A eliminação dos registos das páginas vistas num browser pressupõe que estes sejam apagados do disco do computador onde este corre, independentemente da forma como estão guardados.
Uma investigação recente descobriu que afinal a Apple não respeita esta vontade dos utilizadores e, no caso do Safari no iOS, esse histórico é mantido por muito tempo no iCloud.
A descoberta dos registos eliminados no Safari
O anúncio da descoberta desta situação anormal foi feito por Vladimir Katalov, o CEO da empresa Elcomsoft, que revelou que após uma pesquisa no histórico do seu iPhone e dos dados que tem alojados no iCloud, descobriu uma pasta onde teve acesso a todo o seu histórico do Safari, mesmo o que tinha antes ordenado que fosse eliminado.
Recorrendo ao Phone Breaker, foi possível a Vladimir Katalov extrair os seus dados do iCloud e garantir o acesso a estes. A descoberta não lhe agradou, uma vez que todos os registos não era suposto existirem há mais de 1 ano.
A utilização do iCloud
A utilização do iCloud para manter o histórico do Safari é bem conhecida. É com esse método que é mantida a sincronização entre os diferentes dispositivos da Apple.
Ao ordenar que esse histórico seja eliminado, é esperado que ele desapareça de todas as plataformas do utilizador, mesmo aquelas onde os dados são apenas registados para serem transmitidos.
A resposta silenciosa da Apple
Após este problema ter sido tornado público, sabe-se que a Apple emitiu uma atualização interna que terá resolvido este problema. Na prática, a pasta onde estes registos estavam guardados foi eliminada, deixando de estar acessível a quem navegava no iCloud.
Para além desta solução, a Apple não forneceu qualquer informação adicional, não se sabendo para já se a manutenção desses registos seria propositada ou se era efetivamente uma falha. A verdade é que os dados dos utilizadores estiveram guardados e acessíveis à Apple durante mais de 1 ano, sem que o utilizador tivesse conhecimento.
Via Forbes