Os carros autónomos estão cada vez mais perto de chegar ao nosso dia-a-dia, prometendo inteligência e a capacidade de reconhecer objetos, evitando-os.
Este ‘sonho’ tarda até porque o que temos são muitos protótipos ainda em testes. Mas, e se lhe disséssemos que o seu smartphone já pode conduzir um carro? Pode, mas tem de ser um Huawei Mate 10 Pro. O Pplware já o testou no MWC, em Barcelona.
Foi ontem, na fria manhã da cidade de Barcelona, que tivemos acesso a uma experiência única e que mostrou muito do que é o ADN da Huawei, a sua vertente de investigação e o desenvolvimento conseguido.
Durante alguns minutos tivemos o prazer de ser conduzidos num Porsche Panamera por um motorista especial e que todos podem ter.
Foi nada mais nada menos que um Huawei Mate 10 Pro, sem qualquer ligação à cloud ou a sistemas adicionais de processamento, que assumiu o papel de condutor num ambiente de obstáculos.
Tudo estava assente no NPU do novo processador da marca, o Kirin 970, que podemos já encontrar no Mate 10 Pro.
Foi precisamente este novo smartphone a ser escolhido, mostrando que a aposta da Hauwei resultou ao equipa-lo com este processador.
Segundo informações da marca, dadas por Peter Gauden, Global Senior Product Marketing Manager da Huawei, este foi um projeto que demorou apenas 5 semanas a ser construído e que recorre a três elementos principais.
Que elementos compõem este carro autónomo?
O primeiro é uma câmara de baixa latência, instalada na parte superior do Porsche e que fornece toda a visão a este sistema.
Em segundo lugar temos um sistema de robótica, que é o responsável por controlar o acelerador, o travão e a direção.
Por fim, e para controlar todos estes diferentes elementos, temos a mais recente proposta da Huawei, o Mate 10 Pro, que oferece aqui o NPU para estas funções. A ligação deste telefone aos restantes sistemas é feita com uma simples ligação USB e por uma app que se torna a interface de controlo das reações e do próprio carro.
O que já consegue fazer este veículo autónomo da Huawei?
A ideia da Huawei não é criar um carro completamente autónomo e nem sequer a marca pretende enveredar por este caminho.
Quando a ideia de equipar este carro surgiu, foi apenas pretendido mostrar as reais capacidades do processador do Mate 10 e a inteligência artificial que ele tem presente.
Assim, e em poucas semanas, a marca conseguiu criar um sistema que consegue detetar e evitar alguns objetos, recorrendo ao NPU do Kirin 970 e à sua inteligência artificial.
Por agora, e para a prova de conceito pretendida, este sistema consegue reconhecer e agir sempre que deteta um ciclista, um cão ou uma bola, de elevadas dimensões.
Como funciona este sistema alimentado pelo Mate 10 Pro?
Mesmo não sendo uma pista de obstáculos, a tarefa do Mate 10 Pro e dos seus sistemas auxiliares não foi simples. A complicar o processo estavam os 3 obstáculos, que eram para ser detetados.
Para tal foi feita uma primeira volta onde eram mostrados ao Huawei Mate 10 os obstáculos presentes, sendo esta volta muito lenta, a menos de 10km/h. No fundo, o sistema estava a aprender o que o esperava.
Depois desta aprendizagem o carro foi novamente trazido para o ponto de partida, onde o smartphone nos questionou o que pretendíamos fazer para cada objeto. As hipóteses eram: desviar para a direita, desviar para a esquerda ou parar.
Como foram decisões tomadas na hora de testar o Porsche Panamera, conduzido pelo Mate 10 Pro em ambientes reais e a uma velocidade mais elevada, a rondar os 50km/h.
Após dar a ordem de arranque, o carro detetou o ciclista e, tal como instruído, desviou-se para a direita, para o evitar.
O que pretende a Huawei com este conceito que criou?
A marca chinesa fez questão de referir que este não será o seu próximo objetivo nem uma área em que tem em mente para investigar e desenvolver.
A sua ideia com este conceito foi mostrar todas as potencialidades do seu novo processador Kirin 970, o NPU existente e a inteligência artificial. Principalmente quer mostrar tudo o que os programadores podem fazer com estes elementos no futuro.
Segundo as declarações de Peter Gauden, os próximos 18 meses vão ser de grandes novidades, esperando a Huawei que neste período surjam muitos produtos assentes na sua plataforma.
Se com o Mate 10 Pro e apenas 5 semanas foi simples criar um carro autónomo que deteta objetos e que reage para os evitar, muito mais será possível produzir com esta base de trabalho. A Huawei criou as plataformas e as ferramentas, resta agora aos programadores explorarem.
O Pplware agradece à Huawei pela oportunidade dada para testar o seu carro autónomo no MWC que decorre em Barcelona.