A Google tenta que a Apple torne o iMessage mais universal e aberto, em especial para permitir a interação entre utilizadores do Android e do iOS. Os passos dados são bem conhecidos, em especial associado ao RCS. Agora, a Google e algumas operadoras europeias pedem à UE para investigarem o iMessage da Apple.
Google quer que UE investigue o iMessage
A Google seguiu um novo passo para colocar o iMessage numa nova posição e por isso reuniu o apoio das principais operadoras europeias para enviar uma carta à UE, pedindo-lhe que categorizasse o iMessage da Apple como um serviço gatekeeper.
Esse passo forçaria a Apple a tornar o seu serviço compatível com RCS, tal como acontecerá com o WhatsApp e Google Messages até março de 2024. Para apoiar esta ideia, a Google conseguiu o apoio da Vodafone, Deutsche Telekom, Telefónica e Orange.
O Google e as principais operadoras europeias argumentam que o iMessage atinge aos critérios da Lei dos Mercados Digitais. Querem que a UE exija que a Apple o abra para ter interoperabilidade com outros serviços de mensagens. A autoridade reguladora da UE investiga o iMessage sob a suposição de que ele contribui indiretamente para as receitas da Apple.
Se for gatekeeper, Apple terá de abrir a outros
A Apple argumentou este ano que o iMessage (aparentemente) não é grande o suficiente para ser considerado um serviço gatekeeper sob as regras de utilizadores do DMA (45 milhões de utilizadores ativos mensais na União Europeia). Os reguladores estão atualmente a investigar e têm até fevereiro para decidir sobre se o iMessage se juntará ao WhatsApp e ao Messenger da Meta como guardião.
A decisão terá de ser tomada pela UE até fevereiro de 2024. Se o iMessage for considerado um serviço principal, a Apple terá de acabar com todo o problema da bolha verde-bolha azul na UE de uma vez por todas e abrir o seu serviço a outras empresas.
Esta poderá ser uma vitória da Google sobre a Apple, em especial no que toca ao iMessage e à sua exclusividade. Apesar de ser uma medida a aplicar apenas na Europa, certamente que terá um impacto global, tal como outras da UE tiveram recentemente, como o caso do interface USB-C no iPhone e outros equipamentos.