As vendas do iPhone têm, ano após ano, batido recordes e crescido sempre em valores elevados. A cada novo modelo novas metas são definidas e largamente ultrapassadas.
Mas vários analistas estão a prever que este estado de graça poderá estar a terminar e que 2016 será o ano do início do declínio das vendas do iPhone.
Será difícil a qualquer marca conseguir bater os valores de vendas que a Apple tem conseguido com o iPhone. Todos os anos estes valores crescem e superam os valores do ano anterior.
Mas os analistas que estudam o mercado estão cépticos e prevêem tempos difíceis para a Apple. Em 2016, as vendas do iPhone vão decrescer, preparando-se para atingir valores de crescimento muito baixos.
A mais recente previsão vem de Katy Huberty, analista da Morgan Stanley, que afirmou que no próximo ano as vendas vão decrescer na casa dos 6% no ano fiscal, o que corresponde a 2,6% no ano de 2016.
Como razão para esta diminuição nas vendas Katy Huberty aponta o aumento de preços nos mercados internacionais, como por exemplo a China e uma saturação dos mercados, onde as actualizações e os novos utilizadores vão diminuir.
Dados os números que a Apple tem apresentado ano após ano, este parece ser um cenário difícil de se tornar real. As vendas não param de crescer, há já alguns anos a esta parte.
Mas esta não é a primeira previsão do género a apontar 2016 como o ano da mudança nas vendas do iPhone. Já em Agosto a Pacific Crest tinha argumentado que as vendas do iPhone estavam num patamar demasiado elevado e que os investidores se deveriam preparar para uma diminuição em 2016. Também o conhecido analista Ming-Chi Kuo, da KGI Securities, tinha já previsto que as vendas deveriam diminuir no final de 2015.
É difícil antever um cenário em que a Apple diminua as vendas do iPhone, atendendo ao que os últimos anos têm mostrado. É certo que o mercado está a ficar saturado e que atrair novos clientes será difícil, mas existem ainda muitos mercados onde a Apple pode conquistar uma quota importante e crescer, como o fez quando entrou na China.