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Cientistas procuram extraterrestres que tentam contactar-nos perto de uma supernova

Poderá uma explosão espacial gigante ser usada como pistola sinalizadora extraterrestre? Não sabemos se pode ou não, mas os cientistas de todo o mundo viraram os seus telescópios na direção da constelação da Ursa Maior para observar uma supernova descoberta no mês passado. Portanto, se os extraterrestres quiserem dizer que existem, esta é uma boa oportunidade!


Extraterrestres poderão usar esta explosão para dizer que “estamos aqui”

É um pouco egoísta pensar que num universo tão vasto, com tantos planetas com condições iguais ou melhores que a Terra não há vida. Também é verdade que a vida, tal como a conhecemos, poderá ter sido concebido por acaso, com felizes acontecimentos há cerca de 3,5 mil milhões de anos. Como tal, os cientistas não descartam as hipóteses e tudo é escrutinado até ficar devidamente esclarecido.

Para percebermos o que se está a passar, uma equipa de cientistas, liderada por James R. A. Davenport, desenvolveram um novo estudo que irá analisar o espaço em torno da supernova durante os próximos meses. O que eles procuram são potenciais sinais de rádio de uma civilização extraterrestre avançada que possa usar a explosão da estrela como algo semelhante a um disparo de uma pistola ou um sinal de morcego ao estilo do Batman.

Segundo Davenport, os astrónomos têm ponderado este conceito pelo menos desde a década de 1970, embora esta seja a primeira observação coordenada para procurar tecnologia alienígena em torno de uma supernova.

É uma ideia antiga que remonta à forma de chamar a atenção de alguém, especialmente se não tivermos a capacidade de colocar um sinal de néon gigante que diga ‘Estamos aqui’. É difícil transmitir um sinal ao longo de anos-luz, mesmo para uma civilização presumivelmente avançada.

Explicou Davenport.

A equipa, composta por astrónomos da Universidade de Washington, do Instituto SETI, da Universidade de Yale e do Smith College, acredita que, se houvesse seres extraterrestres na vizinhança da supernova, poderiam tentar tirar partido do sinal natural para chamar a nossa atenção enquanto estamos a olhar.

Embora saibam que a probabilidade de encontrar algo é reduzida, não procurar seria uma oportunidade perdida, de acordo com um breve artigo sobre o seu projeto(abre num novo separador) publicado nas Research Notes of the American Astronomical Society.

A supernova, denominada SN2023ixf, foi descoberta pelo astrónomo japonês Koichi Itagaki em 19 de maio de 2023. Situa-se num dos braços espirais da galáxia Pinwheel.

 

Iremos ver uma explosão irá ser visível durante anos

A explosão é uma das mais próximas em décadas, a apenas 21 milhões de anos-luz de distância. Pode parecer muito longe, mas a maioria das explosões ocorreu entre 6 e 13 mil milhões de anos-luz de distância. Por essa ordem de ideias, esta supernova, o último grito de uma estrela moribunda com pelo menos oito vezes a massa do Sol, está no nosso quintal cósmico.

SN 2023ixf é uma supernova tipo II (colapso do núcleo) localizada na Galáxia Pinwheel (M101). Foi observada pela primeira vez em 19 de maio de 2023 por Koichi Itagaki e imediatamente classificada como uma supernova tipo II.

O clarão colossal irá provavelmente iluminar-se e continuar a ser visível durante muitos meses, se não anos.

Os investigadores vão concentrar-se naquilo que descrevem como um “elipsoide SETI”, uma região oval em torno da supernova, para procurar sinais extraterrestres. SETI significa Search for Extraterrestrial Intelligence (Procura de Inteligência Extraterrestre). A área-alvo será monitorizada pelo Allen Telescope Array, na Califórnia, e pelo Robert C. Byrd Green Bank Telescope, na Virgínia Ocidental.

Esta forma especial foi selecionada com base na noção de que uma civilização extraterrestre veria a estrela explodir num momento diferente do que os astrónomos no nosso planeta, o tempo baseado em cada distância da explosão. O sinal da outra civilização levaria então algum tempo a viajar até nós através do espaço. A forma utiliza este triângulo invisível no espaço entre a supernova, nós e eles. Quem sabe se este “fogo de artifício estelar” não poderia ser utilizado para “dar nas vistas”.

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