Pplware

Análise ao Super Mario Run (iPhone)

Quando há pouco mais de 1 ano atrás a Nintendo começou a deixar escapar indícios que se estaria a virar para o universo mobile (smartphones e afins) poucas pessoas apostariam no sucesso de que tais manobras estratégicas têm vindo a revelar.

Primeiro foi a chegada estrondosa de Pokémon GO, uma app que ainda hoje se vê nos smartphones um pouco por todo o lado e que a própria marca nipónica tem sabido manter viva. Agora, e tal como o Pplware revelou, chega ao mercado o jogo seguinte, Super Mario Run (para iPhone/iPad). E bem a tempo do Natal.

O Pplware já experimentou, em primeira mão, o jogo e aqui ficam as nossas impressões desta incursão de Super Mario pelo iPhone.

Se é fã de jogos com muitos comandos e teclas para navegar, então este jogo não é para si. Este é um novo tipo de jogo da série Super Mario, tendo em conta que é para ser jogado apenas com uma mão e, mais especificamente, com um dedo. Sim, apenas isso: um dedo. No entanto, não nos deixemos enganar pela sua simplicidade… (como seria de esperar).

A personagem que escolhemos irá mover-se automaticamente para a frente ao longo do percurso que temos de terminar, e o nosso objectivo é guia-lo por meio de saltos, que irão variar consoante o tempo de pressão (mais alto) e o numero de vezes que carregarmos para efectuar o salto (mais longo e/ou mais artístico). Esses saltos irão igualmente permitir que subamos paredes e existem algumas zonas no percurso que nos ajudam a parar, saltar para trás, saltar ainda mais alto, etc. Por isso, os controlos são simples (apenas saltar), mas os movimentos da personagem são inteligentemente diversificados.

 

Neste jogo, a personagem irá saltar alguns obstáculos/inimigos (cogumelos e tartarugas entre outros) de forma automática, mas ainda assim poderemos fazer alguns movimentos “mais artísticos” para apanhar moedas, ganhar mais pontos ou obter alguns extras escondidos.

Aquilo que à primeira vista possa parecer demasiado “simplista”, não é. É de facto muito viciante (e reforço viciante), pois está feito de tal forma que nos faz querer voltar para tentar terminar cada nível e descobrir itens escondidos.

E sim, é necessário voltar várias vezes para compreender cada nível e obter todos os extras escondidos (fica desde já uma dica: quando perdemos uma vida, temos um número de bolhas de sabão limitado que nos fazem renascer automaticamente e nos levam pelo ar para trás até que a rebentemos e podermos assim recomeçar o nível. No entanto, podemos activar manualmente essas bolas de sabão, limitadas em numero, mas que são a única forma de chegarmos alguns extras especiais…).

Assim podemos desafiar-nos de várias formas dentro de cada nível: Chegar do início ao fim antes do tempo acabar e desbloquear o próximo nível; apanhar o maior número de moedas possível; apanhar todas as 5 moedas cor de rosa; apanhar todos os extras, etc…

 

Embora o primeiro de 6 níveis (chamados de Mundos, que têm 3 fases + 1 final) seja bastante simples (aparentemente, para percebermos como funcionam as movimentações de cada peça do jogo nas diferentes fases), os níveis seguintes começam a complicar o objectivo e obrigam-nos a passar várias vezes pelas mesmas fases até descobrimos a forma de chegar ao fim, para desbloquear o próximo nível.

Outro aspecto interessante é que o jogo é vertical, em oposição aos habituais ambientes “landscape” que talvez estejamos habituados em jogos deste tipo. Para mim isso parecia um ponto negativo quando vi pela primeira vez, mas estranhamente funciona lindamente! E ajuda a que consigamos jogar só com uma mão. É bastante confortável.

O Super Mario Run contém “mini-jogos” que poderemos completar para obter extras, construir um mini-reino, etc. Para além disso, dentro do jogo principal ainda temos o desafio de recolher 5 moedas especiais cor de rosa para as quais muitas vezes temos de descobrir como chegar até elas. Assim, existe aquele compromisso de termos de ser rápidos (terminar antes do tempo se esgotar), mas ao mesmo tempo obter recompensas extras, o que nos pode fazer correr atrás de objextivos diferentes cada vez que jogamos um mesmo nível (inclusive os que já ultrapassámos, podendo voltar atrás para nos desafiarmos com diferentes objectivos).

O jogo não é um dos mais futuristas em termos visuais, aliás, ele tenta passar a sensação daquele “velho jogo” que nos habituámos a ter nos anos 80, mas com gráficos feitos por alguém que vive em 2016. Mas isso não afecta de forma alguma a jogabilidade.

Aliás, a jogabilidade é, para mim, um ponto forte deste jogo. Para quem gosta de jogos simples mas com velocidade suficiente para não podermos tirar os olhos do ecrã por um segundo, então vai gostar bastante da experiência.

Ponto negativo: não é possível jogar offline. Há que ter sempre ligação à Internet, pelo menos na versão tester que utilizámos. Para além disso, para um jogo de iPhone parece-nos um pouco caro, mas até isso é relativo tendo em conta a boa experiência que nos proporciona em comparação com o preço do jogo em consolas da especialidade.

Ao adquirir o jogo gratuitamente apenas as primeiras fases são grátis. Para continuar é necessário comprar/desbloquear os níveis adicionais por meio de uma única compra.

Veredicto:

Para mim quase 5 estrelas em 5, não fora o facto de só poder ser jogado online. De resto tem tudo para ser um sucesso para os amantes de jogos de plataformas. Bom visual. Excelente jogabilidade. Viciante.

 

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