O mundo está estranho, pois todas as desgraças parecem acontecer! Foi o SARS-COV-2, o vírus da COVID-19, é a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o MonkeyPox, os incêndios, etc.
Depois de 2 anos de COVID-19 e ainda em estado de pandemia, há agora uma nova ameaça, o vírus Hendra.
O vírus, para o qual atualmente não há vacinas ou tratamentos, foi detetado por meio de amostras recolhidas da garganta de doentes que tiveram contacto recente com animais, e está associado a sintomas como febre, cansaço, tosse, perda de apetite, dores de cabeça e musculares, e náuseas, segundo o jornal oficial Global Times, que cita um artigo publicado por cientistas da China e Singapura no New England Journal of Medicine, uma das mais prestigiadas revistas médicas do mundo.
Questionada pela agência Lusa sobre se Portugal já está a tomar algumas medidas de prevenção, a Direção-Geral da Saúde (DGS) afirmou que já recebeu a informação do alerta pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).
O Global Times refere que investigações posteriores revelaram que 26 dos 35 doentes desenvolveram sintomas clínicos, aos quais se somam irritabilidade e vómitos. Segundo o portal de notícias estatal The Paper, o henipavírus é uma das principais causas emergentes do salto de doenças de animais para seres – humanos – um processo designado zoonose – na região da Ásia – Pacífico.
Segundo a OMS, o vírus Hendra causa infeções em pessoas, que variam entre assintomáticas e infeções respiratórias agudas e encefalites graves, com uma taxa de letalidade estimada entre 40 e 75%, que “pode variar, dependendo das capacidades locais de pesquisa epidemiológica e gestão clínica”.
O Global Times lembrou que não está provado que haja casos de transmissão de pessoa para pessoa, embora estudos anteriores indiquem que este tipo de contágio não está descartado.
“O coronavírus não será a última doença contagiosa a causar uma pandemia, pois novas doenças terão um impacto crescente na vida quotidiana dos seres humanos”, disse o vice-diretor do Departamento de Patologias Infecciosas do Hospital Huashan, afiliado à Universidade de Fudan, em Xangai, citado pelo jornal.