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O que a Cellebrite consegue tirar de um iPhone bloqueado

A segurança dos nossos equipamentos e dos nossos dados foi um tema que atravessou o ano de 2016 e que está cada vez mais presentes nas nossas preocupações. Os vários casos que noticiámos foram a imagem disso.

Um desses casos foi o desbloqueio do iPhone de San Bernardino pelo FBI. O recurso à Cellebrite foi falado depois do FBI ter tido sucesso em aceder aos dados. Mas afinal o que consegue a Cellebrite tirar de um iPhone?

A empresa israelita de segurança Cellebrite é conhecida por conseguir aceder a dados nos smartphones e outros equipamentos. O seu nome foi associado ao caso do atirador de San Bernardino, depois do FBI ter desistido de pedir à Apple para garantir o acesso aos dados deste equipamento.

Mas o software da Cellebrite está já em utilização nos Estados Unidos e muitos são os equipamentos que estão a ser desbloqueados. O site ZDNet teve acesso à informação destes processos e pôde confirmar que dados é que são obtidos dos iPhones que passam pelo software da Cellebrite.

Em concreto, foi apresentada informação sobre um iPhone 5 que estaria a correr iOS 8 e que não teria qualquer código de bloqueio, não estando por isso cifrado. Bastou ligar este iPhone e de imediato a informação foi obtida pelo software da Cellebrite, mesmo alguma que teria sido recentemente eliminada.

Como pode ser visto, dados como o IMEI, o número de telefone, o Apple ID, a geolocalização das fotografias, as redes wifi onde se ligou, as mensagens de texto, o histórico de chamadas e as notas de voz podem ser obtidos e usados em qualquer lado.

A Apple tem, a partir do iOS 8, mecanismos para cifrar toda a informação que está nos seus equipamentos, garantindo a segurança e a protecção dos dados dos utilizadores. A Cellebrite garante que não consegue quebrar os códigos de bloqueio do iPhone 5s e seguintes, tudo graças ao hardware que têm presente.

Este “problema” parece não ter solução e a Apple não o consegue resolver bloqueando o acesso aos dados dos seus utilizadores por aplicações como as da Cellebrite.

via: ZDNet

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