Há muitos anos que a Google e o seu motor de pesquisa domina os browsers como o Firefox da Mozilla, o Chrome e outros. Esta é a porta que utilizadores destes browsers usam, de forma quase discreta e sem darem por isso.
A Mozilla, que sempre se pautou por querer ser diferente e olhar a Internet de forma mais aberta, pode estar a preparar uma mudança. O Google poderá em breve ser abandonado e a escolha recair sobre o Bing da Microsoft. Ainda não há certezas, mas os testes já começaram.
Mozilla prepara mudanças para os browsers
Foi a própria Mozilla que revelou esta sua mudança e o início dos testes com alguns utilizadores. Na sua mais recente SUMO (SUpport.MOzzila.org) a empresa revelou que 1% dos utilizadores da versão desktop do Firefox vão avaliar esta mudança.
Este estudo pretende avaliar a usabilidade do Bing e a forma como os utilizadores vão reagir esta mudança que poderá acontecer em breve. Os testes, limitados a estes utilizadores, vão decorrer até ao início de 2022, terminando provavelmente no final de janeiro.
Bing pode dar lugar ao que o Google oferece
Caso esta mudança aconteça, será interessante acompanhar por todos. A Mozilla e a Google renovaram em agosto de 2020 o seu acordo para a presença deste motor de pesquisa no Firefox. Este negócio garante a presença da proposta mais conhecida da Internet como o padrão destes browsers.
Do que se sabe, este acordo terá uma duração limitada, terminando dentro de 2 anos, em 2023, sujeito a negociações posteriores para ser renovado. Sabe-se também que os valores envolvidos são elevados, com uma estimativa de 400 a 450 milhões de dólares por ano.
Firefox é parte importante do rendimento da empresa
O mais curioso desta possível mudança é mesmo a perda de receita que a Mozilla terá. Parte do seu financiamento vem da utilização destes motores de pesquisa. Para além do Google há ainda acordos com o Yandex, na Rússia, e com o Baidu, na China.
Claro que a Mozilla tem procurado outras formas de se financiar, sem depender destes gigantes da indústria. A mudança para o Bing poderá não alterar nada neste campo, mas certamente que terá impacto nos utilizadores e na forma como acedem a Internet.