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Análise – Need for Speed: Heat (PS4)

Need for Speed: Heat é a mais recente iteração de uma das mais famosas, se não a mais famosa, série de videojogos de corridas de carros. Após o lançamento de alguns títulos não tão bem sucedidos, e que inclusive tivemos a oportunidade de ver, eis que a série se encontra de regresso pela Ghost Games.

Fiquem com a nossa análise e percebam se é desta que esta série volta ao topo das corridas arcade.


Need for Speed: Heat – o regresso de uma das mais importantes séries de corridas!

Foi com as expetativas reduzidas e com alguma desconfiança que me lancei à análise de Need for Speed: Heat. É assim a mais recente iteração de uma das mais famosas, se não a mais famosa, série de videojogos de corridas de carros. Longe vão os anos em que o nome Need for Speed despertava enorme entusiasmo entre os adeptos deste género. E foi ago que aconteceu com a saga Underground ou a Hot Pursuit.

Se olharmos para os últimos lançamentos, é fácil de verificar que algo vai mal com Need for Speed. Acontece não só a nível comercial, como também a nível de críticas por parte dos jogadores.

De forma a revitalizar a alma desta icónica série, a Ghost Games meteu mãos à obra. Dessa forma, teve de dar um passo atrás e perceber o que fazia Need for Speed um jogo de sucesso e adicionar novidades. Uma das ideias foi então distribuir a campanha numa espécie de dois modos de jogo: corridas diurnas e corridas noturnas.

Não é novidade, e até já passa a ser tradição, a inclusão de uma história à la Velocidade Furiosa em Need for Speed. Portanto, é sem surpresa que mais uma vez somos presenteados com uma história que é totalmente esquecível, desnecessária. Além disso, as personagens passados dez minutos nem nos lembramos quem são, cuja utilidade se limita à explicação do jogo.

As corridas ilegais

Basicamente, assumimos o papel de um street racer que tenciona participar no famoso evento que decorre em Palm City, o Speedhunter Showdown. É assim um evento composto por várias corridas de carros legais, que ocorrem em plena luz do dia. Por outro lado, durante a noite é quando acontecem as corridas ilícitas, e onde nos iremos cruzar com a polícia de Palm City. Assim, destaca-se aqui a unidade especial de combate às corridas ilegais do Tenente Frank Mercer.

É notório que a jogabilidade foi o verdadeiro foco da Ghost Games. Desde as componentes de condução, sensação de velocidade e personalização, tudo foi redesenhado neste jogo.

A jogabilidade de Heat foi claramente o foco da Ghost Games. Felizmente!

Palm City é uma cidade enorme, junto à praia e com imensas zonas diferentes para descobrir. Tem a praia, a pedreira e até mesmo um centro comercial abandonado. Como estamos perante um mundo aberto, a exploração destas zonas não é apenas feita pelas corridas, mas sim de forma livre e descontraída como o jogador bem entender, ou, como a polícia de Palm City o permitir.

O mapa suporta assim até dezasseis jogadores em simultâneo, cada um livre de fazer o que bem entender. Não só para fazer as suas próprias missões, como também para participar em desafios multijogador. Também é possível ignorar completamente esta vertente e jogar exclusivamente offline.

Como dito mais acima, existem duas formas de fazer corridas em Palm City. Com as corridas legais: circuito, de sprint, de tempo e de drift, para o Speedhunter Showdown, que decorrem durante a luz do dia, e com as quais vamos ganhar dinheiro para comprar e modificar os carros. Ou podemos arriscar e subir a nossa reputação durante a noite, onde cada nível de reputação que subirmos desbloqueiam os melhores carros e as melhores partes para comprar.

A polícia não atua apenas de noite, mas é nessa altura que é mais agressiva e com mais meios para nos incapacitar. Se não conseguirmos fugir à polícia e formos capturados, não perdemos a reputação acumulada. Ou seja, perdemos os multiplicadores de pontuação que fazem, obviamente, subir o nível mais rapidamente. É um sistema justo, e que faz então com que as sessões noturnas não sejam arruinadas devido a um erro.

A história que dá cor ao jogo, esquece-se rapidamente!

Um dos aspetos mais positivos é sem dúvida o incrível nível de personalização. É possível artilhar os carros, não só esteticamente, mas também alterar completamente as peças individuais dos carros. Isto significa que não precisam obrigatoriamente de ir mudando de carro para continuarem competitivos. Ou seja, basta artilharem o vosso Golf GTI para dar luta até ao mais moderno carro desportivo.

O controlo dos carros e a sensação de velocidade também foram aprimorados e refinados. Sendo agora muito mais responsivo aos nossos inputs. O sistema de derrapagem também foi alterado e deixou de ser efetuado com o travão e passou a ser com o acelerador. Ao libertarem o botão para acelerar, tem que se premir novamente com a intensidade que querem gerar a derrapagem. Foi extremamente fácil e intuitivo adaptar-me a esta alteração.

Os gráficos

Graficamente Need For Speed: Heat é deslumbrante, principalmente nas corridas noturnas. Nesse sentido, os efeitos de luzes, gerados pela quantidade massiva de neons espalhados por Palm City, fazem-se refletir com enorme intensidade e brilho. Acontece quer nos carros, quer no alcatrão encharcado pela chuva.

Os carros são extremamente detalhados, e o nível de personalização ajuda a que cada carro dê a sensação de ser “o nosso” carro. Infelizmente, o detalhe começa e acaba no exterior da viatura, uma vez que o interior não é personalizável e nem sequer foi incluído uma câmara interior.

A nível de performance, o jogo é bastante sólido. Corre assim em 4K na máquina mais potente da Microsoft, a uns estáveis 30 frames por segundo.

Veredicto:

No geral, Need for Speed: Heat é um bom jogo que merece uma nova oportunidade. Contêm um mapa bem divertido de se explorar, imensas opções de personalização para as viaturas e ainda uma condução extremamente responsiva. Talvez não alcance a glória do passado, mas certamente que foi o que ficou mais perto de o conseguir de todos os Need for Speed lançados nesta geração.

Need for Speed: Heat

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