Face à pandemia, há muita coisa que tem mudado no mundo. Os problemas de vencimentos em atraso, fome, violência têm vindo a aumentar e muitas pessoas vivem em sufoco. Cerca de 100 pessoas foram presas pelas autoridades depois de vandalizarem uma fábrica de iPhones.
Saiba o que aconteceu e o que reivindicam os funcionários.
Cerca de 100 pessoas foram detidas depois de uma fábrica de telemóveis da Apple, no sul da Índia, ter sido vandalizada por trabalhadores que reclamavam o pagamento de salários em atraso e acusavam a unidade de exploração, revela a Lusa. Tudo aconteceu no sábado numa fábrica do grupo de Taiwan Wistron Infocomm Manufacturing, nos arredores de Bangalore.
De acordo com as imagens que divulgadas do local, podem ver-se janelas partidas e automóveis capotados. As câmaras de videovigilância, lâmpadas e ventiladores foram também partidos e uma viatura foi incendiada. De acordo com a comunicação social, os funcionários reclamam que não recebem salário há quatro meses e, além disso, dizem ter sido obrigados a fazerem horas suplementares.
Vejam em vídeo as ações de vandalismo das fábricas dos iPhones
O vice-ministro adjunto do Estado de Karnataka, C.N. Ashwathnarayan, denunciou os atos de violência gratuita e acrescentou que o assunto será esclarecido em breve. Há, inclusive, equipas especiais no terreno para investigar este incidente, revelou a polícia local. Ashwathnarayan referiu ainda que “Vamos certificar que os direitos dos trabalhadores são protegidos e que as quantias devidas sejam pagas”.
A grupo Wistron disse à AFP que “o incidente foi causado por desconhecidos vindos de fora da fábrica”, que causaram danos, “sem se conhecer as suas intenções”. O grupo acrescentou que se comprometeu a “seguir as leis laborais locais e todas as outras regulamentações neste domínio”, num comunicado em chinês.
Ainda segundo as notícias, não há nenhum registo de feridos nestas ações de vandalização da fábrica. Do lado da Apple também ainda não existe qualquer informação.