Pplware

As extensões do Chrome vão respeitar obrigatoriamente a sua privacidade

A gigante norte-americana vai implementar novas restrições às extensões para o seu navegador, o Google Chrome. Fá-lo-á com o intuito de reduzir a quantidade de dados do utilizador recolhidas por estes add-ons variados. É, portanto, o mais recente capítulo da nova agenda da empresa, focada na privacidade.

Para o utilizador, as mudanças podem passar despercebidas, contrariamente aos seus efeitos.


Assim que as novas restrições forem aplicadas, verá novos pedidos de acesso, por parte dessas extensões, aos seus dados. Por sua vez, estas mesmas extensões serão “obrigadas” a reduzir o tipo e quantidade de dados de utilizador utilizados nas suas funções, sendo a palavra de ordem “o mínimo estritamente necessário”.

As extensões para o navegador Google Chrome

Isto significa que se uma mesma tarefa pode ser executada de várias formas, a extensão deverá utilizar aquela que menos dados exige. Aliás, a tecnológica está a ser perentória neste ponto. Se existem duas vias para chegar ao mesmo destino, o add-on será obrigado a seguir aquela que menos dados necessitar.

Cumpre ainda salientar que a preocupação do Google Chrome prende-se sobretudo com a informação que este classifica como “sensível”. Incluída nesta categorizarão temos desde os dados de formulários a informações bancárias e números de cartões de crédito, bem como o acesso à localização, entre outros pontos.

Acima podemos ver o compromisso reiterado com a privacidade dos utilizadores por parte de Sundar Pichai, CEO da Google. Uma afirmação que encontra agora corpo nas próximas imposições do seu navegador, com mais medidas em cima da mesa. Uma destas, serão os avisos que as extensões terão de apresentar.

A privacidade é a nova palavra de ordem na Google

Com efeito, o Google Chrome exigirá que mais extensões divulguem os seus termos de privacidade e utilização dos dados, logo na Chrome Web Store. A partir daí, o potencial utilizador deverá ser compreensivamente informado de tudo o que uma qualquer extensão poderá ver, recolher, analisar, processar ou armazenar.

E se, de uma forma ou outro, isto já se aplicava a algumas extensões, agora a imposição será muito mais abrangente. Toda e qualquer extensão que utilize qualquer tipo de conteúdo gerado pelo utilizador terá que explicar a este, o que vai fazer com esses mesmos dados. Só assim poderá continuar na Web Store.

 

 

As novas imposições serão gradualmente implementadas pela Google. No entanto, até ao próximo outono já deverão estar complemente assimiladas, com os programadores a estarem adstritos a estas. Assim, se é um programador, ou responsável por uma extensão, tenham em atenção este controlo mais apertado.

Os dados do utilizador, do Chrome para a Drive

Além das novas regras de privacidade e controlo de dados para as extensões do Google Chrome, há medidas similarmente significativas para as aplicações que queiram aceder, de alguma forma, ao Google Drive. Daqui em diante estarão impedidas de aceder discricionariamente aos conteúdos da sua Drive.

Mais ainda, terão que lhe pedir autorização para aceder a ficheiros específicos que possa ter aí guardados. Ao mesmo tempo, para as aplicações de terceiros que, por exemplo, fazem backups completos para a Google Drive, o utilizador terá que lhes dar esse mesmo acesso. Não deixarão, portanto, de operar como até agora.

Em suma, temos aqui um reforço considerável do controlo que o utilizador tem dos seus dados. Será um controlo mais granular do acesso por terceiros às informações presentes na Drive, no Chrome e outros serviços da gigante norte-americana. Agora, aguardamos pela sua implementação até ao final de 2019.

Exit mobile version