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Por que razão tantos estão a mudar do Android para o iOS?

Os números da Apple não mentem. Cada vez mais os utilizadores estão a abandonar o Android e a abraçar o iOS.

Esta mudança pode não parecer lógica para muitos, mas a verdade é que cada vez mais o iPhone e o iOS têm argumentos para cativar todos os que estão no universo Android.

A informação da Apple foi clara. 30% dos 48 milhões de novos iPhones vendidos no último trimestre foram para utilizadores que estão a migrar da plataforma da Google para o iPhone.

Não sendo uma migração normal, não deixa de ser lógica e até bem compreensível para muitos utilizadores, que apenas estavam no Android porque o iOS ainda não tinha chegado a um nível que os pudesse satisfazer.

Mas a Apple tem mudado e muito o iPhone e todo o seu ecossistema, melhorando-o e preparando-o para dar resposta às necessidades de todos.

As causas para esta mudança acabam por ser lógicas e apenas tardavam para acontecer.

O iPhone está maior e mais variado

Com o lançamento do iPhone 6 a Apple resolveu mudar o iPhone, de uma forma radical. Abandonou a eterna medida de ecrã e resolveu dar aos consumidores o que eles pediam.

Com o Android a ter há já vários anos smartphones com ecrãs que chegam a ser quase tablets, era hora do iPhone e da Apple crescerem.

É por essa razão que surgem os novos iPhones, com medidas maiores e com dois tamanhos distintos. Com 4,7 e 5,5 polegadas, a Apple pode agora competir com os Android.

A partilha de dados está melhor

Algo que os utilizadores se queixavam desde as primeiras versões do iOS é da impossibilidade de partilhar informação entre aplicações.

Esta simples funcionalidade, que existe praticamente desde as primeiras versões do Android, era uma das razões para que muitos considerassem o iOS um sistema fechado e sem ser modular.

Mas com o iOS 8 isso mudou, abrindo aos utilizadores a possibilidade de, com um simples toque, poderem trocar dados entre as aplicações. Com a vantagem desta função ser mais organizada e configurável no iOS, ao contrário do que existe no Android, em que todas as aplicações surgem, desordenadas.

A confusão da oferta Android

A diversidade de fabricantes e de hardware que existe no Android pode funcionar a seu favor. Conseguimos ter um smartphone quase feito à medida.

O problema é que com tanta oferta os consumidores acabam por se sentir perdidos na hora de escolher o Android que querem levar para casa. Se o preço é um factor de peso, os componentes começam já a ter também um peso na decisão.

A oferta da Apple, por outro lado, é estanque e limitada mas muito bem definida. Tamanho do ecrã e espaço de memória, é apenas aqui que os consumidores precisam de se concentrar.

O eterno problema das actualizações

Algo que existe desde o início do Android é a fragmentação. Muito mais do que existirem diversas versões do sistema operativo da Google a uso, o problema está na ausência de suporte que a maioria das marcas oferece.

E é aqui que a Apple volta a marcar pontos. O iOS quando é actualizado é oferecido a todos, da mesma forma e com a mesma simplicidade de instalação.

Não apenas existem versões frequentemente actualizadas, como o suporte para os modelos mais antigos é mais alargado do que podemos ver nos equipamentos Android, mesmo nos da Google.

Tudo chega primeiro ao iOS

Por fim existe a relação dos sistemas operativos com as lojas de aplicações que os servem. Por ser um sistema mais interessante e mais rico, é normal que as novas aplicações surjam primeiro no iOS do que no Android.

Já mais do que o número de aplicações, a decisão passa também por quem tem as novas aplicações mais cedo. E aqui o fiel da balança volta a pender para a Apple.

Qualquer um destes sistemas operativos tem qualidades e defeitos, mas o movimento de migração para o iOS parece estar agora a tomar uma dimensão maior e a ser muito mais expressivo do que antes.

As razões apresentadas acima são argumentos válidos que muitos usaram para tomar a sua decisão. Resta saber qual será a resposta da Google para contrariar esta debandada.

Terá muito maiores dificuldades pois terá de trabalhar com vários fabricantes, cada um com as suas ideias e as suas vontades. É este o desafio da Google, encontrar uma forma de unificar o Android e torná-lo como uma plataforma transversal.

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