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Apple cancela o plano de verificação de conteúdo de pornografia infantil

Como referido anteriormente, a Apple já estava a trabalhar no objetivo de acabar com todo o material relacionado com o abuso sexual infantil presente nas contas ICloud. Contudo, foram várias as pessoas que não concordaram com o sistema de deteção CSAM criado pela empresa.

Depois de tanto feedback negativo, a Apple decidiu cancelar estes planos, para já.


Foram várias críticas de grupos de privacidade e de pessoas que estavam preocupadas com o rastreio do seu dispositivo. Os defensores da privacidade expressaram a preocupação de que esta tecnologia pudesse ser expandida e utilizada por governos autoritários para espiar os cidadãos. Por isso, depois de ouvir o mau feedback, a Apple disse que estava a reconsiderar.

Apple usaria tecnologia NeuralHash

A chamada tecnologia NeuralHash teria digitalizado imagens imediatamente antes de estas serem carregadas no iCloud. Depois, faria corresponder essas imagens contra material conhecido sobre abuso sexual infantil numa base de dados mantida pelo Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas.

Se fosse encontrada uma correspondência, esta seria revista manualmente por um humano e, se necessário, seriam tomadas medidas para desativar a conta de um utilizador e denunciá-la às autoridades policiais. O seu lançamento estava previsto para o final do ano.

No mês passado, anunciámos planos de recursos destinados a ajudar a proteger as crianças contra predadores que utilizam ferramentas de comunicação para as recrutar e explorar, e limitar a propagação de material sobre abuso sexual de crianças

Disse a Apple, numa declaração. Acrescentou ainda que, com base no feedback de clientes, grupos de defesa, investigadores e outros, decidiram reservar mais tempo nos próximos meses para recolher contributos e fazer melhorias antes de lançar elementos de segurança infantil de importância crítica.

Várias opiniões em torno deste assunto

A Electronic Frontiers Foundation tem sido um dos críticos mais vocais do sistema, recolhendo uma petição assinada por 25.000 clientes que se opõem à iniciativa.

A enorme coligação que se manifestou continuará a exigir que os telefones dos utilizadores – tanto as suas mensagens como as suas fotografias – sejam protegidos, e que a empresa mantenha a sua promessa de proporcionar privacidade real aos seus utilizadores.

Disse Cindy Cohn, diretora executiva da Electronic Frontiers Foundation. Cohn acrescentou ainda que a empresa deve ir mais longe do que apenas ouvir e abandonar os seus planos de colocar uma porta traseira na sua encriptação por completo.

Fará sentido a Apple cancelar todo este plano? Ou deveria segui-lo independentemente das críticas?

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