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Equipa escocesa demonstra dispositivo de diagnóstico inspirado em Star Trek

É um dispositivo que nos habituamos a ver nas mais famosas séries de ficção científica. O leitor corporal de diagnóstico permite em tempo real informar o estado de saúde com base em vários parâmetros. Pelo menos na ficção era assim.

Investigadores da Universidade de Glasgow anunciaram o desenvolvimento de um dispositivo eletrónico portátil inspirado em Star Trek. Este “leitor” poderá ser usado para um diagnóstico rápido de condições, incluindo ataques cardíacos, derrames e cancro.


Star Trek – Quando a ficção do passado nos mostra como será o futuro

Inspirado pelo famoso Tricorder da Star Trek, o dispositivo multicorder do grupo de Glasgow – descrito num artigo publicado na revista Biosensors e Bioelectronics, emparelha um sensor portátil com uma aplicação instalada num smartphone para medir os níveis de vários metabolitos nas amostras dos fluidos de pacientes.

 

Metabolitos podem ser indicadores do estado de saúde na generalidade

Os metabolitos são pequenas moléculas encontradas nos fluidos do corpo humano. Medindo e monitorizando a sua abundância relativa, os cientistas podem acompanhar a saúde geral ou a progressão de doenças específicas.

Réplica do dispositivo usado da série Star Trek de avaliação e diagnóstico portátil

A capacidade de detetar e quantificar rapidamente vários biomarcadores de metabolitos simultaneamente torna este dispositivo particularmente útil em casos de ataque cardíaco, cancro e acidente vascular cerebral, em que o diagnóstico rápido é vital para o tratamento eficaz.

Os metabolitos podem ser medidos por processos existentes, tais como ressonância magnética nuclear e técnicas de espectrometria de massa hifenizada, mas ambas as abordagens são caras e exigem equipamentos volumosos que podem ser lentos para oferecer resultados de diagnóstico.

O novo dispositivo é construído em torno de uma nova forma de chip CMOS (complementary metal oxide semiconductor). Os chips CMOS são baratos de produzir e são frequentemente usados ​​em dispositivos de imagem.

O chip é menor que a ponta de um dedo e é dividido em múltiplas zonas de reação para detetar e quantificar simultaneamente quatro metabolitos do fluido corporal, como o soro ou a urina. O dispositivo pode ser operado através de qualquer tablet ou smartphone baseado no Android que forneça aquisição, computação, visualização e potência de dados.

O autor responsável pelo estudo, Dr. Samadhan Patil, referiu:

Temos sido capazes de detetar e medir vários metabolitos associados a enfarte do miocárdio ou ataque cardíaco, e cancro de próstata, simultaneamente, usando este dispositivo. Tem potencial para rastrear a progressão da doença na sua fase inicial e é ideal para o prognóstico subsequente.

Esta tecnologia, a longo prazo, poderia permitir que se colocassem no mercado dispositivos de diagnósticos portáteis e baratos, capazes de medir com precisão os metabolitos, abrindo uma ampla gama de aplicações para medicina e, com este último desenvolvimento, foi dado um passo importante para levar este dispositivo ao mercado.

Esta não é a primeira vez que este tipo de dispositivos tenta chegar ao conhecimento público como um “potencial” equipamento ao serviço da medicina. Há vários projetos, uns mais evoluídos que os outros, uns mais verosímeis pelas sua forma de comercialização e outros mais dedicados a um conceito, que num futuro mais lá à frente poderá permitir o tipo de tecnologia. Este, ao que tudo indica, está mais “real” ao que atualmente a ciência e a tecnologia permitem.

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