As memórias SSD vieram revolucionar os computadores e dar uma nova vida a muitas máquinas que tinham no disco o ponto de estrangulamento de performance.
Mas se todos vêem nos SSD a sua tábua de salvação, é preciso tratar este componente com muito cuidado. Algo que se descobriu agora é que o Firefox não o está a fazer, podendo estragar qualquer SSD.
Uma análise feita recentemente veio mostrar que o Firefox está a usar os SSDs de forma intensiva, escrevendo por dia mais de 20GB de dados, o que representa em muitos casos mais de metade dos valores máximos definidos pelos fabricantes.
Os culpados destes volumes de escritas por parte do Firefox são dois ficheiros, o recovery.js e o cookie.*. Mesmo sem estarem em utilização os processos de escrita são constantes e não deixam de usar o SSD.
Como resolver o problema do Firefox?
Felizmente existe uma solução que vai aligeirar a escrita em disco e assim poupar os SSD, que deixam de ser usados de forma tão intensiva. Comecem por abrir o Firefox e escrevam na barra de endereço “about:config“.
Ultrapassando o normal alerta de perigo que o Firefox exibe e que lembra os utilizadores dos cuidados a ter ao mexer nesta zona, devem procurar uma chave de registo específica do Firefox.
Escrevam então a chave “browser.sessionstore.interval” e carreguem em Enter para que sejam levado a ela.
Para editarem a chave, que deve ter o valor 15000 definido, devem clicar duas vezes em cima dela. O valor apresentado corresponde ao tempo usado entre escritas no ficheiro recovery.js.
Este está definido para 15 segundos, mas podem alargá-lo para um valor maior. Mesmo que escolham 30 segundos (30000) vão diminuir para metade as escritas nesse ficheiro, ganhando assim alguma vida útil do vosso SSD. Escolham um valor que julguem adequado.
Lembrem-se que este é o ficheiro que terá os registos do vosso browser em caso de problemas e que será usado para recuperar os separadores.
Esta pequena alteração vai assim conseguir poupar o vosso SSD e garantir que a sua vida útil será maior, evitando escritas tão frequentes e um volume de dados bem menor.
Os autores desta descoberta conseguiram também perceber que o Firefox não é o único browser com este comportamento, estando agora a avaliar o Chrome da Google, que deverá funcionar de forma idêntica.