EXPLORER é o primeiro scanner de imagens médicas do mundo capaz de captar, em modo tridimensional, todo o corpo humano de uma só vez em apenas alguns segundos.
Investigadores da University of Califórnia Davis criaram uma máquina capaz de mapear o corpo humano e digitalizar a estrutura de órgãos numa renderização 3D. Vamos conhecer como funciona o EXPLORER.
Corpo humano em 3D poderá facilitar diagnósticos de doenças
A ideia dos cientistas da UC Davis, Simon Cherry e Ramsey Badawi, era criar um equipamento, o EXPLORER, que funcionasse como um scanner.
Esta máquina combina a tecnologia de tomografia por emissão de positrões (PET) e a tomografia computadorizada de raios X (CT) permitindo fazer imagens de todo o corpo ao mesmo tempo.
Como a máquina capta a radiação de forma muito mais eficiente do que outros scanners, é capaz de produzir uma imagem em menos de um segundo e, com o tempo, produzir filmes capazes de rastrear elementos externos ao corpo, como droga, enquanto faz a leitura de todo o corpo.
As primeiras imagens de leitura de humanos, recorrendo ao novo dispositivo, foram mostradas no passado sábado na reunião da Sociedade Radiológica da América do Norte, em Chicago.
O scanner foi desenvolvido em parceria com a United Imaging Healthcare (UIH), sediada em Xangai, que construiu o sistema com base na sua mais recente plataforma de tecnologia que será colocada como produto final para o mercado de assistência médica mais amplo.
Pela primeira vez, um scanner vai poder avaliar o que está a acontecer em todos os órgãos e tecidos em simultâneo. Por exemplo, poderá medir a pressão arterial ou a quantidade de glicose em todo o corpo ao mesmo tempo.
Informa a universidade numa nota.
Tecnologia nova em ideia com 13 anos
Os investigadores conceberam pela primeira vez um scanner de corpo total há 13 anos. A ideia foi iniciada em 2011 com uma doação de 1,5 milhões de dólares por parte do Instituto Nacional do Cancro, o que lhes permitiu estabelecer um amplo consórcio de investigadores e outros colaboradores.
Além disso, foi também atribuído um impulso gigantesco em 2015 com uma doação de 15,5 milhões de dólares por parte do National Institutes of Health.
O financiamento permitiu que eles se juntassem a um parceiro comercial e construíssem o primeiro scanner EXPLORER para fins comerciais.
Cherry, um dos investigadores, referiu que espera que o EXPLORER tenha um impacto profundo na investigação clínica e no atendimento ao paciente, pois produz exames de PET levando a diagnósticos de maior qualidade, algo que nunca foi possível existir.
O EXPLORER também examina até 40 vezes mais rápido do que os atuais scanners PET e pode produzir uma informação de diagnóstico, de corpo inteiro, em apenas 20 a 30 segundos.