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Gémeo por nascer foi removido do crânio da irmã

Com apenas um ano, uma menina chinesa foi submetida a uma cirurgia ao crânio, por, entre outros problemas, tê-lo saliente. Aquando do procedimento, os médicos perceberam que o feto do seu irmão gémeo tinha crescido dentro de si.


É bizarro, mas não é uma estreia. Este tipo de casos, que ocorrem em cerca de 1 em 500.000 nascimentos, dá-se pelo nome de fetus in fetu e consiste, exatamente, na integração de um feto, não viável ou malformado, no feto do seu gémeo.

Apesar de não se desenvolver totalmente, o feto desenvolve-se até certo ponto. Por isso, e pelos problemas de saúde a curto e longo prazo que podem resultar, uma vez detetados, é importante removê-los.

Neste caso, a integração do segundo feto teve lugar durante a dobragem da placa neural. Esta é a camada embrionária que, mais tarde, se desenvolve e dá corpo ao cérebro e a outros componentes do sistema nervoso. Por isso, o feto alojou-se no crânio da bebé. Contudo, a maioria dos casos, cerca de 80%, ocorre no abdómen.

Efetivamente, não é comum que essa integração se dê no crânio. Talvez por isso os médicos só a tenham percebido aquando da cirurgia.

Menina de um ano alojava o irmão gémeo no crânio

As tomografias da bebé chinesa mostravam que o seu cérebro estava comprimido e revelavam uma acumulação de fluídos devido a uma massa que estava a exercer pressão sobre ele. Por estas razões e por também ter problemas motores, foi submetida a uma cirurgia.

Num artigo sobre o caso publicado no Neurology, os médicos descrevem que, aquando do procedimento, encontraram aquele que seria o irmão gémeo da bebé. Embora o feto não estivesse completamente desenvolvido, já tinha membros superiores e até algo que se assemelhava a dedos.

No mesmo artigo sobre este caso de fetus in fetu não é mencionado o processo de recuperação da bebé. No entanto, e apesar de o crânio ser uma área delicada, relatórios de antigos casos semelhantes dão conta de uma recuperação positiva.

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