um novo teste sanguíneo pode ser capaz de identificar o risco de as pessoas virem a desenvolver a doença mais cedo, permitindo-lhes procurar a ajuda necessária.
O nosso estudo mostra que a análise ao sangue fornece uma medida robusta para detetar placas amiloides associadas à doença de Alzheimer, mesmo entre os doentes que ainda não experimentaram declínios cognitivos.
Disse o autor sénior Randall J. Bateman, Charles F. e Joanne Knight, professor de neurologia.
Um teste sanguíneo para a doença de Alzheimer proporciona um enorme impulso à investigação e diagnóstico da doença, reduzindo drasticamente o tempo e o custo da identificação de pacientes para ensaios clínicos e estimulando o desenvolvimento de novas opções de tratamento.
À medida que novos medicamentos se tornam disponíveis, uma análise ao sangue poderia determinar quem poderia beneficiar do tratamento, incluindo os que se encontram em fases muito precoces da doença.
Acrescentou Bateman.
O estudo envolveu quase 500 pacientes dos Estados Unidos da América, Austrália e Suécia, e provou ser 93% exato. Esta percentagem significa que o teste poderá revolucionar a forma como as análises sobre a presença e progressão da doença de Alzheimer são realizadas.
Contrariamente às alternativas que existem atualmente, que são demasiado caras, este novo teste sanguíneo custaria apenas 500 dólares e poderia ser concluído em menos de seis meses. Além disso, o estudo refere que, independentemente do laboratório e dos protocolos, o teste permanece altamente exato.
Estes resultados sugerem que o teste pode ser útil na identificação de pacientes não deficientes que possam estar em risco de demência futura, oferecendo-lhes a oportunidade de se inscreverem em ensaios clínicos quando a intervenção precoce tem potencial.
Concluiu Bateman.
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