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Análise Final Fantasy XII: The Zodiac Age (Playstation 4)

O jogo Final Fantasy XII foi – e ainda é – um dos mais fabulosos RPGs a ter sido lançado. Muito além de uma clássica aventura na pele de um “salvador do mundo”, Final Fantasy XII conseguiu cativar fãs por todo o mundo com o seu visual elaborado e narrativa apelativa.

Agora, mais de 20 anos após o seu lançamento original, este fantástico jogo surge para a Playstation 4 remasterizado e com o nome Final Fantasy XII: The Zodiac Age. Com um visual melhorado e algumas – pequenas – melhorias relativamente ao original, esta remasterização dá aos seus inúmeros fãs a oportunidade de redescobrir o mundo de Ivalice e de reencontrar as personagens que tão bem conhecem do jogo original.


Os impérios Rosarrian e Archadia estão em conflito. Mesmo no meio da linha de fogo encontra-se o pequeno reino de Dalmasca, que acabará por sofrer as consequências de uma guerra que não é sua. Invadido pelo Império de Archadia e com a sua capital, Rabanastre, ocupada, a vida de todos os seus habitantes será alterada para sempre. Este é o mote de Final Fantasy XII: The Zodiac Age. Aqui, teremos oportunidade de jogar na pele de cada um de seis personagens principais: Vaan, um órfão de Rabanastre cujo sonho é tornar-se num pirata; Ashe, princesa de Dalmasca e filha do Rei que foi assassinado durante a invasão; Basch, um oficial Dalmasciano que caiu em desgraça ao ser acusado de traição por ter assassinado o Rei; Balthier, um pirata do ar; Fran, parceira de Balthier; Penelo, amiga de infância de Vaan que o acompanha nas suas aventuras.

Cada um destes seis personagens tem uma história diferente mas, a determinada altura, estas histórias ir-se-ão entrelaçar. Isto confere ao jogo uma nova dinâmica e dá ao jogador uma imagem mais abrangente da trama de Final Fantasy XII: The Zodiac Age.

O começo do jogo leva-nos às primeiras horas da invasão de Dalmasca, momento em que o jogador é colocado ao corrente da história e dos acontecimentos que precedem a missão principal. Acaba também por ser um tutorial sobre o gameplay e a dinâmica do jogo, embora sejam dadas algumas explicações à medida que se vai avançando e sempre que o jogador se depara com uma característica nova.

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Após esta espécie de prólogo, inicia-se a missão principal do jogo. Em primeiro lugar, o jogador encarnará o papel de Vaan, mas não se cingirá a uma única personagem jogável: à medida que vamos progredindo, teremos a oportunidade de controlar mais do que um personagem. Penelo será a nossa primeira companhia e – embora de início não a possamos controlar a 100% – teremos a oportunidade de utilizar uma das melhores características deste jogo: o sistema de gambits. Este sistema permite-nos dar instruções aos outros personagens do nosso grupo sobre qual a reacção a ter em determinadas circunstâncias. Assim, poderemos instruir os nossos companheiros a atacar algum inimigo que nos ataque, ajudando-nos na luta.

Embora seja este um dos grandes atractivos deste jogo, existem outros a destacar, nomeadamente o sistema de Jobs. Ao contrário do jogo original, aqui será necessário escolher um job de entre vários – White Mage, Red Mage, Time Mage, Knight, Foebraker, Machinist e Monk são algumas das possibilidades existentes –, com cada um deles a ter as suas características únicas e License Board específico.

Ao contrário dos restantes jogos da série, além da EXP alcançada ao derrotar inimigos, também se ganham LP (License Points) que podem ser investidos na aquisição de habilidades, melhorias – como, por exemplo, +HP – e também no direito a usar equipamento ou armas específicas. Nesta versão, a especificidade dos License Boards é ainda maior porque cada um deles está relacionado apenas com um Job em particular. Assim, não basta comprar uma arma mais poderosa quando a encontramos à venda; temos de adquirir LP suficientes para comprar essa licença no quadro e obter permissão para a equipar e, por conseguinte, podermos utilizar.

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Final Fantasy: The Zodiac Age é um remake de um jogo da Playstation2 e isso é visível. Em muitas situações ainda existem pequenos glitches e alguns defeitos gráficos, sobretudo no que se refere a elementos que se encontram em segundo plano. Apesar de ser por vezes demasiado óbvio que não foi feito de raiz para a PS4, estamos, no geral, na presença de um jogo muito bem feito e que dá gosto ver e jogar. A banda sonora também foi remasterizada e recebeu uma nova roupagem que a coloca uns pontos acima do original.

Veredicto:

No geral, Final Fantasy XII: The Zodiac Age está bastante bom, pelo menos tão bom como a versão original. As modificações operadas no jogo conferem-lhe uma nova dinâmica e tornam-no mais atraente. A história é, tal como nos restantes jogos da série, cativante e empolgante e o sistema de jogo faz o jogador facilmente sentir-se uma parte integrante deste mundo fantástico.

Os sistemas de gambits, jobs e License Boards dão o poder suficiente para se poder jogar com técnicas e personagens desenvolvidos à nossa imagem. Embora os detalhes sejam deslumbrantes, os gráficos não são perfeitos, sendo possível notar, aqui e ali, alguns aspectos que nos remetem para os gráficos da versão original. A banda sonora só pode ser descrita como épica: os novos arranjos feitos nesta remasterização tornam-na um elemento fundamental do jogo

Final Fantasy XII: The Zodiac Age

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