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Chama-se RoboCup e mantém os utilizadores de cadeiras de rodas hidratados e independentes

A tecnologia, além de potencializar a medicina, pode resolver problemas simples e dar mais vida à vida das pessoas. A pensar nos utilizadores de cadeiras de rodas, a Rice University desenvolveu aquilo a que os estudantes chamaram RoboCup.


A ideia partiu da própria necessidade de Gary Lynn: ativista pelas pessoas portadoras de deficiência, em Houston, abordou a equipa da Oshman Engineering Design Kitchen da Rice University, desafiando-a a criar de um dispositivo de assistência para beber água.

Gary Lynn tem paralisia cerebral, uma condição que torna quase impossível a realização de tarefas simples, como beber um gole de água sem ajuda humana.

Os estudantes de engenharia Thomas Kutcher e Rafe Neathery responderam ao desafio de Gary com a construção do RoboCup.

Rafe Neathery (esquerda) e Thomas Kutcher com o RoboCup. Fotografia: Brandon Martin/Rice University

Apesar de alguns dos seus protótipos iniciais serem bastante complexos, os estudantes simplificaram o design ao ponto de o dispositivo poder, agora, ser facilmente fabricado a partir de componentes baratos impressos em 3D e prontos a usar.

Os planos estão disponíveis gratuitamente no website da Design Kitchen.

 

Conheça o RoboCup!

Instalado num dos lados da cadeira de rodas do utilizador, o RoboCup está ligado a uma garrafa de água ou garrafa térmica, na parte inferior, e a um tubo de silicone (encaminhado através de um braço articulado de ângulo ajustável), na parte superior.

Um eixo oco no interior do dispositivo vai do tubo/palhinha até à garrafa, permitindo aos utilizadores sugar a água desta última.

Gary Lynn dá um gole experimental no RoboCup, na Oshman Engineering Design Kitchen. Fotografia: Brandon Martin/Rice University

Quando não está a ser utilizado, o RoboCup fica atrás e fora do caminho. Quando chega a altura de beber, o utilizador passa a mão sobre um sensor de proximidade por infravermelhos ou prime um botão.

Ao fazê-lo, ativa-se um motor alimentado por uma bateria no RoboCup, que faz girar o dispositivo, deixando o bocal da palhinha ao alcance da boca do utilizador.

Quando o utilizador acaba de beber, outro sensor ou botão faz com que o RoboCup volte a balançar para fora do caminho.

O sensor pode ser fixado a uma cadeira de rodas através de velcro, para que os utilizadores tenham a liberdade de o aplicar onde for mais confortável.

Ainda não tivemos a oportunidade de testar pessoalmente a ativação do RoboCup com um movimento do pescoço ou da perna, mas é algo que nos interessa e deve ser possível colocando o sensor/botão no local certo.

Explicou Rafe Neathery, ao New Atlas, partilhando que, apesar da configuração atual do RoboCup satisfazer a necessidade específica de Gary Lynn, pode ser adaptada a pessoas que precisem de usar menos os braços.

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