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Análise: Microsoft Surface 3

O novo tablet da Microsoft foi apresentado no final de Abril com a promessa de que era o melhor de sempre. Vem com o Windows 8.1, é ligeiramente mais fino, tem um ecrã de 10,8 polegadas com uma proporção de 3:2. Mais memória, um processador mais potente, nada que não seja expectável num novo equipamento.

Durante os últimos dias, o novo Surface 3 foi testado de forma intensiva e hoje apresentamos-lhe todos os pormenores.

Aspectos positivos

 

Aspectos negativos

A Microsoft tem vindo a colocar no mercado alguns dos tablets mais produtivos do mercado. Mas não é só de produtividade que se fala. Fala-se de desempenho, de design, ergonomia e qualidade de construção.

 

1. Design e características gerais

No que toca ao design do Surface 3, a Microsoft manteve-se fiel às suas origens e apresentou novamente um tablet com as mesmas linhas dos equipamentos anteriores.

Em termos de estrutura, estamos perante um equipamento bastante resistente a riscos e mossas, é mais fino e mais leve que o seu antecessor, apesar do ecrã ser ligeiramente maior. Assim, o Surface 3 pesa 622 g e tem um volume de 267 x 187 x 8,7 mm.

As portas e botões foram adaptados a este novo Surface de uma forma diferente do Surface 2, mais à semelhança do Surface Pro 3. Assim, em cima vem o botão de Power e volume, na parte lateral de baixo encontra-se a porta magnética para a ligação da capa/teclado, do lado direito a Mini DisplayPort, uma porta USB 3.0, a porta microUSB para carregamento e a entrada para os auscultadores de 3,5 mm. Na traseira, por baixo do suporte Kickstand, o leitor de cartões microSD.

Na frente do ecrã, a tecla de Windows mudou de posição, já não se encontra na parte de baixo, mas sim na lateral direita. Esta troca faz todo o sentido, em primeiro lugar porque está muito mais acessível e depois porque a nova capa/teclado ganhou uma nova posição que permite alguma inclinação no momento de escrita e ocupa assim toda a barra inferior do ecrã, tal como já havia acontecido com o Surface Pro 3.

A câmara frontal do Surface 3 é de 3,5 megapíxeis, tal como o Surface 2, contudo, a câmara traseira passou a contar com 8 megapíxeis permitindo-lhe capturar imagens com uma qualidade bastante razoável.

Este tablet conta ainda com 1 microfone, com sensores de luz ambiente, acelerómetro, giroscópio e magnetómetro. Os altifalantes que reproduzem o som em stereo encontram-se colocados na frente do ecrã de ambos os lados junto às extremidades de uma forma muito discreta e, mais uma vez, com grande qualidade de som.

O ecrã multitoque é um Full HD Plus de 10,8 polegadas com resolução de 1920 x 1280 píxeis e com uma proporção 3:2. Esta proporção acaba por se tornar mais produtiva face à 16:9, já que há um maior aproveitamento do ecrã na vertical.

A reprodução de cores, os ângulos de visão e a definição do ecrã são factores bastante positivos deste equipamento. A utilização em ambiente de luz solar é bastante agradável não existindo grandes problemas de visualização de conteúdos mesmo com o sol a incidir sobre o ecrã de formas directa. Obviamente, que neste caso é necessário que a luminosidade esteja no máximo.

O suporte Kickstand foi também ele melhorado e, ao invés das duas posições do Surface 2, existe agora a possibilidade de o ajustar em três posições. O ideal seria que este Surface viesse com um Kickstand semelhante ao do Surface Pro 3, possibilitando um ajuste em qualquer posição.

Na caixa vem apenas o Surface 3, o manual de instruções e o carregador. A capa teclado é um acessório indispensável à plena utilização do Surface mas terá que ser adquirida em separadamente, pelo preço de €154,99 (disponível em preto, azul e vermelho). Este Surface permite a interacção com a caneta desenhada para o Surface Pro 3, contudo, este acessório não vem incluído, o que é também uma desvantagem.

Especificações

  • Software: Windows 8.1
  • Dimensões: 267 x 187 x 8,7 mm
  • Peso: 622 g
  • Estrutura: Magnésio
  • Cor: Prata
  • Botões físicos: Volume, Power
  • Memória e Armazenamento: 2 GB de RAM com 64 GB de armazenamento; 4 GB de RAM com 128 GB de armazenamento (em análise)
  • Processador: Intel Atom x7-Z8700 Quad Core (2 MB de Cache, 1,6 GHz com tecnologia Intel Burst até 2,4 GHz)
  • Ecrã: Ecrã ClearType Full HD Plus de 10.8″
  • Resolução: 1920 x 1280 píxeis
  • Proporção: 3:2
  • Rede sem fios: Wi-Fi (802.11a/b/g/n); Bluetooth 4.0
  • Bateria: autonomia de ~ 10 horas (reprodução de vídeo
  • Câmaras: frontal de 3,5 MP; traseira de 8 MP, com grvação de vídeo em HD (1080 p)
  • Som: Microfone e altifalantes em stereo com tecnologia Dolby
  • Portas: USB 3.0; Leitor de cartões microSDXC; Mini DisplayPort; Auscultadores; capa
  • Sensores: Luminosidade; Acelerómetro; Giroscópio; Magnetómetro

2. Hardware e Software

O Surface 3 em análise é o modelo que conta com 4 GB de memória RAM e 128 GB de memória interna. O processador incluído é um Intel Atom x7-Z8700 Quad Core (2 MB de Cache, 1,6 GHz com tecnologia Intel Burst até 2,4 GHz), uma clara evolução face ao Surface 2, o que lhe permite suportar já o Windows 8.1 sem quaisquer restrições.

Todas as aplicações, o Correio, Skype, OneDrive, Contactos, Meteorologia, Notícias, Saúde e Fitness, o Fresh Paint, OneNote e muitas outras podem fazer parte do menu inicial do Windows e, para quem tem um smartphone Windows Phone, é esperado que haja uma sincronização perfeita entre os dois equipamentos.

O ambiente de trabalho funciona normalmente como em qualquer PC com Windows 8.1. No entanto, quando são executados alguns programas que não estejam preparados para a alta resolução do ecrã, ficam desfocados ou extremamente pequenos para trabalhar, já que se trata de um ecrã FullHD Plus. Esta é uma característica comum em muitos tablets Windows, independentemente da marca.

A possibilidade de interagir com o Surface 3 através da caneta é sem dúvida uma grande vantagem, já que torna o tablet muito mais produtivo, face aos modelos anteriores. Pensando em vários cenários, a facilidade com que se tiram notas, com que se sublinha um documento ou com que selecciona conteúdo, é muito maior com a utilização da caneta, pelo que faria todo o sentido que viesse incluída na caixa juntamente com o Surface.

Os teclados virtuais do Windows 8.1 funcionam bastante bem, contudo, ficam sobrepostos aos conteúdos do ecrã o que nem sempre permite ver o que se está a escrever. Esta é uma desvantagem geral deste sistema operativo e não exclusiva do Surface, como aliás já constatámos em análises a outros tablets Windows.

3. Fotografia, vídeo e áudio

O Surface 3 vem com uma câmara frontal de 3,5 megapíxeis e com outra traseira de 8 megapíxeis que, além de fotografias com uma qualidade superior à da maioria dos portáteis e tablets do mercado, ainda permite uma gravação de vídeo HD a 1080p.

O som é reproduzido em stereo através de dois altifalantes colocados em cada lateral do ecrã e todo o sistema de áudio conta ainda com a tecnologia Dolby. A excelente qualidade de reprodução de som aliada à do ecrã são ideais para assistir a um filme.

4. Autonomia

Relativamente à autonomia, o Surface 3 consegue entre 5 a 7 horas de utilização, contando com navegação no Google Chrome, utilização do OneNote e do Office e visualização de vídeo. As 10 horas de reprodução em vídeo garantidas pela Microsoft foram conseguidas.

5. Avaliação de desempenho

Comparando o Surface 3 com outros tablets Windows, não há dúvidas de que este garante um melhor desempenho e todo o software da Microsoft funciona de forma mais optimizada. Em relação aos seus antecessores, a evolução é notória pelo simples facto de já suportar o Windows 8.1 e não a sua versão RT, o que implica a utilização (quase) plena de software de terceiros, como se de um portátil comum se tratasse.

Um benchmark feito no PCMark 8 atribui-lhe uma pontuação global de 1387 marks, contudo, somos alertados para o facto de nem o processador nem a placa gráfica serem reconhecidos. Para ver detalhadamente as pontuações obtidas no nosso benchmark, aceda a este link.

Como benchmark generalizado, foi utilizado o GeekBench que obteve os resultados Single-Core Score – 936; Multi-Core Score – 2721.

6. Veredicto

De uma forma geral, o Surface 3 é um equipamento bastante satisfatório. Sem dúvida que a portabilidade e autonomia representam dois dos pontos mais favoráveis, características que têm vindo a acompanhar os vários elementos da família Surface.

O novo suporte Kickstand dispõe de uma nova posição que permite maior adaptabilidade do ecrã à posição do utilizador, ainda assim, seria muito mais vantajoso se este suporte viesse igual do Surface Pro 3.

O novo teclado desenhado para o Surface 3, não é mais do que uma réplica do do Surface Pro 3, permitindo alguma inclinação e melhoria substancial da escrita, face ao teclado anterior.

A nova proporção 3:2 do ecrã faz dele um equipamento ainda mais produtivo, contudo, a utilização de algumas aplicações externas ao Windows fica prejudicada por culpa da alta resolução, algo que é característico deste tipo de tablets.

A portabilidade que se espera dar ao Surface continua, desde os primeiros modelos do Surface, a estar limitada pela falta de GPS ou ligação 3G.

O Surface, enquanto conceito geral, nas suas várias versões, é dispositivo ideal para levar em qualquer viagem de trabalho ou lazer, para levar para as aulas, fazer vídeo-chamadas de grande qualidade, ver filmes, fotos ou simplesmente passar algum tempo na Internet e usufruir das redes sociais.

O preço de €729,00, para o modelo em análise, é algo impeditivo para alguns utilizadores, mas os estudantes poderão usufruir de um desconto de 10%. Além do mais, vem com subscrição de 1 ano do Office 365 Pessoal e com armazenamento na nuvem do OneDrive. De referir que, com as mesmas condições, o modelo de 2 GB de RAM e 64 GB de armazenamento interno tem um preço de €609,00.

O Pplware agradece à Microsoft a cedência do Surface 3 para análise.

Microsoft Surface 3

 

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