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Análise PaRappa The Rapper (Playstation 4)

Como diz a conhecida música brasileira, “paixão antiga sempre mexe com a gente”… PaRappa The Rapper foi um dos mais conhecidos jogos dos anos 1990’s, principalmente no mercado japonês: chega-nos agora às mãos a remasterização deste jogo para a PS4.

Tivemos a oportunidade de rappar um pouco e perceber de que forma esta remasterização poderá, ou não, dar uma nova alma a um jogo que fez as delícias dos gamers japoneses durante a última década do século passado.

 


Lançado pela primeira vez para o mercado japonês em 1996 e destinado exclusivamente às consolas da Sony, Parappa The Rapper leva-nos a vestir a pele de um cão feito de papel cujo grande sonho é conquistar o coração de uma flor chamada Sunny Funny. Para isso, PaRappa tem de rappar, sempre mantendo o ritmo de um outro personagem. Pode parecer um enredo disparatado, mas a realidade é que acaba por se tornar cativante e leva a que os jogadores continuem a jogar só para tentar perceber até onde pode ir este jogo.

A base do jogo reside em fazer com que PaRappa, ajudado por alguns personagens, acerte com as rimas e com o ritmo correcto: cada rima corresponde a um botão no comando e cabe ao jogador carregar no botão no momento certo para que a rima não saia fora de tempo. E é aqui que se encontra o maior problema deste jogo: é que não é nada fácil fazer isso acontecer. Poderá dever-se ao facto de o indicador do botão a pressionar que é mostrado na parte superior do ecrã ser demasiado rápido ou talvez por existir algum lag que atrase a recepção do sinal pela consola, mas a realidade é que muitas vezes damos por nós a, literalmente, martelar o comando da PS4 e a desesperar pois é realmente difícil acertar com o ritmo.

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Fosse este apenas um pormenor do jogo e até poderia passar, mas trata-se da base do jogo. Apenas poderemos prosseguir após completarmos cada uma das etapas e em todas elas é obrigatório acertar com as rimas. O facto de ser tão difícil acertar com o ritmo correcto deixa a sensação de que há qualquer coisa na jogabilidade que podia – e devia – ter sido diferente.

Uma outra questão reside nos gráficos do jogo. Apesar de a definição dos mesmos ter sido adaptada para a PS4, ficamos com a ideia de que não existiram melhorias significativas neste aspecto. Não há dúvida que o grafismo nos remete para os anos 1990’s, mas a realidade é que – apesar de ter existido uma melhoria no modo gráfico nas situações em que temos algum tipo de interacção no jogo -, nos momentos que medeiam cada uma das etapas, os gráficos não foram redesenhados ou melhorados. Aliás, ficamos com a nítida sensação de que os gráficos foram simplesmente reutilizados.

Parece-nos, portanto, que PaRappa The Rapper não foi verdadeiramente remasterizado, na medida quem que não existiram melhorias significativas nem alterações ao gameplay que pudessem tornar a experiência dos jogadores mais compensadora ou, pelo menos, menos frustrante.

Veredicto

PaRappa The Rapper foi um dos mais populares jogos no final do séc. XX no Japão, com vendas recorde num curto espaço de tempo. Infelizmente, esta remasterização não conseguiu transportar o jogo para o séc. XXI, tendo deixado aspectos fundamentais do jogo com falhas que podem tornar a experiência verdadeiramente frustrante. A jogabilidade é má, sendo extremamente complicado acertar com o ritmo correcto para as rimas. Também os gráficos mereciam um melhor tratamento e impunha-se a necessidade de uma verdadeira remasterização que, a nosso ver, não se verificou. Esta trata-se de uma reedição do jogo para a PS4, sem grandes melhoramentos ou inovações.

Para quem conhece o jogo original e o jogou, será um interessante regresso ao passado. Porém, para quem apenas agora está a ouvir falar de PaRappa The Rapper, dificilmente o irá encarar como um jogo de sucesso.

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