Autor da Nona Sinfonia, foi e ainda é uma referência na indústria musical. No entanto, o apelido pelo qual é mundialmente conhecido não será, afinal, legítimo: 200 anos após a morte do compositor e pianista alemão Ludwig van Beethoven, a ciência descobriu que ele não era um Beethoven.
Uma investigação publicada no journal Current Biology levantou sérias dúvidas, relativamente à vida e à morte do renomado compositor alemão (1770-1827). De acordo com o Jornal de Notícias, o estudo analisou amostras de cabelo preservadas desde o século XIX, e concluiu que Beethoven não era, afinal, um Beethoven.
Considerando a forte evidência histórica e genética da autenticidade das cinco amostras de cabelo correspondentes, e a nossa evidência do cromossoma Y pela falta de descontinuidade na linhagem paterna entre Aert van Beethoven e os cinco descendentes vivos, concluímos que a explicação mais plausível para as nossas observações implica que pelo menos um evento de paternidade extra-par ocorreu na linha paterna direta de Beethoven, entre a conceção do filho de Aert van Beethoven, Hendrik, em Kampenhout, Bélgica, em 1572, e a conceção de Ludwig van Beethoven, sete gerações mais tarde, em 1770, em Bona, Alemanha.
Perante esta conclusão, os investigadores procuraram reunir mais detalhes sobre a verdadeira linhagem do compositor alemão. Para isso, consultaram um banco de dados com mais de 52.500 registos, tendo identificado cinco perfis relacionados. No entanto, esses tinham apelidos diferentes, pelo que não conseguiram “estabelecer a patrilhinhagem genética direta de Beethoven e o sobrenome do indivíduo envolvido no evento de paternidade extra-par.
Morte de Beethoven também é averiguada pelo estudo
De acordo com o The Guardian, após a morte de Ludwig van Beethoven, em 1827, verificou-se que o seu fígado estava “recheado de nódulos do tamanho de um feijão”. No entanto, 200 anos depois, os investigadores dizem que o consumo de álcool poderá não ter sido a causa isolada.
A análise genética que levaram a cabo revela que o compositor e pianista alemão experienciou uma infeção por Hepatite B e estava sob alto risco de doença hepática – geralmente apontada como a responsável pela sua morte.
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