Um grupo de cientistas diz ter conseguido melhorar as funções específicas do cérebro humano através da utilização de Inteligência Artificial (IA) aliada à estimulação elétrica do cérebro.
O estudo envolveu 12 pacientes submetidos a cirurgia cerebral para epilepsia.
Uma equipa de investigadores da faculdade de medicina da University of Minnesota e do Massachusetts General Hospital afirma ter melhorado as “funções específicas” do cérebro humano através da utilização de IA combinada com a estimulação elétrica do cérebro.
O estudo, que envolveu 12 pacientes que foram submetidos a cirurgia cerebral para epilepsia, mostrou que os cientistas foram capazes de melhorar a função mental das pessoas, aquando da estimulação de áreas do cérebro com pequenas quantidades de energia elétrica.
A cirurgia a que os 12 pacientes foram submetidos envolveu a colocação de centenas de pequenos elétrodos em várias regiões diferentes do cérebro, por forma a registar atividade neural e rastrear a origem das convulsões. Então, os investigadores direcionaram os dados para a “cápsula interna” do cérebro, zona que acreditam ser a responsável pelo controlo cognitivo – especificamente, a área do cérebro que parece permitir que as pessoas desloquem a sua atenção de uma tarefa para outra.
Segundo uma declaração, Alik Widge, professor assistente de psiquiatria na faculdade de medicina da University of Minnesota e coautor do estudo publicado na Nature Biomedical Engineering, revelou que o objetivo do estímulo passou por permitir que os pacientes voltassem a estar “no lugar do condutor”.
Mais do que isso, a equipa conseguiu, através de um algoritmo de machine learning, isolar as capacidades de controlo dos pacientes da sua atividade cerebral e das suas ações.
Um exemplo pode incluir uma pessoa com depressão que simplesmente não consegue sair de um pensamento negativo ‘preso’ […] Por ser tão fulcral para a doença mental, encontrar uma solução para a melhorar poderia ser uma nova e poderosa forma de tratar essas doenças.
Disse o professor.
IA permite uma nova abordagem para as doenças mentais
Se for efetivamente eficaz para o público, este tratamento poderá ser revolucionário para aqueles que lutam contra doenças mentais. Embora promissor, os investigadores ainda têm um longo caminho até demonstrarem a necessidade, a eficácia e as vantagens de uma intervenção médica para este fim.
Esta poderia ser uma abordagem totalmente nova no tratamento de doenças mentais […] Em vez de tentar suprimir os sintomas, podíamos dar aos pacientes uma ferramenta que lhes permitisse tomar o controlo das suas próprias mentes.
Disse Widge, entusiasmado.
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