São cada vez mais os rumores que referem o lançamento do novo smartphone low-cost da Apple. Segundo alguns dos analistas que seguem a marca, o novo iPhone 9, ou iPhone SE 2, será apresentado entre os dias 14 e 15 deste mês. A Apple deu já várias pistas em como tem a “máquina” a produzir e que quer fazer os lançamentos. Apesar desta pandemia, o mercado da empresa de Cupertino já começou e deverá trazer novidades.
A empresa está cada vez mais ativa, pelo menos para o exterior, e depois dos novos MacBook Air e do iPad Pro 2020 deverá sair um iPhone.
iPhone 9 pode ser apenas… iPhone SE 2020
Inicialmente referido como iPhone 9, aparecem agora fortes indicadores de que o mesmo se poderá vir a chamar simplesmente iPhone SE, com a indicação 2020. Bom, na verdade, segue a política dos produtos que a Apple tem lançado, são evoluções: mantêm o nome e é acrescentado o ano.
Provavelmente, se o novo iPhone fosse batizado de iPhone 9, para o consumidor poderia significar um telefone “antigo”, dado que ano passado saiu o iPhone 11.
Mas o que terá este modelo de tão especial?
Poderá, efetivamente, parecer estranho todo o entusiasmo de que este modelo tem vindo a usufruir, quer por parte de analistas, quer por youtubers, ou até mesmo pelos próprios consumidores. E tudo remonta ao ano de 2016.
Após o amplo sucesso dos iPhones 6 e 6 Plus, em 2014, e da continuação do design bem-sucedido nos 6s e 6s Plus, em 2015, a Apple chegou à conclusão de que eram muitas as pessoas que ainda gostavam daquele formato compacto. Aos dias de hoje, o design do iPhone 5 ainda é considerado por muitos como um dos mais icónicos (se não mesmo o mais).
Curiosamente, este foi um daqueles casos em que primeiro estranha-se, depois entranha-se. A verdade é que o iPhone SE não foi um sucesso logo de início; vendeu bem, sim, mas apenas com o tempo e à medida que foi baixando de preço é que se tornou no marco lembrado nos dias que correm (em Portugal, por ocasião do lançamento, tinha um preço de 499 euros, pela versão de 16 GB. Posteriormente, este viria a receber uma atualização para 32 GB de configuração mínima e 128 GB de máxima, por 599 euros).
Assim, a verdade é que ficava consideravelmente mais barato do que o iPhone 6S, mantendo praticamente todas as especificações (havia apenas uma diferença: nas velocidades máximas de 4G, o Touch ID ainda era o da geração anterior e a câmara frontal era inferior ao 6S. De resto, tudo se mantinha).
Além disso, na altura foram feitos muitos testes que mencionavam a duração superior da bateria com referência ao 6S. Apesar de ter uma bateria menor, o seu ecrã, também menor, consumia substancialmente que o do iPhone 6S.
O que reserva 2020?
Este novo modelo deverá seguir as pisadas do anterior, no sentido de aproveitar um design existente (no caso, tudo aponta para design do iPhone 8). Nesse sentido, poderá também manter muitas das principais especificações dos irmãos mais potentes.
Contudo, e tendo em conta as novidades do iOS 14, em termos de bateria o salto será grande, face à primeira versão do SE. O ecrã deverá manter-se nas 4.7 polegadas, o Touch ID irá também marcar presença e a câmara (que deverá ser apenas uma) deverá conter o sensor principal dos modelos 11.
Se bem nos lembramos, os operadores usaram substancialmente este iPhone para o promover nos pacotes de comunicações moldados às empresas. Isso poderá ser igualmente usado como trunfo.
Disponível em dois tamanhos?
Recuando um pouco ao ponto anterior, na dedicação deste dispositivo ao setor comercial, o tamanho… importa. Assim, fala-se também na possibilidade de, mais tarde, ser apresentada uma versão maior/Plus. Nessa poder-se-á contar com a existência de duas câmaras e uma maior bateria, para além de um ecrã maior de 5.5 polegadas.
Aqui, estaria a Apple a sair da sua zona de conforto, aumentando e fragmentando significativamente a sua oferta. Não há tradição!
E a que preço poderá ser lançado?
Ainda que seja difícil adivinhar os valores, são vários os registos que se encontram a sugerir que o preço poderá começar na mesma fasquia do SE original.
Para os Estados Unidos, fala-se de 399 dólares para a configuração base, mas tendo em conta o registo de diferenças de preço para o mercado Europeu (que, segundo a Apple, terá a ver com as taxas que lhe são impostas na Europa), o mais certo é vermos os preços inflacionados em cerca de 100 a 150 euros.
Portanto, não estaremos assim a falar de um valor abaixo dos 499 euros do SE original. Mesmo assim, estamos a falar de uma fasquia de preço completamente diferente dos topos de gama, o que poderá levar a um aumento da procura, nomeadamente por quem tenha iPhones antigos e esteja a pensar em substituí-los.
O lançamento deste smartphone deverá levar a Apple a descontinuar os iPhones 8 e 8 Plus, visto as fasquias de preço serem semelhantes.
Por Sérgio Gonçalves para o Pplware