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iPhone – Análise Opera Mini

Há umas semanas lançamos a notícia que a Opera havia preparado um super browser para entrar num feudo. Mais precisamente a Opera pretendia entrar na App Store para poder ombrear com o Safari, nas preferências dos utilizadores do iPhone.

Com uma aura sensacionalista, era anunciado que o Opera Mini estaria 5 vezes mais rápido que o Safari. Isso obviamente provocou um ruído de fundo, prevendo um veto por parte da Apple à entrada desta aplicação no seu protegido mundo App Store. Isso não aconteceu e no dia 13 de Março, como mostramos aqui, era colocado à disposição dos utilizadores a App Opera Mini na Store da Apple.  Nada como testar e dar a conhecer mais um forte avanço neste mercado…


Quando este browser foi visto pela primeira vez a correr num iPhone (em modo jailbreak), tudo parecia perfeito: o carregamento das páginas era supersónico e a fluidez do multi-toque era impressionante. Além disso trazia bons e necessários argumentos.

Assim que ficou disponível, instalamos o browser para o testar. Após algum tempo de experimentação, decidimos esperar por uma primeira actualização do Opera Mini para iPhone para a poder voltar a analizar e apresentar os resultados dessa análise.

Apresentação

Depois de instalado o Opera Mini mostrou alguns argumentos interessantes. Uma grelha era apresentada como ecrã inicial servindo de links rápidos para os nossos sites favoritos. Função que pode ser personalizada pelo utilizador. Apresentou também um menu sóbrio e de fácil acesso.



Interpretação

Como é óbvio abri o pplware.com para me certificar que este browser trazia todas as capacidades que havia anunciado. A minha primeira grande decepção foi a forma desalinhada como Opera Mini interpretou o template do Peopleware. No Safari o site tem um aspecto devidamente estruturado, não apresentando nenhuma irregularidade gráfica significativa.



Toque

Quando uso o multi-toque que tanto destaca o iPhone da sua pretensa concorrência, reparo num desajuste total de controlo de zoom da aplicação, apenas reage abrindo ao máximo ou fechando ao mínimo a visualização da página. Se repararem no vídeo o zoom funcionava de forma excelente, o que me deixa a pensar que haverá naquele vídeo uma pós-produção, um ardil!


Objectos gráficos

O Opera Mini utiliza uma técnica de aceleração de carregamento dos objectos das páginas web, este recorre aos servidores da Opera que ao serem requisitados para servir determinada página, comprimem as imagens e outros conteúdos antes de serem enviados ao nosso browser. O resultado é de uma extrema rapidez face ao que estamos habituados. esta função tem maior relevância quando estamos numa ligação lenta, em 3G por exemplo.



Além desta mecânica vinda do servidor da Opera, o utilizador poderá, dentro das opções, diminuir a qualidade das imagens carregadas. Isto claro que se não tiver interesse na visualização das imagens com qualidade. O browser acolheu, a meu ver bem, o teclado nativo do iPhone OS facilitando dessa forma a escrita de domínios usando os botões compostos do teclado.



Favoritos

A Opera integrou algumas opções para ajustar os templates (os muitos estilos) ao espaço disponível no ecrã. Colocou a opção para aumentar ou diminuir o tipo de letra apresentada e disponibilizou, como em todos os browsers, opções para limpar os rastos e para limpar o que vamos coleccionando de favoritos.



Os favoritos que estão no ecrã inicial podem ser removidos/editados deixando o dedo mais de 3 segundos e usando as opções Limpar/Editar que aparecem no menu sobre o ícone. Podemos aumentar a lista, podemos gerir vários aspectos ligados aos favoritos, tudo para favorecer a performance e a integração do browser com as necessidades do utilizador.

Nas configurações existem outras opções que poderão ser utilizadas para comutar a comunicação de Socket para HTTP.

Vídeo



O Opera reage muito mal quando é confrontado com vídeo nas páginas web. Mesmo no YouTube, este recorreu à secção mobile do agregador, mas mesmo assim não consegui com que o Opera reproduzisse vídeo. Até onde será este browser útil?

Conclusão:

A Apple, depois do desafio que a Opera fez, aceitou o browser na App Store e até esta altura apenas potenciou mais o Safari. Esperamos algum tempo, desde a saída do Opera Mini, na esperança que sofresse uma actualização onde corrigisse muitos dos “pecados” que a versão “real” apresenta. Quem viu a versão “virtual” ficou convencido que seria capaz de nascer um super browser para iPhone mas tal não aconteceu. Há páginas que ficam de facto correctamente apresentadas mas a falta de suporte para vídeo é um pecado mortal que inviabiliza a utilização deste browser.

Ficamos por aqui na análise, com a esperança de uma breve actualização e com uma superior qualidade, aquela que estamos ainda à espera.

No futuro e seguindo os planos traçados pela empresa norueguesa, acredito que a Apple tenha um browser que fará frente ao seu Safari, mas no momento, este Opera Mini, só veio dar mais visibilidade ao Safari. Teria sido uma jogada para a Apple permitir a entrada na app store?

Vamos esperar para ver os próximos desenvolvimentos.

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