Astronautas e Alface transgénica… o que tem em comum? Nos últimos anos muito se tem falado sobre viagens ao espaço e percebe-se claramente que esta é uma área em forte evolução. Desde o transporte, às comunicações, à alimentação… tudo tem vindo a ser melhorado pela comunidade científica e também pela investigação de empresas privadas.
De acordo com informações recentes, a alface transgénica pode vir a ajudar os astronautas. Mas de quê forma?
Alface transgénica que pode vir a ajudar a evitar a perda de massa óssea dos astronautas
Cientistas produziram em laboratório uma alface transgénica que pode vir a ajudar a evitar a perda de massa óssea no espaço ou em zonas remotas da Terra onde faltam medicamentos, foi hoje divulgado.
A alface, cujos benefícios e comestibilidade terão ainda de ser testados em ambiente de microgravidade e em ensaios pré-clínicos e clínicos, foi modificada geneticamente para expressar uma hormona humana que estimula a formação óssea.
A hormona em causa tem o nome de ‘paratormona’ e o gene que a codifica foi introduzido em células de alface através da bactéria ‘Agrobacterium tumefaciens’, espécie usada em laboratório para transferir genes para plantas. Segundo dados de um estudo, em média, cada quilo de alface contém entre 10 e 12 miligramas da hormona.
Assim, segundo os autores do estudo, os astronautas necessitariam de comer cerca de 380 gramas de alface por dia para obterem uma dose suficiente da hormona. Sabe-se, por exemplo, que em média, mais de 1% de massa óssea por mês no espaço.
Os astronautas ficam na Estação Espacial Internacional até seis meses e fazem exercício diário para contornarem os efeitos da microgravidade no corpo.
A equipa de investigadores sugere que os astronautas poderiam levar consigo sementes desta alface transgénica e cultivá-las no espaço.