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Espanha terá o seu próprio reator de fusão nuclear! Projeto SMART em fase de arranque

Em conjunto com a Universidade de Princeton, a Universidade de Sevilha está a desenvolver o projeto SMART, que procura criar um reator de fusão nuclear sustentável, em Espanha.


Espanha terá o seu próprio reator de fusão nuclear na próxima década. Os investigadores do Princeton Plasma Physics Laboratory (PPPL) de Princeton estão a colaborar com a Universidade de Sevilha na conceção de um novo dispositivo de fusão.

Conhecido como o projeto SMART, o objetivo passa por desenvolver um reator de conceção única que explore duas tecnologias para fornecer uma solução de energia sustentável. O SMall Aspect Ratio Tokamak, ou SMART, visa obter uma fusão nuclear controlada.

De acordo com um comunicado de imprensa, os investigadores desenvolveram uma máquina tokamak esférica que irá explorar cenários de plasma de triangularidade positiva e triangularidade negativa com um baixo rácio de proporção.

O SMART é o primeiro tokamak esférico que irá explorar o potencial da triangularidade negativa, de acordo com os investigadores envolvidos no projeto. A escolha desta conceção não foi aleatória, uma vez que a forma esférica deverá facilitar o confinamento do plasma e permitir uma melhor gestão.

Segundo Manuel García-Muñoz, professor do Departamento de Física Atómica, Molecular e Nuclear da Universidade de Sevilha, a triangularidade negativa oferecerá um melhor desempenho, uma vez que poderá suprimir as instabilidades que danificam a parede do reator.

É um potencial fator de mudança com um desempenho de fusão e uma gestão de energia atrativos para futuros reatores de fusão compactos.

A triangularidade negativa tem um nível mais baixo de flutuações no plasma, mas também tem uma área de desvio maior para distribuir a exaustão de calor.

 

Reator de fusão nuclear criado em conjunto com Espanha promete inovação

A forma é muito importante em termos de confinamento. É por isso que o NSTX-U, a principal experiência de fusão do PPPL, não é tão pequeno como os outros tokamaks.

Explicou o Princeton Plasma Physics Laboratory, esclarecendo por que motivo o projeto SMART é uma abordagem diferente das experiências de fusão.

A próxima etapa consiste em investigar métodos de diagnóstico para seguir as condições do plasma.

Os investigadores da Universidade de Princeton estão a conceber diagnósticos de dispersão Thomson, que medirão a temperatura e a densidade de eletrões do plasma durante as reações de fusão. Por sua vez, a Universidade de Sevilha continua a trabalhar noutros métodos, que medem a temperatura, a rotação e a densidade de iões, bem como no diagnóstico de ME-SXR e espectrómetros.

O projeto SMART é constituído maioritariamente por jovens estudantes da Universidade de Sevilha. Embora já tenham sido efetuados testes preliminares, os investigadores espanhóis esperam realizar um teste avançado do tokamak durante o último trimestre de 2024.

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