Sendo o browser mais usado na Internet, o Chrome tem uma atenção especial por parte da Google. A cada nova atualização lançada, surgem melhorias e novidades importantes, para tornar o browser ainda mais completo.
A versão 94 do Chrome foi lançada há poucas horas e traz um lote de novidades. Uma delas é muito controversa e certamente irá ter muita oposição na indústria, por poder ser usada de forma incorreta. Falamos da API de deteção de inatividade que o Chrome 94 vai estrear.
Muitas novidades chegam no Chrome 94
As mudanças que a nova atualização do Chrome traz são na sua maioria úteis e até essenciais para este browser. Esta inaugura também o novo ciclo de desenvolvimentos de 4 semanas que passa a ser o padrão de lançamentos para esta proposta da Google.
Temos uma nova área que concentra num Hub de partilha um conjunto de atalhos que se consideram essenciais para o utilizador. Esta está disponível e tem de ser ativado ao acedendo a chrome://flags/#sharing-hub-desktop-omnibox. As Definições estão também diferentes, sendo agora páginas distintas.
Uma API muito controversa no browser da Google
Contém ainda com novas APIs e a melhoria de muitas mais, com o foco em melhorar todas as existentes. Temos assim a chegada da API WebGPU, dedicada aos jogos e ao seu acesso no browser e também a VirtualKeyboard API, que pode dar aos programadores a possibilidade de reposicionar o teclado em alguns dispositivos ou sistemas.
Uma outra API, está também acessível aos programadores e permite que seja detetado quando o utilizador está inativo. A API de inatividade do Chrome promete muito e trazer alguma confusão para o Chrome. Até agora esta deteção limitava-se ao browser e a alguns movimentos dentro deste.
Inatividade pode ser usada para espiar utilizador
A mudança que surge abre a porta a muito mais. Sai do Chrome e permite que seja detetado se está a ser usada outra app no sistema, com o Chrome em segundo plano. Conseguem saber se existe um atalho de teclado a ser usado ou se o utilizador está a usar o sistema.
Esta API tem sido criticada por muitos, sendo até rotulada como uma falha na privacidade e um ponto de monitorização do utilizador. A equipa do WebKit já alertou que não a vai aplicar no Safari, uma vez que poderá permitir que seja usado de forma não ortodoxa e obrigar a determinados passos para dar o acesso a conteúdos.