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Cientistas explicam como os extraterrestres farão o primeiro contacto com a humanidade

Existem milhões de estrelas gravitadas por planetas vários. Existem na nossa galáxia milhares de milhões de planetas, e alguns seguramente terão condições para albergar vida tal como a conhecemos. Portanto, poderá ser egoísmo da nossa parte dizer que estamos sós no Universo. Partindo dessa premissa e da evolução da tecnologia, alguns cientistas já sabem como será o primeiro contacto dos extraterrestres com a humanidade.


O cientista diretor do comité internacional de Procura de Inteligência Extraterrestre explica como será a apresentação da Terra aos extraterrestres. Vamos então dar um salto ao futuro.

 

O segredo do Motor Warp

O ano é 2063 e o brilhante cientista Zefram Cochrane acaba de realizar o primeiro voo de teste bem sucedido de um Motor Warp (motor de dobra numa tradução para o português), desbloqueando as possibilidades aparentemente impossíveis de viagens mais rápidas do que a luz.

A assinatura warp é detetada por uma nave Vulcan próxima, cuja tripulação determina que a humanidade amadureceu finalmente o suficiente para o primeiro contacto. E é assim – no universo do Star Trek – que tomamos consciência da existência de alienígenas.

Não creio que se possa descartar tal cenário.

Qualquer civilização extraterrestre é suscetível de estar significativamente mais avançada do que nós. Podem estar camufladas.

Disse o Prof. Michael Garrett, diretor do Centro de Astrofísica do Banco Jodrell e atual presidente do Comité Permanente da Academia Internacional de Astronáutica de Procura de Inteligência Extraterrestre (IAA SETI).

A impressão de um artista de três tipos de planetas habitáveis: um principalmente de terra; um planeta com uma boa mistura de terra e mar, como a Terra; e um planeta oceânico com quase nenhuma terra. (Crédito da imagem: Europlanet 2024 RI/T. Roger.)

De acordo com Garrett, o nosso conhecimento da vida extraterrestre inteligente tem mais probabilidades de vir de um observatório que recebe um sinal extraterrestre do que da chegada repentina de uma nave.

Neste cenário, as organizações que aderiram ao SETI têm o seu próprio protocolo de primeiro contacto.

O primeiro passo é a verificação do sinal por um observatório independente.

Referiu Garrett, que explica que a descoberta deve ser mantida em segredo até que se realize uma verificação mais ampla.

O governo do país que descobre este acontecimento, e eventualmente as Nações Unidas, devem então ser informados, com a notícia do contacto anunciada ao público pouco tempo depois. É assim, pelo menos, que deve ser feito.

Se o protocolo seria realmente adotado, tenho algumas dúvidas. Se o sinal for rico em informação, por exemplo, penso que isso tem consequências muito maiores do que um sinal que apenas aponta para a existência de uma civilização inteligente algures por aí.

Terá um valor que se tornará compreendido pelos governos muito rapidamente. A algum nível, os cientistas têm de se proteger a si próprios. O que está escrito nos protocolos pode não ser o que acontece na prática.

Disse Garrett.

 

Se fossemos contactados, o que iríamos responder aos extraterrestres?

Dependendo da natureza do sinal alienígena, e se seríamos mesmo capazes de o compreender ou traduzir, há também a questão de saber se responderíamos.

É muito difícil impedir que as pessoas transmitam sinais para o espaço. E se tivéssemos uma civilização realmente avançada lá fora, talvez não fosse preciso muito para transmitir um sinal que eles pudessem detectar.

Teríamos sem dúvida pequenos grupos de entusiastas e amadores que enviariam sinais. Mas o que dá a qualquer grupo, indivíduo ou país o direito de enviar mensagens em nome de todo o planeta?

É aí que o envolvimento das Nações Unidas é importante, embora actualmente as Nações Unidas não tenham uma opinião sobre isto.

Explicou o diretor do Centro de Astrofísica do Banco Jodrell.

Na saga Star Trek, a revelação de que não estamos sozinhos, que a vida inteligente existe para além das estrelas, leva a uma profunda mudança na forma como a raça humana se vê a si própria. Torna-se mais esclarecida, mais unificada e, em última análise, mais motivada pela exploração do que pela guerra ou pela ganância. No entanto, resta saber se reagiríamos da mesma forma.

Penso que muito depende da distância. Se os alienígenas estão dentro do Sistema Solar, então penso que as pessoas ficarão preocupadas. Mas se eles estiverem do outro lado da Galáxia, penso que as pessoas ficariam entusiasmadas com isso.

Algumas organizações religiosas podem precisar de mudar as suas doutrinas, mas a maioria das religiões são bastante boas a acomodar as coisas à medida que estas surgem.

Gostaria de pensar que se encontrarmos outra civilização lá fora, isso aceleraria a nossa própria maturidade política, ética e moralidade. Mas esta é a beleza do Star Trek – dá-nos algo a que aspirar.

Concluiu Michael Garrett.

Num planeta com guerras, desprezo pela própria vida, com uma pandemia ainda por resolver e os países chamados super potências em conflito de interesses, seria esta uma boa altura para sermos contactados por alienígenas?

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