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Análise: iRobot Roomba i7+, será assim tão eficiente?

A iRobot lançou finalmente um robô aspirador capaz de fazer mapeamento da casa. Além disso, este apresenta-se com uma base que, além do carregamento, ainda esvazia o lixo do aspirador, sem qualquer intervenção. Mas será ele assim tão eficiente?

Essa é a resposta que daremos no decorrer desta análise. Conheça em pormenor o iRobot Roomba i7+.


No Pplware foram já vários os modelos de robôs aspiradores aqui testados de diferentes marcas. No entanto, a Ecovacs e a iRobot, com os seus Deebot e Roomba, respetivamente, são os que mais se destacam no nosso país.

A Ecovacs mantendo-se numa posição de menor popularidade comparativamente com a iRobot, tem sabido inovar de uma forma mais rápida. As novidades que hoje vamos apresentar relativas ao novo Roomba i7+, já foram sendo testadas e aprovadas ao longo dos últimos anos nos vários Deebot.

iRobot Roomba i7+ – As especificações e o design

O Roomba i7+ destaca-se essencialmente em dois pormenores: na aplicação e na base de descarga automática. Através da nova app é finalmente possível fazer um controlo da limpeza por áreas. Já com a base de descarga automática a manutenção e limpeza do aspirador tornar-se-ão menos frequentes, tendo como comparação um modelo sem esta opção.

As dimensões deste aspirador são de cerca 9 x 34 cm e a base tem uma dimensão de 31 x 38,35 x 48 cm. Já o peso do robô é de 3,74 kg.

Na parte superior, o Roomba i7+ conta com uma câmara, o sensor de mapeamento da área (RCON), uma pega e os vários botões e luzes inficadoras de funcionamento. Entre eles, o botão Home, o botão de início de limpeza/power e o botão de limpeza localizada. À volta do botão de limpeza existe uma luz indicadora de funcionamento.

Por baixo, existem as escovas duplas de borracha, que são indicadas para qualquer tipo de pavimento, incluindo carpetes e tapetes. Tem os vários sensores anti-queda e um sensor de rasteamento de piso. Em seguida tem as rodas principais e a roda direcional. Do lado direito, o lado que passará junto às paredes e cantos, existe uma vassoura rotativa.

Na frente do aspirador, como habitualmente, existem os vários sensores anti-choque (anti-quê??) e o amortecedor. Há ainda um botão para aceder ao depósito de lixo. Este depósito, conta, por sua vez, com uma saída de lixo para a limpeza efetuada com a base.

A base de carregamento e de descarga automática

A Clean Base, como é apelidada pela marca, é, basicamente, uma base onde o aspirador pode carregar e esvaziar o seu lixo.

Com um conjunto de sensores e através do mapeamento, o aspirador deteta de forma eficiente a sua base e volta até ela sempre que necessita de carregar ou esvaziar o seu depósito.

Para esta tarefa de esvaziar o lixo, conta com um aspirador que suga todo o lixo do robô, para um saco típico de aspirador. Depois, com recurso a sensores deteta quando o saco está cheio e emite uma luz e envia uma notificação para o smartphone. Segundo a marca, cada saco suporta até 30 descargas de lixo.

O bom e o mau

A praticidade deste sistema é encarado de forma muito positiva. O depósito é descarregado de forma eficiente e evita de facto o aborrecimento de ter que esvaziar o depósito a cada duas aspirações, como acontece habitualmente com o meu Deebot 901.

Por outro lado temos a questão do ruído. Esta base é um verdadeiro e potente aspirador pelo que emite um som extremamente elevado quando está na sua função de limpeza, ainda que seja durante um período de tempo bastante curto… valeu-me alguns sustos nas primeiras limpezas.

Relativamente ao sistema de sacos, considero-o pouco ecológico. O ideal seria um depósito com filtro que pudesse ser despejado e lavado com a frequência exigida até porque trará ao utilizador uma despesa extra ao longo do tempo.

A nova app e o mapeamento (finalmente)

Esta sem dúvida que era a maior exigência dos utilizadores. Poder mandar o Roomba para uma divisão sem qualquer intervenção física e ter toda essa divisão limpa, sem dúvida que estava em falta.

Agora a app iRobot (disponível para Android e iOS) está muito mais completa… mas ainda precisa de funcionalidades extra.

Através da app é possível iniciar a limpeza (por toda a casa ou por áreas), visualizar informações relativas ao depósito e à percentagem de bateria. Pode-se ainda definir quantas vezes o aspirador deve passar pela área, ver o histórico de limpeza e programar aspirações. Além disso toda a questão do mapeamento pode ser ajustada através da app.

O mapeamento

Para que o mapeamento seja concluído com sucesso, o aspirador deverá fazer uma limpeza da casa pelo menos duas a três vezes. Depois disso, cria áreas de limpeza que podem ser editadas, ajustadas e nomeadas. Sendo esta uma vantagem da app.

O mapeamento, ainda assim não é feito com tanta eficiência como, por exemplo, a Ecovacs ou a Xiaomi, conseguem com os seus aspiradores, deixando pequenas áreas de fora. Este problema deve-se essencialmente ao facto do aspirador não fazer uma limpeza primeiro em todo o redor da casa. Como os outros dois fazem.

Outra questão prende-se com a impossibilidade de criar barreiras virtuais… tempos ainda que contar com as barreiras criadas pelos pequenos Virtual Wall, sendo que a caixa já fornece um.

Em termos práticos, poder criar estas barreiras através da app é uma vantagem muito grande. Em qualquer lugar pode ser adicionada uma parede virtual de forma rápida evitando acidentes desnecessários. No caso da barreira física a situação complica-se.

A aspiração, a eficiência e o choque

Os aspiradores da iRobot são conhecidos pela sua qualidade de aspiração. O poder de sucção é enorme, as escovas em borracha eficientes e os desníveis da casa não são um problema.

A aspiração é feita, neste modelo, de uma forma mais coordenada do que no modelo que testei anteriormente, o Roomba 896. No entanto, é ainda aleatório acabando por demorar bastante tempo a efetuar toda a aspiração e a verdade é que deixa sempre algumas áreas de fora, principalmente cantos da casa.

Numa área de 45 metros quadrados, demorou 1 hora e 40 minutos a aspirar, tendo ido carregar a bateria a meio do trabalho. Na totalidade, para aspirar os 45 metros quadrados gastou então 3 horas. Com menos uma divisão, o Deebot 901, aspirou 48 metros quadrados em 49 minutos e ainda ficou com a bateria disponível para aspirar mais uma área igual.

A faixa de sensores que o iRobot tem na sua frente deveria ser suficiente para que o aspirador não batesse em todas as paredes e móveis. Infelizmente isso não aconteceu, o que estranhei bastantes. Até aspiradores mais antigos que testei, menos inteligentes e muito mais baratos não apresentaram este comportamento.

Tomando como exemplo a Xiaomi e a Deebot, ambas as marcas, como já referi, fazem primeiro uma limpeza por toda a área envolvente e depois é que aspiram o seu interior em zig-zag. Esta forma além de garantir que todos os cantos são aspirados, ainda evita que no zig-zag batam de frente contra móveis e paredes, o que não acontece de todo com o Roomba.

Autonomia

O iRobot Roomba i7+ conta com uma bateria que permite efetuar 60 minutos de limpeza. Depois desse tempo, se ainda tiver trabalho a fazer, volta à base, descarrega o depósito, carrega a bateria e volta ao trabalho.

Veredicto

A iRobot talvez tenha chegado ao mercado com estas novidades com algum atraso face à concorrência. Nem a base de descarga automática é uma novidade, nem o mapeamento. Contudo, ambas vieram incrementar a oferta da marca de forma muito positiva. Positiva, mas muito cara. Este conjunto de Base e Aspirador, com todos os acessórios e funcionalidades, está disponível por 1199 € no mercado nacional.

A possibilidade de não ter preocupações com a verificação de lixo no depósito é uma vantagem acrescida, ainda que toda a manutenção de limpeza continue a ser necessária.

A limpeza é feita de forma muito boa, ainda que seja demorada e que os sensores anti-choque não funcionem como esperado. Por oposição, os sensores anti-queda são bastante eficientes.

Quanto à aplicação, o controlo do aspirador está muito mais interessante que em versões de aspiradores anteriores, mas ainda carece de funcionalidades adicionais. Principalmente a possibilidade de criar paredes virtuais, para se poder abdicar finalmente dos aparelhos de Virtual Wall.

O Pplware agradece à iRobot a cedência do Roomba i7+ para análise.

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